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Criaturas marinhas são identificadas no navio Endurance, naufragado em 1915

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Recentemente, um navio naufragado em 1915 foi encontrado no fundo do Mar de Wendell, na Antártida. O navio Endurance afundou depois de ficar preso entre blocos de gelo, o que fez com que ele (e todos os tripulantes) ficasse impossibilitado de sair do local. Felizmente, os marinheiros puderam sair da embarcação e foram resgatados meses depois.

O navio foi encontrado a mais de três mil metros de profundidade e ainda apresentava um bom estado de conservação, mesmo após ter ficado 107 anos submerso. Com a retirada da embarcação do fundo do mar gelado da Antártida, um biólogo marinho decidiu identificar os seres que se estabeleceram no Endurance.

O biólogo Huw Griffiths compartilhou, por meio de uma publicação no Twitter, informações sobre as criaturas marinhas encontradas no navio. Segundo o pesquisador, as condições congelantes ao redor do Endurance e a quantidade de luz limitada no fundo do mar foram essenciais para que a embarcação naufragada se tornasse o lar dessas espécies, muitas delas desconhecidas.

Endurance

Twitter

“O naufrágio é incrível, mas também podemos falar sobre algumas das criaturas do fundo do mar #Antártico que agora o chamam de lar”, escreveu Griffiths em seu perfil no Twitter. À revista Galileu, o especialista explicou que os lírios do mar amarelo chamaram sua atenção de imediato. Segundo ele, essa espécie costumava ser comum “em todos os oceanos do mundo até o período Triássico”.

Junto a sua colega de pesquisa, Dra. Katrin Linse, Griffiths também publicou fotos de anêmonas-do-mar da Antártida, que estão nas pranchas do navio. Além disso, eles identificaram outra criatura que pode ser um caranguejo yeti, embora ainda sem comprovação. Segundo os pesquisadores, não havia registros de que essa espécie de caranguejo habitasse o Mar de Weddell.

A história do Endurance

O Endurance, navio encontrado no início de março, foi comandado pelo explorador Ernest Shackleton no começo do século 20. Ele comandava a primeira expedição pela Antártida, mas a missão deu errado quando o navio ficou preso entre blocos de gelo.

Na época, os 28 marinheiros que estavam a bordo do navio conseguiram voltar para casa com vida. Essa é considerada uma das grandes histórias de sobrevivência da humanidade. Antes mesmo que o Endurance começasse a naufragar, eles saíram da embarcação e decidiram esperar pelo degelo do mar para que, assim, o navio pudesse ser movido.

No entanto, o que ocorreu foi totalmente o oposto: o gelo, que se chocava constantemente contra o casco do navio, perfurou a embarcação e a água gelada entrou aos poucos no Endurance. Os marinheiros assistiram o navio afundar pouco a pouco.

Falklands Maritime Heritage Trust

Diante desse cenário, eles atravessaram o gelo formado no mar, que era resistente o suficiente para que os homens andassem sobre ele. Para sobreviver, a equipe se alimentou de focas e pinguins, até que conseguiram navegar em três barcos de salva-vidas e chegar à ilha de Elephant, que é inabitada.

De lá, Shackleton e alguns marinheiros remaram 1.300 quilômetros em um dos barcos de salva-vidas até a ilha da Geórgia do Sul. Uma estação de caça de baleias ajudou os náufragos. Shackleton fez várias tentativas para resgatar o resto de sua equipe e, só na quarta vez, todos os marinheiros foram resgatados e levados de volta para suas famílias.

A descoberta do navio

Em 1915, Frank Worsley, o capitão da embarcação, determinou a localização em que o navio estava quando naufragou. Desde então, foram realizadas outras tentativas de encontrar o Endurance, embora nenhuma tivesse conseguido resultados por conta das condições do tempo no Mar de Weddell, onde estava o navio.

endurance

Falklands Maritime Heritage Trust

Agora, em março de 2022, a embarcação foi encontrada a cerca de seis quilômetros da posição descrita pelo capitão. A missão que encontrou o naufrágio chama-se Endurance22 e foi organizada por um fundo monetário das Ilhas Malvinas.

Para a missão, foram utilizadas câmeras de alta definição e scanners para rastrear o que há no fundo do mar. “Estamos muito felizes pela nossa sorte. Esse é, de longe, o melhor naufrágio de navio de madeira que já vi, está intacto, em um estado brilhante de conservação”, disse Mensum Bound, diretor da expedição.

Fontes: Aventuras na História e G1

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