Ciência e Tecnologia

ESA lança missão Juice rumo as luas de Júpiter

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A espaçonave Juice (JUpiter ICy moons Explorer) foi lançada com sucesso nesta quarta-feira (13) pela Agência Espacial Europeia (ESA), rumo a Júpiter e suas luas geladas.

O lançamento ocorreu às 7h35 (horário de Brasília), a bordo de um foguete Ariane 5, a partir do centro espacial de Kourou, na Guiana Francesa.

A missão da Juice é explorar o maior planeta do Sistema Solar e suas três maiores luas geladas: Ganimedes, Europa e Calisto. Acredita-se que esses corpos celestes possam abrigar oceanos subterrâneos e até mesmo vida.

A Juice é a primeira missão da ESA a Júpiter e a primeira a explorar as luas do planeta gasoso.

Por isso, a espaçonave será equipada com nove instrumentos científicos, incluindo uma câmera de alta resolução, um espectrômetro de infravermelho e um radar.

Via CanalTech

O equipamento percorrerá uma jornada de sete anos até Júpiter, onde passará três anos estudando o planeta e suas luas. Durante esse tempo, a Juice realizará 26 sobrevôos, permitindo a coleta de dados e imagens de alta resolução das luas geladas.

Entendimento

A missão da Juice é de extrema importância para a compreensão da origem e evolução do Sistema Solar, bem como para a busca por vida fora da Terra.

A exploração de Júpiter e suas luas pode revelar informações cruciais sobre a formação dos planetas e a presença de oceanos subterrâneos em corpos celestes, aumentando assim as chances de descoberta de vida no universo.

Com o lançamento bem-sucedido da Juice, a ESA dá um passo importante na exploração do Sistema Solar e na busca por respostas sobre a origem e a existência da vida no universo.

Não existem expectativas de novas atualizações e missões em planejamento. Contudo, a instituição não pretende parar com a busca por respostas no espaço. Assim, pode começar a pesquisar em outros planetas e seus satélites.

Importância do Juice

O Juice é uma das missões mais importantes, atualmente, por conta dos diferenciais do seu destino.

Ao contrário de outros corpos celestes, as luas de Júpiter, Ganimedes, Europa e Calisto, têm características únicas que as diferenciam de outras luas do Sistema Solar.

Uma das principais características é a presença de oceanos subterrâneos, que podem conter água líquida e, possivelmente, abrigar formas de vida.

Ganimedes, por exemplo, é a maior lua de Júpiter e do Sistema Solar. É composta principalmente por gelo e rocha e tem um campo magnético próprio, o que indica a presença de um núcleo metálico.

Acredita-se que debaixo da sua crosta de gelo, haja um oceano com profundidade estimada em 800 km.

Via CanalTech

Já Europa é uma lua coberta por uma camada de gelo que pode ter uma espessura de até 30 km, mas abaixo dela há uma grande quantidade de água líquida, possivelmente duas vezes a quantidade de água que existe na Terra.

Há evidências de que essa lua tem atividade geológica em sua superfície e pode haver gêiseres de água que jorram através do gelo.

Calisto é uma lua que tem uma superfície geologicamente antiga e é uma das luas mais escuras do Sistema Solar.

Acredita-se que a lua tenha um núcleo rochoso e um oceano subterrâneo, mas sua composição ainda é objeto de estudo.

Essas luas são alvos de estudo para os cientistas, pois acredita-se que a presença de oceanos subterrâneos e a atividade geológica possam indicar a presença de vida, além de fornecer informações importantes sobre a evolução do Sistema Solar e a formação dos planetas.

Por esse motivo, foram os alvos da missão com o novo equipamento. É possível esperar atualizações periódicas, mesmo que a chegada aconteça somente nos próximos anos.

 

Fonte: CanalTech

Imagens: CanalTech, CanalTech

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