Saúde

Estes sintomas incomuns na visão podem indicar Alzheimer

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A ciência está desvendando cada vez mais mistérios sobre o Alzheimer, e sintomas na visão podem ser um indicativo do surgimento da doença.

Essa condição ainda traz muitas incertezas, e, claro, a dificuldade em encontrar uma cura. No entanto, estamos mais próximos de dominar essa ocorrência e propor tratamentos mais eficientes.

Na edição de fevereiro da revista Lancet Neurology, pesquisadores revelaram sintomas visuais incomuns que podem servir como indicadores da doença neurodegenerativa.

O estudo destaca a atrofia cortical posterior, que apresenta as mesmas alterações patológicas no cérebro associadas ao Alzheimer, mas resulta em sintomas que indicam a possibilidade da doença.

Sintomas na visão que podem indicar Alzheimer

Via Freepik

Para esclarecer mais sobre a doença, o estudo indicou quais os sintomas na visão que decorrem da atrofia cortical posterior, gerando algumas ocorrências.

Inicialmente, é um fator que gera deficiência na percepção espacial, sendo a dificuldade em compreender a relação entre objetos e seu ambiente, podendo resultar em dificuldades de orientação, movimento e coordenação.

Além disso, também traz dificuldade em avaliar distâncias. Essa incapacidade diminui o julgamento preciso da distância entre objetos ou entre o indivíduo e os objetos ao seu redor, o que pode levar a problemas de locomoção e percepção de profundidade.

Ainda, existe uma dificuldade em detectar movimentos. Isso envolve a incapacidade de reconhecer ou interpretar adequadamente movimentos. Dessa forma, pode resultar em dificuldades em acompanhar objetos em movimento ou em perceber mudanças no ambiente.

O estudo também destaca a dificuldade em reconhecer objetos e recordar nomes, a função ou o propósito de objetos comuns. Na prática, leva a problemas de organização e realização de tarefas cotidianas.

Estudo

Com o intuito de aprofundar a compreensão dessa relação, uma equipe de pesquisadores analisou dados de 1.092 pacientes diagnosticados com atrofia cortical posterior.

A análise revelou que essa condição pode servir como um preditor significativo do Alzheimer, uma vez que em 94% dos casos foram observadas alterações cerebrais associadas à doença neurodegenerativa, que, por sua vez, contribuem para a atrofia cortical posterior.

Os pesquisadores enfatizam a importância de os pacientes procurarem um oftalmologista ao apresentarem sintomas visuais, ressaltando que muitas vezes podem ser encaminhados para um profissional que não está familiarizado com a atrofia cortical posterior.

Assim, destacam a necessidade de “melhores ferramentas nos ambientes clínicos para identificar esses pacientes precocemente”.

O estudo identificou várias semelhanças entre a atrofia cortical posterior e o Alzheimer, especialmente em relação aos níveis de proteínas amiloides no cérebro.

O acúmulo dessas proteínas ao redor das células cerebrais é responsável por causar danos aos neurônios, resultando em perda de memória e declínio cognitivo.

Além disso, os pesquisadores observaram que os pacientes analisados também apresentavam um aumento da presença de proteína tau, também associada ao Alzheimer, nas regiões posteriores do cérebro, áreas que estão envolvidas no processamento de informações visuais e espaciais.

É possível ter o diagnóstico pelos olhos?

Sintomas na visão ajudam a identificar Alzheimer. Na imagem, pupila azul aproximada.

Via Freepik

Desde 2021, a Alzheimer’s Association vem conduzindo um estudo sobre as perspectivas de diagnosticar o Alzheimer através dos sintomas na visão. Para isso, utiliza comparações entre testes de amiloides na retina e no cérebro.

Segundo eles, a retina e o cérebro exibem patologias similares em pacientes diagnosticados com doenças neurodegenerativas. Dessa forma, a capacidade de acessar a retina por meio de técnicas de imagem abre a possibilidade de uma avaliação não invasiva da patologia da doença.

Com isso, no futuro, pode ser que seja viável determinar o início, a disseminação e a morfologia do Alzheimer através da análise de imagens da retina.

No entanto, vale reforçar que nem todos os sintomas na visão representam, necessariamente, a doença. Esse é apenas um avanço na forma de diagnosticar e encontrar respostas sobre a condição.

Fonte: Canaltech

Imagens: Freepik, Freepik

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