Inovação

Estocolmo inicia operação de primeira balsa elétrica autônoma do mundo

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A Torghatten AS, uma companhia marítima norueguesa, começará a operar a primeira balsa elétrica e totalmente autônoma do mundo, que conectará algumas das ilhas de Estocolmo, capital da Suécia.

O catamarã, com capacidade para 25 passageiros, fará a rota inicialmente entre Kungsholmen e Søder Mellarstrand em 15 horas de operação elétrica diária contínua.

O projeto foi desenvolvido pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU), em Trondheim, ao longo de vários anos. Seu objetivo era criar uma mobilidade urbana mais sustentável e chamar a atenção global para soluções verdes.

Desde setembro de 2022, a NTNU tem realizado testes com um protótipo do Autoferry no canal local.

Para desenvolver o sistema autônomo de navegação da balsa, a NTNU criou uma spin-out, a Zeabuz, uma empresa norueguesa de tecnologia que é coproprietária da Torghatten AS.

A operadora de serviços ferry colocará um operador humano a bordo nas primeiras viagens para garantir a segurança durante a travessia, conforme comunicado da Zeabuz.

Como funciona balsa elétrica autônoma?

Via CanalTech

A Zeabuz disponibilizará comercialmente uma tecnologia de navegação baseada em IA a bordo, utilizando radar e a técnica de sensoriamento LiDAR (Detecção e Varredura a Laser) para detectar e evitar objetos na água.

Outros equipamentos, como infravermelho, câmeras, sensores ultrassônicos e GPS, também contribuem para as manobras, atracação e posicionamento.

O catamarã autônomo está sendo construído pelo estaleiro norueguês Brødrene, especializado em navios de alta velocidade em fibra de carbono.

Com 12 x 5 metros de comprimento, a embarcação poderá transportar 25 passageiros e meia dúzia de bicicletas.

A propulsão ocorre por meio de um motor elétrico alimentado por um banco de baterias de 188 kWh da empresa ZEM, e painéis solares de 7,7 kW na parte superior.

A balsa elétrica autônoma recebe o nome de Zeam, em referência a Zero Emission Autonomous Mobility. Ela estreia na cidade de Estocolmo em junho de 2023.

Além disso, a cidade de Paris anunciou que utilizará a tecnologia elétrica do Autoferry durante os Jogos Olímpicos de 2024.

Qual a importância?

A balsa elétrica autônoma representa um grande avanço na tecnologia de transporte marítimo sustentável e autônomo.

Com a capacidade de operar sem emitir gases de efeito estufa, o que reduz significativamente a poluição ambiental, a balsa elétrica autônoma é uma solução inovadora para melhorar a mobilidade urbana nas áreas costeiras.

Além disso, a tecnologia de navegação baseada em IA a bordo, equipada com radar, sensores e câmeras, garante uma navegação segura e precisa, detectando e evitando obstáculos na água. Isso pode ajudar a evitar acidentes e tornar as viagens mais eficientes e confiáveis.

Outra vantagem da balsa elétrica autônoma é que ela não requer um operador humano constante. Assim, reduz os custos operacionais a longo prazo.

Com sua capacidade de operar por 15 horas de operação elétrica contínua diariamente, essa tecnologia também pode ajudar a melhorar a eficiência do transporte e reduzir o tempo de viagem.

Via Portal Sustentabilidade

Enquanto isso, a utilização de balsas elétricas autônomas também pode ajudar a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e contribuir para a transição para uma economia de baixo carbono.

Isso pode contribuir para mitigar as mudanças climáticas e reduzir os impactos ambientais negativos causados pela navegação marítima tradicional.

A implementação desse meio de transporte é especialmente importante na Europa. Afinal, existem diversos córregos e rios que servem para interligar as ruas e cidades.

Dessa forma, em vez de adotar alternativas com combustível, gerando maior queima e emissões, existe a possibilidade de usar uma opção sustentável. Caso Estocolmo tenha sucesso nos testes, a tecnologia será útil em todo o continente.

Atenção

Entretanto, vale reforçar que os testes demandam atenção, por conta da capacidade e resistência na água. Balsas geralmente levam centenas de pessoas e até veículos.

Embora o primeiro modelo seja menor, espera-se que ele possa escalar consideravelmente nos próximos anos. Além disso, seu uso nas Olimpíadas também ajudará na locomoção de atletas, equipes e turistas.

Assim, essa implementação da primeira balsa elétrica do mundo possui altas expectativas, mas verificando quais os limites e as necessidades de aprimoramento para lidar com a verdadeira demanda.

 

Fonte: TecMundo

Imagens: CanalTech, Portal Sustentabilidade

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