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“Fallout”: físico explica a ciência por trás do mundo pós-apocalíptico da série

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A série Fallout estreou na última quarta-feira (10) no Prime Video, e traz um mundo pós-apocalíptico surreal, com a humanidade acabando em 2077 após uma série de explosões nucleares.

Inspirada no videogame com o mesmo título, em português o nome pode significar tanto “consequência” quanto “radiação”.

Agora adaptada para as telas, a série retrata os Estados Unidos pós-apocalípticos, onde várias mutações monstruosas acontecerão. Também surgiram os ghouls, humanos afetados pela radiação, e outros lutam pela sobrevivência.

Fallout é uma típica história de ficção científica da Era Atômica e se baseia em visões retrofuturistas.

Porém, existe mais ciência nessa narrativa do que se imaginava, de acordo com Pran Nath, professor de física na Universidade Northeastern, nos Estados Unidos.

Verdades na série de Fallout

Via IGN Brasil

No início da série de Fallout, várias bombas atômicas atingem Los Angeles. Apesar de ser uma representação fictícia da cidade, as explosões nucleares são retratadas de forma bastante realista.

Conforme especialistas, quando ocorre uma explosão nuclear, devido à reação em cadeia, muita energia e radiação são emitidas em um curto período de tempo.

Assim, ocorre um grande clarão, que é a reação nuclear gerando raios gama. E se alguém for exposto a isso, como as pessoas em Hiroshima, por exemplo, praticamente evapora.

Conforme explicado pelo físico, dependendo da distância em relação à explosão, mesmo pessoas parcialmente protegidas sentiriam um aumento de temperatura corporal de até 50ºC, resultando em queimaduras graves.

A condição de pele escaldada dos ghouls, por exemplo, não é algo totalmente desconhecido para a ciência.

Em seguida, ocorrem a onda de choque e o calor da explosão. A onda de choque, como mostrada na primeira cena de Fallout, se propaga rapidamente após a explosão.

No entanto, fora das telas, isso provavelmente seria mais rápido e menos cinematográfico, viajando à velocidade do som, ou seja, mais de 1,2 mil quilômetros por hora.

Além disso, a onda de choque exerce uma pressão significativa. Seria tão intenso que poderia causar o colapso de prédios de concreto. Também existiriam “bolas de fogo” que queimariam todas as estruturas na área da explosão com um calor intenso.

A zona de impacto é onde as ondas de choque e a bola de fogo são mais devastadoras. Em Hiroshima, isso ocorreu a uma distância de aproximadamente 1,6 a 3,2 quilômetros. Basicamente, tudo foi destruído dentro daquela área de impacto.

Radiação

A fase seguinte de uma explosão nuclear é a radiação, que perdura por mais tempo e tem impactos ainda mais significativos do que a rajada e a onda de choque.

A explosão gera uma nuvem em forma de cogumelo, que pode se estender até 16 quilômetros na atmosfera. Com o vento, essa nuvem dispersa a radiação para áreas além da zona da explosão.

Durante uma explosão nuclear, existem cerca de 100 elementos radioativos diferentes. Esses elementos têm diferentes períodos de meia-vida, variando de alguns segundos a milhões de anos.

Por isso, causam poluição e danos ao corpo e ao meio ambiente por um longo período, podendo levar ao desenvolvimento de câncer e leucemia.

Via UOL

Mutações

Os refúgios, conhecidos como vaults, em Fallout, desempenham um papel crucial no mundo pós-apocalíptico.

Eles são abrigos subterrâneos do tamanho de pequenas cidades, onde os sortudos puderam se refugiar quando o mundo acabou.

Os vaults são mais avançados do que os abrigos reais, mas, de acordo com o físico, esse tipo de proteção seria necessário para se proteger da radiação liberada por armas nucleares, especialmente dos raios gama, que podem penetrar vários quilômetros de concreto.

Nesse caso, se você estivesse a uma distância segura e se abrigasse atrás de concreto, poderia evitar tanto o impacto inicial da explosão nuclear quanto as ondas de choque e calor que seguem, aumentando as chances de sobreviver.

Enquanto isso, os mutantes radioativos podem parecer coisa de ficção científica, mas têm fundamentos reais.

Isso porque existem várias formas de anomalias causadas pela radiação, principalmente com a genética posterior. Seria como mudanças espontâneas em animais e seres humanos, mas de forma monstruosa.

Apesar de acontecer em uma realidade fictícia mais sombria, a série de Fallout serve como um lembrete do quão devastadoras essas forças são no mundo real.

Estima-se que 146 mil pessoas em Hiroshima e outras 80 mil em Nagasaki tenham sido mortas pelos efeitos das bombas lançadas pelos Estados Unidos.

E, hoje em dia, especialistas reforçam que as armas nucleares modernas são ainda mais poderosas e seu impacto total é desconhecido para nós.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: IGN Brasil, UOL

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