O médicos consideram como ejaculação precoce aquela que acontece logo após a penetração ou até mesmo antes, de forma que o homem não consiga ter controle sobre o ocorrido.
Um homem demora, em média, de dois a quatro minutos para ejacular. No entanto, a ejaculação precoce acontece no máximo um minuto após o início da relação sexual, segundo pesquisadores.
De acordo com Carmita Abdo, coordenadora do programa de estudos em sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, a condição só é vista como problema se atender a três requisitos: pouco tempo de penetração, falta de controle sobre a ejaculação e sensação de desconforto pela situação.
O problema é mais comum do que se imagina. Um estudo chamado Mosaico Brasil realizou uma pesquisa com 8.200 homens e descobriu que 25,8% dos brasileiros são precoces, os índices são semelhantes aos dos Estados Unidos e de outros países da Europa.
Duas fases
A ejaculação precoce pode surgir em duas fases da vida. Ela é comum na adolescência, graças à falta de experiência, o medo do mau desempenho ou de que alguém apareça de repente, por exemplo, entre outros fatores.
Toda essa situação cria um estado de ansiedade que acelera o momento da ejaculação, mas especialistas afirmam que tendência é o problema desaparecer à medida que os temores desaparecem.
Por outro lado, há a ejaculação precoce secundária, que pode surgir em homens de qualquer idade, que antes tinham um tempo de ejaculação normal. Ela surge geralmente por algum motivo que tornam o homem mais ansioso.
Tratamento
A ansiedade é considerada a principal causa da ejaculação precoce, pois quanto mais adrenalina, mais rápida será a ejaculação. O complicador é que ejaculações precoces repetidas criam ainda mais ansiedade.
O tratamento, portanto, inclui psicoterapia ou o uso de antidepressivos, que aumentam a quantidade de serotonina no cérebro e baixam o nível de ansiedade.
Existem também tratamentos alternativos, como pomadas anestésicas e o fármaco dapoxetina, uma espécie de Viagra que dura por até 8 horas.