Metade homem e metade cachorro. Essas são as principais características de uma criatura que, recentemente, foi avistada em um cemitério do sul de Londres. A mesma besta já havia sido vista antes, há oito anos atrás.
“Foi tudo muito rápido. A criatura surgiu do nada e, de repente, sumiu” relatou um dos pedestres que esteve frente à frente com a besta. “Acho que fui poupado porque sofro de uma doença que os cães podem identificar pelo cheiro”, explicou.
Segundo a outra testemunha, além de ouvir a criatura rosnando, foi também possível observar a mesma sacudindo arduamente uma árvore. “Definitivamente, o som não foi feito por uma pessoa ou um animal. E a árvore era impossível de ser sacudida por um ser humano comum”.
“Meu amigo e eu corremos o mais rápido que podíamos. Cada um em direções opostas. Não fomos capazes de pensar em nada, um terror absoluto tomou conta de nós. Mas sabíamos que tínhamos que ficar o mais longe possível do cemitério. Há algo muito sinistro ali”.
Para muitos, a descrição dos relatos pode até ser fruto da imaginação das testemunhas, mas o pesquisador britânico Andy McGrath tem uma explicação mais palpável.
A criatura
Apesar de relatos mostrarem que as pessoas tiveram contato com um criptídeo (termo usado na criptozoologia para se referir a uma criatura cuja existência é sugerida mas para a qual não existem provas científicas para comprovar), Andy acredita que exista uma explicação plausível, que justifique todas as experiências supostamente vividas pelas testemunhas.
Mesmo que o cenário possa ser explicados pela ciência, os relatos tornam difícil ignorar a possibilidade de que uma besta possa existir ou ter existido no cemitério.
Para Andy, se uma criatura é descrita como um animal, então, provavelmente, este ser é um animal, mesmo que as características retratadas possam estar ligadas superficialmente a seres sobrenaturais.
“Avistamentos atuais do suposto lobisomem, criatura tradicionalmente descrita ao longo da história europeia, são tão comuns como os que retratavam a existência do Monstro do lago Ness e Pé Grande”, explicou o pesquisador.
“Ao meu ver, relatos como esses ocorrem porque a probabilidade de um homem-lobo ereto e bípede é implausível. E as pessoas gostam de histórias de mistério. Os relatos são apenas contos de fadas. Contos estes que surgiram no período medieval para assustar as crianças e mantê-las fora da floresta”.
“Inicialmente, quando comecei minhas pesquisas na área, percebi o quanto era difícil aceitar essas histórias. Por outro lado, passei a entender como os contos estão intimamente ligados a questões paranormais. Em suma, são apenas parábolas pastorais sobre o bem e do mal para alertar condutas pecaminosas. E é por isso, que se constrói a figura de um ser bestial”.
“A anedota é muitas vezes um retrato preciso da experiência da testemunha, mas falível devido à subjetividade presente na mente”.
Mesmo baseando-se em tais afirmações, o pesquisador revela que “depois de pesquisar fenômenos similares, sempre fica fascinado com o grande volume de testemunhas que afirmam ter encontrado esta criatura bípede semelhante a um lobo em uma era moderna.
“E algo que desafia explicações racionais, tanto hoje quanto outrora”.