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É assim que o nosso Sol ficará quando morrer

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Todos nós vamos morrer, e não resta dúvidas que o nosso sol também está com os dias, ou melhor, anos contados. Um novo estudo sugere uma previsão de como o sol se parecerá daqui a 8 bilhões de anos, tempos estimado de vida para a nossa estrela.

Em uma previsão de cinquenta anos atrás, os astrônomos já imaginavam o final do nosso sol. Pela teoria, a grande estrela vai esgotar completamente o seu combustível de hidrogênio e se expandir, se tornando um Gigante Vermelho, derramando suas camadas externas até se tornar uma anã branca. Após alguns bilhões de anos de resfriamento, o seu interior se cristalizará e se solidificará.

Até pouco tempo atrás, não se tinham muitas evidências que sustentem essa teoria. Mas graças ao Observatório de Gaia da ESA, agora é possível observar centenas de milhares de estrelas anãs brancas com bastante precisão, analisando sua distância, brilho e cor. Essa novidade possibilitou os astrônomos estudarem o futuro do sol, quando ele não for mais essa gigante estrela quente e amarela como conhecemos.

O estudo

As recentes descobertas foram publicadas na revista Nature, com o título “Cristalização do núcleo e acumulação na sequência de resfriamento das anãs brancas em evolução”. O estudo foi conduzido por Pier-Emmanuel Tremblay, professor assistente da Universidade de Warwick, e conta com a ajuda de vários outros pesquisadores do grupo de Astronomia e Astrofísica de Warwick, da Universidade de Montreal e a Universidade da Carolina do Norte.

Após décadas de observações aliadas a modelos teóricos sobre a evolução estelar, os astrônomos conseguiram chegar a uma conclusão do que acontece com uma estrela com base em sua classificação. As estrelas maiores, como as super gigantes azuis, por exemplo, acabam se tornando supernovas e transformam-se em estrelas de nêutrons ou mesmo buracos negros. Enquanto estrelas menores como é o caso do sol, lançam suas camadas externas e se tornam nebulosas planetárias e finalizam o seu ciclo de vida como uma anã branca.

A anã branca

E estas estrelas continuam emitindo radiação durante bilhões de anos, até que a extrema pressão exercida sobre os seus núcleos cristalize e se torne completamente sólido. É esperado que esse processo aconteça com até 97% de todas as estrelas na Via Láctea, e que o restante delas se tornem estrelas de nêutrons ou buracos negros.

Por serem as mais antigas entre as estrelas do universo, as anãs brancas são muito úteis para os astrônomos. Por terem um ciclo de vida previsível, elas são utilizadas como “relógios cósmicos” que estimam a idade dos grupos de estrelas próximas com um algo grau de precisão. Porém, identificar o que acontece com essas estrelas ao final do seu ciclo de vida ainda instiga os cientistas.

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