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Em 2070, o Facebook terá mais ”zumbis” do que pessoas vivas, entenda

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Em 2070, o número de mortos na rede social de Mark Zuckerberg, o Facebook, pode ser maior do que o de pessoas vivas. Até o final do século, o site poderia facilmente mudar seu status, de uma das maiores redes sociais do mundo, para a maior cripta virtual existente.

A depender da taxa de crescimento do site, o número de contas de pessoas mortas da rede social pode variar de 1,4 bilhão a 4,9 bilhões até 2100, segundo uma nova pesquisa.

Muitos desses perfis de “zumbis” se originarão na Índia, devido a grande população do país. Os Estados Unidos também farão uma boa contribuição devido a sua prevalência no Facebook.

“Estas estatísticas dão origem a novas e difíceis questões sobre quem tem direito a todos estes dados, como deve ser administrado no melhor interesse das famílias e amigos do falecido e seu uso por futuros historiadores para entender o passado”, disse o líder do estudo Carl Öhman, candidato a doutorado no Oxford Internet Institute da Universidade de Oxford, em um comunicado.

Estimando os mortos

Atualmente, o Facebook é a maior rede social do mundo. Em março de 2019, foram contabilizados 2,38 bilhões de usuários que haviam se conectado ao menos uma vez na rede social no último mês. São registrados diariamente aproximadamente 1,56 bilhão de contas diariamente.

Öhman, junto do coautor David Watson, também do Instituto de Internet de Oxford, usando dados do Facebook do final de 2018, estimou que o número de usuários ativos mensais da rede social é de 1,43 bilhão de pessoas. Nesses dados foram inclusos a nacionalidade e a idade dos usuários.

Com base nos dados de mortalidade das Nações Unidas, os pesquisadores estimaram a taxa de mortalidade desses usuários. Descobriu-se que mais de 500 milhões estarão mortos até 2060 e até 2079, esse número sobe para 1 bilhão. Até 2100, 98% dos usuários ativos mensais de hoje estarão mortos.

Tais números não assumem o crescimento de novos usuários após 2018, o que não é realista. Novos usuários já se juntaram à rede social depois do estudo. Para analisar o outro extremo, os pesquisadores se basearam num cenário onde o Facebook cresce 13% ao ano, até que todas as pessoas no mundo estejam no site. Mais usuários vivos significam mais usuários mortos, com o tempo.

Com base nessas premissas, até 2100, o Facebook terá 4,9 bilhões de lápides virtuais. Entretanto, mesmo com esse cenário, o número de mortos não ultrapassa o de vivos até o começo do século XXII.

História em construção

Ambos os cenários não são bem, digamos, aceitáveis, de acordo com os pesquisadores no relatório sobre os dados publicado na revista Big Data & Society. O número real de mortos provavelmente deve ficar entre esses dois extremos. Na pesquisa, não foram considerados usuários que já morreram.

Além da Índia, de onde virá o maior número de perfis mortos (16%), a Nigéria segue com 6% e depois a Indonésia (4%) e o Paquistão (3,6%). Os Estados Unidos é a única nação ocidental no top 10. O país fico na 7ª posição do ranking com 2,3% de perfis zumbis.

“A gestão de nossos restos digitais acabará afetando a todos que usam as mídias sociais, já que todos nós um dia vamos morrer e deixar nossos dados para trás”, disse Öhman. “Mas a totalidade dos perfis de usuários falecidos também equivale a algo maior do que a soma de suas partes. É, ou pelo menos se tornará, parte de nossa herança digital global”.

Outras redes sociais possivelmente enfrentarão o mesmo fenômeno, observaram os pesquisadores. Esses perfis, segundo Watson, representarão uma fonte de informação histórica sem precedentes na história da humanidade.

“O Facebook deveria convidar historiadores, arquivistas, arqueólogos e especialistas em ética para participar do processo de curadoria do vasto volume de dados acumulados que deixamos para trás enquanto falecemos”, disse Watson. “Não se trata apenas de encontrar soluções que sejam sustentáveis ​​nos próximos anos, mas possivelmente por muitas décadas à frente”.

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