Natureza

Enorme “oásis murado” de 4 mil anos é descoberto na Arábia Saudita

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No deserto da Arábia do Norte, especificamente no Oásis de Khaybar, arqueólogos recentemente desenterraram uma imponente fortificação da Idade do Bronze, revelando-se como um dos mais extensos oásis murados já encontrados na Arábia Saudita.

Esta monumental estrutura, que originalmente se estendia por mais de 14,5 quilômetros, foi datada entre 2250 e 1950 a.C., um período em que oásis semelhantes eram habitados por populações sedentárias na região.

O que é um oásis?

Via Wikimedia

Um oásis é uma área em um deserto onde a água, geralmente proveniente de fontes subterrâneas, emerge à superfície, permitindo o desenvolvimento de vegetação e, por vezes, a criação de condições mais habitáveis.

Os oásis desempenham um papel crucial em ambientes áridos, fornecendo um recurso vital para as comunidades humanas e a vida selvagem.

Eles são caracterizados por sua vegetação exuberante, muitas vezes composta por palmeiras, árvores frutíferas e outras plantas que prosperam nas condições mais úmidas oferecidas pela presença da água.

Além disso, podem servir como locais de assentamento humano, proporcionando condições mais favoráveis para a agricultura e atividades relacionadas à sobrevivência em áreas desérticas.

Essas áreas de vegetação exuberante em meio a desertos áridos são pontos de referência cruciais para as caravanas e viajantes que atravessam regiões desérticas, pois oferecem recursos vitais em ambientes muitas vezes hostis e desafiadores.

Oásis murados

A magnitude e a sofisticação das fortificações em Khaybar, até então desconhecidas, se destacam entre os especialistas na região. Isso porque contrastam com a única fortaleza do período islâmico previamente identificada no centro de seus amplos vales fluviais.

Surpreendentemente, as construções permaneceram ocultas por milênios, uma vez que as drásticas transformações na paisagem desértica dificultaram sua detecção ao longo do tempo.

As dimensões originais estimadas dessas impressionantes fortificações revelam uma extensão de aproximadamente 14,5 quilômetros, com espessuras variando entre 1,7 e 2,4 metros, alcançando uma altura imponente de cerca de 5 metros.

Essa descoberta arqueológica oferece insights valiosos sobre a complexidade das sociedades sedentárias que habitavam oásis naquela época.

Dessa forma, destaca a importância dessas estruturas para compreendermos a história e a evolução dessas civilizações antigas. As informações estão no site IFLScience.

Estrutura

Atualmente, menos da metade da estrutura antiga permanece de pé. Em seu auge, as gigantescas muralhas cercavam uma extensão de quase 1.100 hectares.

A cidade fortificada de Tayma tem muros que se estendem por cerca de 19 quilômetros. Ela é a única que pode rivalizar com Khaybar em termos de tamanho, destacando-se como os dois maiores oásis murados da região.

A designação de Khaybar como um vasto oásis murado faz parte de uma rede de assentamentos fortificados no noroeste da Arábia Saudita, enriquecendo nosso entendimento da presença humana na área e da complexidade social durante o período pré-islâmico.

Os pesquisadores sugerem que as muralhas de Khaybar provavelmente foram construídas por populações nativas à medida que se estabeleciam, marcando distintamente seu território no oásis.

Via Olhar Digital

Essa descoberta contribui significativamente para a compreensão da ocupação histórica e das dinâmicas sociais da região.

Afinal, as muralhas resistiram ao teste do tempo, permanecendo intactas por vários séculos antes de caírem ou passarem por mudanças para terem estruturas mais modernas.

Com uma idade de cerca de 4 mil anos, os oásis murados de Khaybar é famoso por ser um dos assentamentos fortificados mais antigos. Além de serem um achado importante para a ciência, também ajudarão na comparação com outros locais.

Caso as equipes de regiões próximas sigam as pistas e encontrem mais localidades, poderão comparar com essa estrutura fortificada e entender mais sobre a história do local.

No momento, os resultados deste estudo estão no Journal of Archaeological Science: Reports, e possuem consulta livre.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Olhar Digital, Wikimedia

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