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Esse homem de 93 anos tem idade biológica na casa dos 30. Ciência quer saber como

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A vida é feita de ciclos, disso todos nós sabemos. O básico, que todos seguimos, é o seguinte: nascemos, crescemos e morremos. O trajeto pode variar entre as pessoas, mas o envelhecimento é algo normal e inevitável. Contudo, a idade pode realmente ser apenas um número em alguns casos.

Um exemplo disso é Richard Morgan, o inglês de 93 anos, por conta da sua composição corporal. O homem começou a se exercitar por volta dos seus 70 anos, e atualmente seu corpo é composto por 80% de músculos e 15% de gordura. Essas porcentagens são parecidas com alguém de 30 anos de idade. Por conta disso que os cientistas pensam que o homem possa ter a resposta de como evitar o envelhecimento e viver por mais tempo.

Idade física vs. biológica

Irish independent

Os exercícios de Morgan são diários durante 40 minutos. Ele começa o dia com uma remada de 30 quilômetros, depois treino de musculação com pesos para conseguir melhorar sua força e então outros treinos, em que mistura alta e baixa intensidade.

Os pesquisadores da Universidade de Limerick estudaram o homem e para isso registraram a atividade cardíaca, pulmonar e muscular dele enquanto remava. De acordo com os pesquisadores, o pulso de Morgan chegou a 153 batimentos por minuto. Isso é mais do que a frequência cardíaca máxima prevista para sua idade, o que mostra que o coração dele é muito forte.

O homem é ex-fabricante de baterias e padeiro e só começou a praticar exercícios 20 anos atrás. Mesmo assim, ele acabou virando um exemplo. Além dos exercícios, Morgan tem uma dieta rica em proteínas, o que é essencial para a construção de músculos e conseguir manter o metabolismo acelerado.

De acordo com estudos, pessoas com 65 anos ou mais que fazem exercícios têm 28% menos chance de morrer comparado com os da mesma idade e que não têm essa rotina.

Um estudo de 2022 descobriu que pessoas que fazem exercícios físicos intensos entre 75 e 149 minutos por semana têm 19% menos risco de morte. Enquanto que quem treina entre 150 e 299 minutos semanalmente tem um risco menor entre 21 e 23%.

Exercícios

Metrópoles

Assim como Morgan, outros idosos servem de inspiração. É o caso da paulista Inês Pacheco, de 93 anos, que tem a musculação como a parte mais importante da sua rotina. Ela faz musculação três vezes por semana há 18 anos como tratamento de uma artrose no quadril. E a idosa não pensa em parar com a atividade.

Segundo Inês, ela começou a fazer musculação em 2005, quando tinha 75 anos. No começo ela ia junto com sua filha, Sylvia Pacheco, que malhava fazia um ano. Agora, é ela quem incentiva o resto da família a fazer exercícios.

“Gosto muito de ir para a academia. Me sinto bem com a musculação”, disse ela.

Quem indicou esse treino de força para Inês foi sua médica reumatologista, como uma forma de aliviar as dores da osteoporose e da artrose do quadril. Conforme o corpo foi ficando mais firme e forte, Inês pôde diminuir a doses dos remédios para a dor. “A musculação permitiu que meus remédios para dor fossem reduzidos. Consegui levar o problema numa boa”, pontuou ela.

Assim como em outas fases da vida, os exercícios físicos oferecem vários benefícios para a saúde física e mental das pessoas na terceira idade. Dentre os principais estão a saúde cardiovascular, a força, flexibilidade e o equilíbrio. Além disso, a prática também ajuda na prevenção de quedas e doenças crônicas.

De acordo com Rafael Almeida de Oliveira, médico geriatra do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), conforme a idade vai passando, espera-se que as pessoas tenham um declínio funcional. Então, os exercícios físicos ajudam a manter essa habilidade e segurança para andar e fazer coisas do dia a dia de forma autônoma.

“Quanto mais a idade avança, mais indicação a pessoa tem de fazer exercícios. A perda muscular é muito grande entre os idosos”, disse ele.

Ainda conforme o geriatra, o treino para essas pessoas deve ser de leve a moderado, entre três e quatro vezes na semana e com uma duração de aproximadamente 40 minutos. “A pessoa que está com o exercício em dia consegue fazer tudo isso e se envolver com atividades de lazer que exigem a capacidade física”, afirmou Oliveira.

No caso de Inês, em 2016, ela fez uma cirurgia para corrigir a artrose, e em 2018 ela fez outra depois de sofrer uma queda. Nas duas situações os médicos disseram que a recuperação rápida dela foi por conta da sua rotina de exercícios.

Fonte: Olhar digital,  Metrópoles

Imagens: Irish independent, Metrópoles

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