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A garrafa de água de plástico é a mais comum no mercado, mas infelizmente ela traz muitos problemas ecológicos. E mesmo que as pessoas optem pelo reúso, ele não é muito indicado.
Isso porque existem vários elementos a se considerar, especialmente na composição desses produtos.
Inicialmente, a reutilização de garrafas de água de plástico enfrenta um desafio sério: a contaminação bacteriana.
Isso ocorre devido ao ambiente úmido e fechado da garrafa, que tem contato frequente com a boca e as mãos, proporcionando condições ideais para a proliferação de bactérias.
Um estudo realizado com 75 amostras de água de garrafas de plástico, utilizadas por alunos do ensino básico por meses sem lavagem, revelou que aproximadamente dois terços das amostras excediam os níveis bacterianos recomendados.
Dez das 75 amostras apresentaram níveis de coliformes fecais acima do limite aconselhado.
Segundo Cathy Ryan, uma das pesquisadoras, a garrafa de água de plástico, quando não é lavada, torna-se um ambiente propício para o crescimento de bactérias.
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Compostos de resina
Lavar a garrafa resolve o problema? Não exatamente. Além da contaminação bacteriana, as garrafas de plástico podem conter bisfenóis, compostos presentes em plásticos e resinas, principalmente no policarbonato (identificado pelo símbolo de reciclagem 7).
Estudos indicam que o BPA, um tipo de bisfenol, aumenta na urina em cerca de 60% das pessoas que usam garrafas de água de plástico com esse material. Lavar a garrafa com água quente acelera a liberação de BPA do plástico.
Optar por garrafas “livres de BPA” resolve o problema? Não necessariamente. Outros bisfenóis, como BPS e BPF, também podem ser prejudiciais à saúde e não têm regulamentação.
Mesmo garrafas de água de plástico com o selo “livre de BPA” podem conter esses compostos.
Até as garrafas de plástico com símbolo de reciclagem 1 (PET) podem apresentar riscos, pois podem contaminar a água com substâncias que afetam os hormônios, conforme identificado por um estudo de 2010.
Opções para a garrafa de água de plástico
Em vez de recorrer à garrafa de água de plástico, considere utilizar recipientes alternativos, como garrafas de vidro, alumínio ou papel.
Esses modelos possibilitam a reutilização sem os mesmos riscos associados às garrafas plásticas.
No caso do alumínio, seu uso é motivo de controvérsia. O órgão de Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA), a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e a associação Europeia de Alumínio (European Aluminium) afirmam que o alumínio não é tóxico para pessoas saudáveis.
Isso porque ele é pouco absorvido pelo intestino, sendo eliminado principalmente pelo sistema renal. Contudo, indivíduos com função renal comprometida, insuficiência renal crônica e bebês prematuros podem acumular alumínio, especialmente no tecido ósseo.
Nesse caso, pode interagir com o cálcio, causando osteodistrofia, e no tecido cerebral, resultando em encefalopatia.
Embora não tenha uma comprovação direta, existem evidências de uma correlação entre a presença de alumínio e diversas condições, como alergias, câncer de mama e até o Alzheimer.
Estudos indicam níveis elevados de alumínio nesses casos, embora não esteja claro se o alumínio está diretamente ligado ao surgimento dessas doenças ou se seus níveis elevados são uma consequência delas.
Conforme um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo, a transferência de alumínio de recipientes para alimentos ou líquidos ultrapassa os limites admissíveis, especialmente na presença de calor e sal, de acordo com os critérios estabelecidos pelo estudo.
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Água gelada e outros materiais
Portanto, para prevenir a possível contaminação por alumínio, recomenda-se evitar o uso de líquidos quentes e salgados na garrafa.
Se, mesmo com a afirmação da FDA de que o alumínio é seguro para o organismo humano, você ainda se sentir inseguro em relação a possíveis exposições a esse metal, é aconselhável evitá-lo.
Uma alternativa segura são as garrafas de vidro, que não apresentam riscos quando utilizadas para armazenar bebidas.
Além de contribuir para o meio ambiente ao reduzir a necessidade de garrafas plásticas, você estará preservando sua saúde.
Caso opte por uma garrafa de água de plástico, as mais recomendadas são as de polipropileno, geralmente com aparência branca.
Independentemente do tipo, é crucial mantê-las limpas para minimizar a contaminação bacteriana, lavando-as e permitindo que sequem antes de reutilizá-las.
Outra estratégia para evitar o uso de garrafas de água plásticas é carregar sempre consigo uma caneca de alumínio, copos de papel ou outro material que não seja plástico.
Você pode encher de água apenas quando a sede surgir, aproveitando estabelecimentos como bares, restaurantes e shoppings. Isso porque, em alguns estados, a lei exige o fornecimento de água filtrada para consumo imediato, na quantidade desejada.
E para descartar?
Quanto ao descarte, ao se desfazer da garrafa de água de plástico usada, é aconselhável realizar a reciclagem de maneira correta. No entanto, ainda é preferível evitar seu uso ao máximo.
Caso precise usar, identifique o tipo de plástico para facilitar o descarte seletivo, e procure encontrar o ponto de coleta mais próximo de sua residência, contribuindo para o ciclo de reciclagem.
Fonte: eCycle
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