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O que as religiões pensam sobre o sexo

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Os seres humanos buscam várias práticas em seu dia a dia, e uma das mais buscadas e necessárias é o sexo. Ele pode ser feito de forma casual ou com um grande sentimento envolvido. O fato é que, quando consentido pelas partes envolvidas, ele pode trazer inúmeros benefícios tanto para a saúde mental como para a corporal.

Contudo, o tema ainda é considerado um tabu pelas religiões. Mesmo assim, recentemente o papa Francisco falou com um grupo de jovens e foi questionado a respeito do sexo quando um dos jovens o perguntou sobre masturbação. O Papa respondeu que “o sexo é um dos dons mais bonitos que Deus deu à pessoa humana”.

“Expressar-se sexualmente é uma riqueza. Portanto, qualquer coisa que menospreze a real expressão sexual também menospreza você, e empobrece essa riqueza em você. O sexo tem sua própria dinâmica; tem sua própria razão de ser. A expressão do amor é provavelmente o ponto central da atividade sexual”, completou.

Ainda durante a resposta sobre essa pergunta, o Papa disse que a catequese da igreja católica é “fraca” com relação a esse tema e que, várias vezes, os cristãos não têm uma maturidade para falar sobre sexo.

Claro que essa fala do líder católico surpreendeu vários fiéis, até porque, falar a respeito de sexo e prazer não é uma coisa comum nas igrejas. Além disso, em várias religiões, a prática antes do casamento é proibida.

Sexo e religiões

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Assim como as religiões são diversas, suas visões sobre a prática sexual também são diferentes. Alguns líderes religiosos falaram a respeito do assunto e como ele é visto em suas doutrinas.

Católicos

De acordo com Elviro Pinheiro, professor de ética e padre da igreja São Paulo Apóstolo na Arquidiocese de Ribeirão Preto, o entendimento da igreja católica sobre sexualidade é de que ela afeta todos os aspectos da pessoa.

Por isso que para os católicos, o sexo está associado à capacidade de amar e procriar, além de criar uma comunhão com o outro. Justamente por isso que a relação só deve acontecer quando as pessoas estiverem unidas pela doutrina.

Conforme explica Pinheiro, o sexo antes do casamento é considerado um pecado para os católicos. E o casamento é o que faz com que ele não seja mais pecado.

Evangélicos

Para o pastor e teólogo manauara Caio Fábio, de um ponto de vista histórico, o sexo é um assunto que foi abordado por séculos como um grande gerador de culpa. A prática sempre veio junto com um terror, e fazê-lo apenas para procriar é um dogma inventado pela igreja católica.

De acordo com Fábio, quando Jesus vem, a relação é tratada de outra maneira. “A única realidade que não é natural para Jesus é a traição e a infidelidade”, disse ele.

Como o cristianismo não foi fundado como uma religião, mas sim como um caminho de consciência de vida e verdade, Fábio enxerga que as igrejas evangélicas neopentecostais são atrasadas nas conversas sobre sexualidade, além de não terem uma visão saudável sobre o assunto.

Segundo ele, as igrejas não praticam o novo testamento para dar espaço ao velho. Isso acontece porque elas sabem que o texto vai de encontro com aquilo que elas praticam. Dessa forma, o que deveria ser tratado como uma coisa boa é visto como pecado.

Espiritismo

Na visão do espiritismo, todos são almas em essência, ou seja, não são delimitados ou definidos por questões morfológicas. Em outras palavras, os espíritos não têm sexo.

Então, o corpo físico é visto como uma ferramenta primordial para que o espírito consiga manifestar os seus potenciais divinos. “Temos uma visão do compromisso, porque todo processo de conexão íntima gera responsabilidade nas trocas vibratórias. Nós estabelecemos vínculos”, disse Lenici Aparecida de Souza Alves, médica pediatra e conselheira da União Espírita Mineira (UEM).

No que diz respeito ao sexo, Alves disse que a prática deve ser vista de forma livre, mas com responsabilidade e aproximação, porque assim os casais podem ficar juntos.

Umbanda

Aqui é abordado os aspectos de gênero e prática natural. Até porque, essa religião não concebe em sua filosofia o pecado. De acordo com o sacerdote e teólogo Pai Silnei Farkas, membro da Associação Nacional das Religiões Afro-Brasileiras (FNAB), em São Paulo, a religião acredita que não existiu, existe ou existirá qualquer ruptura do homem com Deus, Nzambi, o Criador.

E na umbanda o sexo não é visto como uma questão moral. Por isso que é possível que a prática seja feita antes ou depois do casamento. “O corpo humano não é tabu na Umbanda. Acreditamos e louvamos Deus como Pai e Mãe, logo, recebemos Dele o amor paterno e materno para entendermos que o sexo deve ser colocado em nossas vidas com amor”, pontuou Farkas.

Fonte: UOL

Imagens: GZH

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