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Entenda como essa mulher ficou cega após tomar um simples drinque

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A britânica Hannah Powell decidiu que desfrutaria de suas férias em Zakynthos, na Grécia, em 2016, junto de seus amigos. Durante uma balada, Hannah acabou ingerindo uma bebida misturada com uma substância que a fez vomitar no dia seguinte da balada. Num primeiro momento, todos poderiam pensar que isso se tratava de uma ressaca. Mas, o pior ainda estava por vir.

Hanna, de 23 anos, havia ingerido vodca misturada com metanol. De acordo com a jovem, a mistura não era de seu conhecimento. Após a ingestão da bebida, seus rins entraram em colapso e Hannah perdeu sua visão. Ao acordar no quarto de hotel, imaginando que as luzes estavam apagadas, o que ela percebeu foi que algo de muito grave estava acontecendo com seu corpo.

O grande choque

“Eu sugeri que abríssemos a cortina e meus amigos disseram que elas já estavam abertas, mas eu não percebi na hora o que estava acontecendo. Eu pensei que eles estivessem brincando, então levantei para acender as luzes. Foi aí que eu comecei a entrar em pânico, porque foi quando percebi que as luzes estavam acesas e que eu não conseguia enxergar nada”, disse a jovem em entrevista à BBC.

A jovem, moradora da cidade de Middlesbrough, na Inglaterra, que estava apresentando quadros de confusão e delírios, precisou ser levado ao hospital da Ilha de Zakynthos, antes de ser transferida para uma ilha maior. Hannah chegou a pensar que estava sendo sequestrada.

“Eu não entendia porque não conseguia enxergar. Eu pensei que fosse alguma coisa (tampando) meu olho ou na minha cabeça. Lembrava remotamente de falar com meu pai ao telefone. Me lembro de esconder meu telefone nas axilas, pensando que fossem tirá-lo de mim”, contou a britânica.

Após exames, a equipe medica confirmou que Hannah havia ingerido o composto químico, também conhecido como álcool metílico. A bebida ingerida por ela, foi servida em um bar que provavelmente vende vodca falsificada misturada ao metanol. Seus amigos, que também beberam da bebida “batizada”, passaram mal, com dores no estômago. No entanto, os sintomas logo se dissiparam.

“Aparentemente, gangues fazem as vodcas clandestinamente e vendem aos bares por preços mais baratos. E os bares abastecem seu estoque com essas bebidas. Então, se você é um consumidor, acha que está comprando vodca Smirnoff, mas não é. Eles colocam os líquidos em garrafas verdadeiras de Smirnoff” explicou Hannah.

A nova vida

Após algumas semanas, ela recebeu alta do hospital e voltou para sua casa. Em seu lar, ela precisaria se adaptar a sua nova vida. Sem visão, os rins de Hannah paralisaram e ela precisou de sessões de hemodialise por longos 18 meses, até que recebeu um novo rim, doado por sua mãe.

No começo, a jovem não conseguia ver nada. Apenas uma grande escuridão. Com o passar do tempo, ela começou a enxergar tudo embaçado. Hannan despende muito esforço para fazer suas atividades por conta própria e está no aguardo de um cão-guia para ajudá-la a se locomover e ganhar mais independência.

“Eu costumava acordar tendo esquecido que tinha perdido a visão. Ia me arrumar e percebia que não conseguia achar minha maquiagem, meu alisador de cabelos. Eu abria uma paleta de sombras de olho e o conteúdo parecia todo preto, sendo que estava cheio de sombras de cores diferentes”, disse.

Após três anos do ocorrido, ainda ninguém ainda foi penalizado pelo o que ocorreu com Hannah. Segundo ela, provavelmente bebidas falsificadas ainda devem ser vendidas em pontos turísticos como Zakynthos. “Eu já não esperava que fossem punidos, mas acho que alguém deveria. Ou o bar sabia que tinha álcool manipulado ou alguém fez essa mistura. De qualquer forma, eu não tive nada a ver com isso. Eu nunca teria bebido se soubesse”, completou Hannah.

Mesmo com as dificuldades, Hannah deseja viver uma vida normal. A jovem vai ao cinema, à academia, faz compras e vai à festas com seus amigos, como antes de perder a visão.

“A última coisa que eu quero é ter medo de fazer tudo. Minha mãe se preocupa quando digo que vou para a academia. Até hoje ela pergunta: ‘Como você vai chegar lá? Você consegue enxergar os carros? Eu não consigo ver todos os carros, mas a alternativa seria ficar em casa. Eu sou jovem e não quero me acostumar a ficar em casa por medo de sair. Eu ainda tropeço e hesito. Mas isso não me incomoda mais” disse ela.

A britânica até mesmo voltou a trabalhar com a ajuda da ONG RNIB, dedicada à pessoas com deficiência visual. Atualmente, ela é recepcionista de uma clínica médica e conta com a ajuda de um aparelho especial para o trabalho.

“Minha irmã foi maravilhosa. Ela me ajudou a voltar a usar maquiagem. E tivemos que ordenar as minhas roupas por cores, porque eu não conseguia identificar de que cor eram. Eu continuo saindo com meus amigos, principalmente para tomar chá ou ir ao cinema. Gostava de ir ao cinema para ficar sentada lá, parada, e observar se conseguia enxergar um pouco mais. E mesmo se não conseguisse, dava para entender o filme ouvindo e era bom simplesmente sair de casa”, contou a jovem.

Segundo Hannah, a melhor forma para manter-se positiva em frente aos problemas é escolher algo para focar suas energias. Este ano, Hannah planeja se mudar para uma nova casa. Voltar à Zakynthos algum dia também faz parte de seus planos, segundo ela, isso a ajudaria a recobrar a memória das boas coisas que também viveu lá.

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