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FBI investigou cantora Aretha Franklin por 40 anos

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O filho da cantora e compositora norte-americana Aretha Franklin, famosa por hits como “Respect” e “I Say a Little Prayer”, contou sobre as longas investigações que sua mãe sofria do FBI.

Em entrevista à Rolling Stone dos Estados Unidos, Cecalf Franklin, filho da cantora, falou sobre os documentos adquiridos no mês passado e contou sobre a investigação que durou 40 anos, entre 1967 a 2007.

Documento

Foto: Jim Wells/ AP

O documento da cantora, que morreu no dia 16 de agosto de 2018, possui 270 páginas com acusações de “violência racial”, “apoio ao comunismo”, “ódio à América”, “militância negra” e “extremistas negros”.

Ainda de acordo com as informações da Rolling Stones, todos os arquivos não retratam apenas Aretha Franklin, mas também outros músicos com quem trabalhava como suspeitos.

Durante a entrevista, Kecalf disse que não tem como saber se a sua mãe sabia sobre as perseguições do FBI. No entanto, ele acrescentou que “ela não tinha absolutamente nada a esconder”.

Um dos principais motivos da investigação sobre Aretha Franklin foi devido à sua união com alguns ativistas como Angela Davis e Martin Luther King Jr. em prol dos direitos civis.

O documento aponta que o número de telefone, endereço e outras atividades que a cantora fazia, eram acompanhados por uma equipe do FBI. 

Além disso, durante a investigação, foram registradas ameaças de morte que Aretha Franklin recebia por cartas.

Ainda de acordo com as informações do arquivo, os agentes tentaram relacionar Franklin a alguns movimentos que eram apontados como “radicais” da época.

O FBI também registrou todos os detalhes do contrato que a cantora tinha com a Atlantic Records. A meta era analisar de maneira precisa a relação entre as ações contratuais e o Partido dos Panteras Negras.

Conheça a vida e a obra de Aretha Franklin

 

Aretha Franklin teve uma carreira de 60 anos, com quase 40 álbuns de estúdio e acumulou 18 prêmios Grammy, sendo uma das pessoas com maior número de estatuetas da premiação.

Nascida em Memphis, no Tennessee, e radicada em Detroit, Michigan, Aretha Franklin logo ficou conhecida como a “Rainha do Soul”, no começo dos anos 1960, no início da carreira. 

Com um timbre de voz inconfundível, Franklin também colecionou sucessos na música gospel. Nesse gênero, ela lançou seu primeiro álbum aos 14 anos, “Songs of Faith”. 

No entanto, uma das maiores provas da sua importância para a música é o fato de ela ter sido a primeira mulher empossada no Hall da Fama do Rock & Roll, em 1987.

Trajetória e legado de Aretha Franklin 

Foto: Michael Ochs Archives/ Getty Images

Filha de um pastor batista e de uma cantora e pianista, Aretha Franklin nasceu em Tennessee, sul dos EUA, e com cinco anos se mudou para Detroit. No local, o pai assumiu a pregação de uma igreja local. Com uma voz potente e sermões cheios de emoção, C.L. Franklin ficou famoso. Com isso, sua casa começou a ser frequentada por importantes nomes da música e do ativismo negro, como Clara Ward e Martin Luther King Jr. 

Com isso, Aretha teve as suas primeiras influências, cantando na igreja do pai, além de realizar performances e lançar singles desde os 12 anos. Aos 18 anos, passou a se dedicar à música pop, mudando-se para Nova York e assinando com a Columbia Records em 1961.

Com a gravadora, ela começou a focar no jazz e lançou os seus primeiros álbuns. No entanto, apenas em 1967, na Atlantic Records, dedicando-se ao soul, foi que os hits vieram. Em 1968, Aretha lançou “Lady Soul” e “Aretha Now”, dois dos seus álbuns de maior sucesso. Nessa época ela também ganhou os seus primeiros Grammy.

Sucesso

Foto: Nicholas Hunt/ WireImage/ Getty Images

Nos anos  1970, seu prestígio apenas cresceu, com vários singles se destacando em listas de músicas mais ouvidas. Logo em seguida, em 1972,  Aretha Franklin gravou o álbum ao vivo “Amazing Grace”.

Já nas duas décadas seguintes, nas quais assinou com a gravadora Arista Records, viram um declínio no seu sucesso. Enquanto isso, no século XXI, ela presenciou mais momentos históricos já no fim de sua carreira e vida. Entre elas está a performance do hino nacional no Super Bowl de 2006, a apresentação na cerimônia de posse do presidente Obama, em 2009, e a marca de cem músicas nas paradas de sucesso da Billboard de R&B/Hip-Hop.

Em 2010, Aretha começou uma batalha contra um câncer no pâncreas. No entanto, mesmo durante o tratamento, ela seguiu fazendo shows e lançando novos álbuns. Em 13 de agosto de 2018, sua situação piorou drasticamente e ela foi hospitalizada. Três dias depois, em 16 de agosto, a cantora morreu aos 76 anos de idade.

Fonte: Aventuras na História, Splash

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