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Destróier americano em Taiwan é ameaçado por navio de guerra chinês

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Nesta segunda-feira, 5 de junho, a Marinha dos Estados Unidos divulgou um vídeo que mostra um navio de guerra chinês cortando abruptamente a rota de um destróier americano no estreito de Taiwan. Isso levou a embarcação dos Estados Unidos a reduzir sua velocidade para evitar uma colisão.

Esse incidente é o mais recente de uma série de eventos similares entre as forças das duas potências rivais na chamada Guerra Fria 2.0. Na semana passada, outro vídeo divulgado pelos Estados Unidos mostrou um caça J-16 chinês realizando manobras ameaçadoras próximo a uma aeronave de espionagem dos EUA na região.

O incidente mais recente ocorreu no sábado, dia 3 de junho. O destróier USS Chung-Hoon estava cruzando o estreito de Taiwan junto com a fragata canadense HMCS Montreal, como parte de uma operação de liberdade de navegação conduzida pelos Estados Unidos. Essa operação envolve o emprego de navios de guerra em águas internacionais, que são consideradas por seus adversários como sendo suas.

O estreito de Taiwan, ponto mais estreito entre a China e a ilha autônoma de Taiwan, é de apenas 160 km. Pequim afirma que toda a área pertence a ela, enquanto os Estados Unidos defendem o governo de Taipé e a ideia de que essas águas são internacionais.

Navio de guerra chinês

No vídeo, um destróier chinês do tipo Luyang, equipado com mísseis guiados, aproximou-se perigosamente do USS Chung-Hoon, chegando a uma distância de apenas 140 metros do navio.

De acordo com a Marinha dos Estados Unidos, seu navio não alterou sua trajetória, mas reduziu a velocidade para 10 nós (18,5 km/h).

Os chineses não interferiram na navegação da fragata canadense, que também registrou o incidente à distância.

A Marinha dos Estados Unidos afirmou que suas forças voam, navegam e operam com segurança e responsabilidade em conformidade com o direito internacional.

Até o momento, não houve comentários por parte de Pequim. Esses incidentes têm se tornado cada vez mais frequentes nos últimos anos, aumentando o risco de um acidente que poderia levar a uma crise militar.

No início deste ano, por exemplo, um caça russo colidiu com um drone de espionagem americano no Mar Negro, derrubando-o.

Em 2001, um jato chinês realizou uma manobra semelhante contra uma aeronave de reconhecimento dos EUA no disputado Mar do Sul da China. O avião chinês caiu, enquanto a aeronave norte-americana conseguiu pousar com danos.

Clima

As tensões entre China e Estados Unidos continuam intensas, principalmente devido ao apoio reiterado do governo de Joe Biden a Taiwan.

Essa posição ambígua é desafiadora, uma vez que o reconhecimento diplomático estabelecido em 1979 implica em reconhecer a ilha como parte da China.

Além disso, Pequim é um importante aliado de Moscou, que está envolvido em um conflito direto com o Ocidente na Guerra da Ucrânia.

No último ano, as relações entre China e EUA têm se deteriorado ainda mais, especialmente após a visita da então presidente da Câmara dos EUA a Taipé. Desde então, a China tem conduzido exercícios militares quase constantes nas proximidades da ilha.

No fim de semana, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, esteve presente no mesmo evento que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em Cingapura.

Austin reafirmou o compromisso dos Estados Unidos em operar no Indo-Pacífico, próximo à China, enquanto Li respondeu que estaria preparado para reagir. O ministro chinês afirmou que, na China, eles estarão ‘cuidando da própria vida’.

Austin convidou Li para uma conversa à margem do fórum Diálogo de Shangri-La, organizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos em Londres, mas o chinês recusou o convite.

Com os contatos oficiais interrompidos, os dois países estão tentando restabelecer laços ou manter canais abertos nos bastidores, como demonstrado pela recente visita do chefe da inteligência dos EUA à China.

 

Fonte: Folha de São Paulo

Imagens: Folha de São Paulo, Jornal do Comércio

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