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Estudo mostrou como a pandemia afetou desenvolvimento social e comportamento dos bebês

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A pandemia do coronavírus mudou o mundo todo, e essas mudanças podem ser também nas pessoas que passaram por ela e até mesmo nos bebês. Isso porque o vírus fez com que vários bloqueios fossem colocados para conter a doença até que uma vacina pudesse ser criada. Isso era claro para as pessoas. Mas e para aqueles que não sabiam nada sobre o mundo pré-covid?

Um grupo de pesquisadores quis entender como era a vida do bebês que nasceram durante a pandemia e quais as consequências disso para a saúde e desenvolvimento geral deles.

Eles descobriram que quando eles chegavam aos dois anos, uma idade importante na comunicação, os bebês pandêmicos eram bem parecidos com os que nasceram antes da pandemia no seu desenvolvimento e também no comportamento.

Para o estudo, eles acompanharam bebês que nasceram na Irlanda nos primeiros três meses da pandemia, ou seja, entre março e maio de 2020. Ao todo foram 354 famílias com os bebês sendo avaliados aos seis, 12 e 14 meses de idade.

As famílias visitavam os pesquisadores durante o estudo. E para muitas delas era a única vez em que elas saíam de casa. Tanto que os  pais comentavam com a equipe pediátrica: “Ela não tem saído muito”. E a cada visita feita, eles pediam aos pais várias informações a respeito da vida e do desenvolvimento dos bebês através de questionários.

Geralmente, estudos desse tipo fazem a comparação entre bebês com um grupo de controle com outros bebês que nasceram na mesma época, mas que não enfrentaram os mesmos desafios. Contudo, como o mundo todo estava em isolamento por conta da pandemia os pesquisadores tiveram que fazer a comparação da melhor forma que conseguiram.

Assim, eles compararam os bebês pandêmicos com um grupo parecido que também nasceu na Irlanda, mas antes da pandemia. Por mais que isso seja uma limitação do estudo, não exista um grupo de bebês que se comparava para ser o grupo de controle.

Vida social dos bebês

ONU news

Com tudo feito, os pesquisadores descobriram que os bebês pandêmicos tinham círculos sociais pequenos. Até porque, por conta de todas as restrições, as atividades em grupos de pais e bebês foram canceladas e as visitas a outras casas também não eram feitas.

Quando esses bebês tinham seis meses, a média era de que somente três pessoas os tinham beijado, isso incluindo os pais. Ou seja, eles não conheciam seus parentes ou amigos da família. Além disso, um em cada quaro não tinha conhecido uma outra criança da mesma idade até fazer um ano de vida.

Os pesquisadores perguntaram aos pais como era criar um bebê durante a pandemia. Nas respostas, palavras como “solitário”, “isolado” e “desafiador” foram ditas repetidas vezes. Contudo, nem tudo foi negativo. Pontos positivos como o vínculo dos pais com o bebê e ter mais tempo para a família foram ditos.

No estudo também foram observados 10 marcos de desenvolvimento no primeiro aniversário. Dentre eles, forma menos bebês pandêmicos que disseram sua primeira palavra, eles também não apontavam ou acenavam um “tchau” e eram poucos os que conseguiam engatinhar.

Essas coisas fazem sentido porque eles estavam ouvindo menos palavras, já que quase não saiam de casa. Além de já conhecerem bem seu próprio ambiente, o que não os fazia ter tantas coisas novas para apontar. E como menos pessoas visitavam, eles também não tinham a necessidade de dizer “tchau” para ninguém.

Desenvolvimento

O Globo

Quando esses bebês fizeram dois anos, o ponto foi observar se essas diferenças no desenvolvimento tinham mudado. Então, os pesquisadores perguntaram aos pais a respeito da comunicação nessa fase. Como por exemplo, se a criança conseguia falar duas ou três palavras juntas para expressar uma ideia, se elas apontavam para alguma coisa quando a queriam, e se elas conseguiam seguir um comando simples.

A pontuação das crianças que nasceram na pandemia foram um pouco mais baixas na parte de comunicação. Entretanto, a pontuação foi parecida com as dos bebês nascidos antes da pandemia nas outras áreas do desenvolvimento. E também não foi visto diferenças no comportamento relatado entre os bebês nascidos antes e os depois da covid.

Fonte: Science alert

Imagens: ONU news, O Globo

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