História

O navio sueco que afundou na primeira viagem

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O Vasa foi um navio de guerra sueco, construído entre 1626 e 1628, para ser o navio-almirante da esquadra de guerra do rei Gustavo II Adolfo. No entanto, o navio afundou e naufragou perto da ilha de Beckholmen, após velejar menos de uma milha náutica (cerca 1,8 km) em sua viagem inaugural, em 10 de agosto de 1628.

O navio foi planejado no contexto de uma série de guerras envolvendo nações europeias. A ideia era que ele fosse armado para enfrentar os oponentes sem pestanejar. Contudo, o planejamento teve que ser abortado, já que a embarcação afundou antes mesmo de atingir 2 km de distância. 

A história do Vasa

O Vasa era um navio enorme, coberto por esculturas de madeira que contavam histórias sobre a família real sueca e, mais importante, do rei Gustavo II Adolfo. O nome do navio é também o nome da dinastia da época e, por isso, foi atribuído a ele como forma de homenagem.

Por conta da imensa repercussão da construção da embarcação, muitas pessoas foram ao porto de Estocolmo no dia 10 de agosto de 1628 para vê-lo navegar. No entanto, menos de 20 minutos após ter iniciado a trajetória, o Vasa naufragou por conta de uma rajada de vento.

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Isso se deu porque a construção do navio foi, literalmente, errada. Com o projeto já iniciado, o rei Gustavo II pediu alterações por diversas vezes. Os trabalhadores tinham que adaptar o navio que já havia sido iniciado às vontades do rei e, por isso, a embarcação apresentou diversos problemas que poderiam ter sido evitados caso o projeto inicial tivesse sido seguido. 

Um outro ponto foi que cinco equipes diferentes trabalharam no casco sem qualquer intercomunicação. Ou seja, cada grupo guiava a obra de uma maneira. Para piorar, não haviam especificações do projeto detalhadas em papel, já que os desejos do rei eram constantes e as mudanças também. 

Outro ponto crucial é que os grupos, formados por 400 trabalhadores, eram compostos por suecos e finlandeses, imigrantes da Dinamarca e dos países bálticos, além de alemães e holandeses. Ou seja, cada grupo falava uma língua diferente e tinha experiências diversas acerca da construção naval. Por todos esses motivos, o navio que poderia ter sido um sucesso foi, na verdade, o oposto.

O projeto que deu errado

Por incrível que pareça, o Vasa foi testado e esses testes foram de mal a pior. A experiência consistiu em colocar 30 homens correndo ao lado do navio e disparando contra ele com armas de fogo. 

Depois de três disparos dos homens, o teste foi interrompido quando o navio balançou violentamente. Na ocasião, já havia risco da embarcação tombar. Mesmo assim, decidiram que ela deveria ir ao mar. 

Com o navio em alto mar, uma rajada de vento considerada fraca foi suficiente para derrubá-lo. A água encheu o navio através de seus portais de canhão, e ele afundou no porto com 53 pessoas a bordo. 

O navio só foi recuperado em 1961. Ele estava a 32 metros de profundidade e em boas condições, apesar de ter ficado mais de três séculos debaixo d’água. Isso ocorreu porque a água do Mar Báltico é fria e pobre em oxigênio, o que dificulta a atuação das bactérias que digerem os destroços de madeira.

Atualmente, ele está localizado em um museu que remonta a história da embarcação, chamado de Museu do Vasa. O local é aberto à visitação e é sediado em Estocolmo, na Suécia.

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