Por Lesly e Soleiny, as crianças mais velhas resgatadas na operação Esperança, na Colômbia, entregaram aos oficiais do exército um desenho que retratava a floresta e o cachorro Wilson, ainda desaparecido na selva.
Segundo a mídia local, as quatro crianças que passaram mais de 40 dias lutando pela sobrevivência na Amazônia colombiana estão bem e fora de perigo.
Na tarde de domingo, 11 de junho, quando o comandante e chefe Helder Fernán Giraldo Bonilla visitou e recebeu um relatório sobre o desenvolvimento da saúde das crianças, Leslie e Solini presentearam-no com uma pintura.
Leslie usa desenhos para mostrar árvores, flores amarelas, um rio e o cachorro de Wilson. Já Soleini prefere pintar árvores, flores, o cachorro de Wilson, meninas e a bandeira da Colômbia.
Via G1
O cachorro Wilson é um belga de 6 anos que estava na busca das crianças desaparecidas após a queda do avião na Colômbia. Ele participou por 40 dias, mas desapareceu no caminho, e continua sumido.
O animal conseguiu localizar o avião e os corpos de três adultos na floresta. Ele tem treinamento militar para bisbilhotar e localizar pessoas ou objetos durante as investigações.
Os militares também relataram ter encontrado pegadas de animais e pegadas que pareciam ser de crianças. No entanto, o cachorro não estava com eles no momento do resgate.
Autoridades disseram que a Operação Esperanza, lançada para encontrar as crianças, só terminaria quando encontrassem Wilson.
O que aconteceu?
No dia 1º de maio, um avião da companhia Avianline Charters decolou de Araracuara com destino a San José del Guaviare, transportando sete passageiros. Pouco tempo após a decolagem, o piloto comunicou problemas na aeronave, que logo desapareceu dos radares.
As operações de busca começaram imediatamente por parte do Exército colombiano. Mais de 60 homens com treinamento e equipamentos seguiram no local para iniciar as buscas.
De acordo com informações da Aeronáutica da Colômbia, o avião Cessna C206, registrado como HK 2803, apresentou uma falha no motor, levando o piloto a declarar estado de emergência e realizar um pouso de emergência durante a madrugada.
Em 15 de maio, após duas semanas do acidente, os serviços acharam uma mamadeira que provavelmente era do bebê que estava a bordo do avião. Em seguida, pouco tempo depois, encontraram uma casca de maracujá, indicando que uma criança estaria ali.
Posteriormente, no dia 16 de maio, o Exército colombiano conseguiu localizar o avião. Encontraram a aeronave no povoado de Palmarosa, na zona rural do município de Solano (Caquetá).
A princípio, dentro da aeronave estava o corpo do piloto, e nos arredores foram encontrados os corpos da mãe das crianças, Magdalena Mucutuy Valencia, e de mais um passageiro.
No entanto, essa descoberta foi possível graças ao trabalho do cachorro Wilson, um pastor belga de 6 anos, que seguiu os rastros do bebê desaparecido.
Via Agência Brasil
Quase sem esperança
No dia 18 de maio, as autoridades colombianas confirmaram que os corpos dos adultos eram de Hernando Murcia Morales, o piloto; Magdalena Mucutuy Valencia, mãe das crianças; e Hernán Mendoza Hernández.
No dia 31 de maio, os socorristas encontraram uma pequena pegada em terra úmida, que não tinha mais de 48 horas e aparentemente correspondia a Lesly, a menina mais velha de 13 anos.
Por fim, no dia 9 de junho, as crianças foram encontradas com vida pelos membros da operação “Esperança”. Cerca de 150 pessoas, entre militares e indígenas, participaram das buscas.
As autoridades não divulgaram detalhes sobre o estado de saúde dos quatro irmãos resgatados, mas informaram que eles estão recebendo cuidados médicos.
Conforme dados da imprensa colombiana, os pequenos estavam com desidratação, picados de insetos e com poucos ferimentos, principalmente nos pés, pois andaram longas distâncias descalços.
No dia 10 de junho, as crianças foram para a capital do país, Bogotá, onde receberam cuidados e ficarão sob supervisão do Estado.
O governo informou que, embora o cachorro Wilson, que ajudou nas buscas, ainda não tenha sido encontrado, eles continuarão procurando pelo animal.
Fonte: G1
Imagens: G1, Agência Brasil
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