Saúde

Diarreia, vômito e risco de câncer: Anvisa baixa decreto que proíbe 4 marcas de água e refrigerante

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde, manteve sua decisão de retirar quatro marcas de água e refrigerante por contaminação e relatos de problemas de saúde.

A organização, que desempenha um papel crucial na garantia da qualidade dos produtos e no controle sanitário, tomou uma medida extrema após casos de diarreia, vômito e, potencialmente, risco de câncer.

Conforme divulgado pelo portal oficial da Vigilância Sanitária de Santa Catarina em 2023, a Anvisa determinou o recolhimento de determinadas marcas de água, incluindo Carrefour, Qualitá, Attiva e Águas Raras. O caso voltou a público recentemente.

Por que a Anvisa proibiu essas marcas?

Via Governo Federal

As bebidas gaseificadas e não gaseificadas saíram das prateleiras dos mercados devido aos riscos que representam para a saúde dos consumidores.

As empresas em questão obtêm água das fontes Bananal e Bananal 1, o que sugere uma possível contaminação desses locais.

De acordo com o comunicado da Anvisa, essa medida surgiu após detecção de contaminação por bactérias, incluindo Coliformes Totais, Escherichia coli e Enterococos, em todos os produtos mencionados.

Consequentemente, determinou-se a proibição da distribuição, comercialização e consumo, bem como o recolhimento de todos os lotes dos produtos.

A presença dessas bactérias em níveis elevados em alimentos indica contaminação fecal, o que pode resultar em problemas gastrointestinais, como diarreia, vômitos e cólicas, e, em alguns casos, pode levar a complicações mais graves.

Medidas

Diante dessa situação, as empresas e os supermercados envolvidos, em colaboração com a Anvisa, adotaram medidas imediatas para assegurar a segurança dos consumidores.

Isso incluiu a retirada de todos os produtos de circulação, visando garantir o bem-estar da população.

É importante reforçar que a medida saiu em junho do ano passado, com medidas prontamente implementadas pela Anvisa. No entanto, os resultados dos lotes e das marcas afetadas saíram somente em 2024. As empresas de água e refrigerante continuam operando normalmente no mercado.

Debate sobre refrigerante

A polêmica sobre as marcas de água e refrigerante que foram barradas pela Anvisa ocorreu na mesma época de uma discussão importante sobre bebidas gaseificadas.

Conforme apontado por um estudo do Instituto Nacional do Câncer, no Brasil, existe um intenso debate sobre os potenciais riscos de câncer associados ao consumo de adoçantes artificiais, com destaque para o ciclamato de sódio.

Esta substância, que ajuda a adoçar bebidas de baixa caloria, como os refrigerantes zero, já possui proibição alimentar em diversos países.

Apesar das controvérsias e das proibições em nações como os Estados Unidos e a Inglaterra, a Anvisa, no Brasil, mantém o controle do uso do ciclamato de sódio, estabelecendo limitações de concentração.

Por outro lado, o aspartame, outro adoçante artificial, recebeu classificação grave como possível cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com informações, a Anvisa reitera que não houve alterações no perfil de segurança para o consumo de aspartame. Além disso, ela continua monitorando os avanços científicos sobre o tema.

Via Pexels

Conclusões internacionais

Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) concluíram que o aspartame é possivelmente cancerígeno, estabelecendo uma ingestão diária máxima referente a 40 mg por quilo.

No entanto, ressaltam a necessidade de mais estudos sobre o impacto no organismo humano após a ingestão da substância.

O aspartame tem sido objeto de extensa investigação, incluindo estudos experimentais, pesquisas clínicas, estudos epidemiológicos e de exposição, além de vigilância pós-mercado.

Existe um consenso entre diversos comitês internacionais de que o aspartame é seguro quando consumido dentro da ingestão diária aceitável.

A nota técnica do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indica que pequenas doses diárias de ciclamato de sódio não apresentam aumento imediato no risco de câncer.

No entanto, estudos sugerem que doses a longo prazo, quando combinadas com outros fatores cancerígenos, podem aumentar o risco de câncer em animais e humanos.

Esses elementos foram usados na avaliação das marcas de água e refrigerante retiradas de circulação, e a Anvisa está utilizando esse relatório para realizar fiscalizações mais sérias.

 

Fonte: TV Foco

Imagens: Governo Federal, Pexels

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