Ciência e Tecnologia

Estranho relâmpago esverdeado é fotografado em Júpiter, o que é?

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Em junho, a NASA, Agência Espacial Norte-Americana, divulgou imagens de uma luz verde intensa avistada no polo norte de Júpiter. Cientistas acreditam que essa luz tenha sido provocada por um relâmpago.

A captura da imagem ocorreu pela sonda espacial Juno, que está em órbita ao redor de Júpiter, com o propósito de coletar dados que são estudados por cientistas aqui na Terra. A imagem teve registro quando a Juno estava a uma altitude de 32 mil quilômetros acima do planeta.

O relâmpago observado em Júpiter não se assemelha aos relâmpagos que ocorrem na Terra.

Em nosso planeta, um relâmpago é resultado de uma descarga elétrica durante uma tempestade.

No entanto, relâmpagos também podem ocorrer durante tempestades de areia, erupções vulcânicas e tempestades de gelo.

O atrito entre as partículas presentes em uma nuvem gera eletricidade, resultando em um clarão que conhecemos como relâmpago. Quando esse relâmpago atinge o solo, chamamos de raio.

No caso do relâmpago fotografado em Júpiter, é provável que ele tenha se originado em uma nuvem composta de amônia, possivelmente contendo água no estado gasoso.

Via Mega Curioso

Luz verde intensa de 2020

As imagens capturadas pela sonda Juno não são transmitidas instantaneamente para a Terra.

A fotografia desse relâmpago em particular foi registrada no ano de 2020, mas somente no ano passado foi devidamente processada para posterior divulgação.

Conforme explicação da NASA, a luz verde intensa é do recurso Juno, que capturou essa visão em seu 31º sobrevoo próximo a Júpiter. A data é de 30 de dezembro de 2020.

No entanto, somente em 2022 os cientistas responsáveis conseguiram processar as imagens da coleta do instrumento na aeronave. Por isso, a imagem bruta saiu somente nesse momento. Ainda, sua qualidade é menor, por estar a aproximadamente 32 mil quilômetros acima do topo das nuvens de Júpiter.

Sobre Júpiter

Júpiter é o maior planeta do nosso sistema solar, sendo um gigante gasoso composto principalmente por hidrogênio e hélio. É o quinto planeta a partir do Sol e também possui a maior massa entre todos os planetas.

Júpiter foi conhecido desde a antiguidade e recebeu o nome em homenagem ao deus romano Júpiter, equivalente ao deus grego Zeus.

Sua observação remonta a milhares de anos atrás, com registros feitos por astrônomos da Mesopotâmia, Grécia e Roma. No entanto, reconheceu-se sua natureza como planeta somente com o advento do telescópio.

Galileu Galilei, um famoso astrônomo italiano, fez observações detalhadas de Júpiter em 1610, usando um telescópio recém-inventado.

Ele descobriu as quatro maiores luas de Júpiter, conhecidas hoje como as luas galileanas: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.

Via Mundo Conectado

Essa descoberta foi uma das primeiras evidências de corpos celestes orbitando um objeto diferente da Terra, apoiando a teoria heliocêntrica de Copérnico.

Desde então, a exploração de Júpiter continuou com o avanço da tecnologia espacial. A sonda espacial Voyager 1 passou por Júpiter em 1979, fornecendo imagens detalhadas do planeta e suas luas. Posteriormente, a sonda Galileo, lançada em 1989, também estudou Júpiter e suas luas em grande detalhe durante sua missão.

Atualmente, a sonda Juno, lançada em 2011, está em órbita ao redor de Júpiter, realizando medições e coletando dados sobre sua atmosfera, campo magnético e estrutura interna.

Essas missões espaciais têm nos proporcionado um melhor entendimento de Júpiter e contribuído para expandir nosso conhecimento sobre os gigantes gasosos em geral.

Quanto à luz verde intensa, foi apenas uma pontualidade, mas mostra como nossas tecnologias conseguem identificar esses acontecimentos com maior solidez.

 

Fonte: Mega Curioso

Imagens: Mega Curioso, Mundo Conectado

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