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Mesmo que possa soar estranho para algumas pessoas, existem indivíduos que gostam do cheiro de gasolina.
Exatamente, o odor de combustível, especialmente no abastecimento, é agradável para várias pessoas.
Essas pessoas têm uma experiência satisfatória em abastecer o veículo, além de não se importar com os diluídos.
Nesse contexto, a ciência tentou desvendar a razão por trás desse fenômeno, especialmente no que diz respeito aos efeitos do cheiro de gasolina no cérebro humano.
Por que certas pessoas gostam do cheiro da gasolina?
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Segundo o artigo de Carl Engelking, divulgado na revista científica Discovery, o distintivo cheiro de gasolina é resultado do benzeno, um composto que aprimora a eficiência do combustível.
De maneira geral, esse composto químico é facilmente perceptível pelo olfato humano, mesmo em quantidades reduzidas.
Além disso, é interessante notar que, por volta de 1800, o benzeno era um ingrediente comum em diversos produtos cosméticos, incluindo loções pós-barba masculinas e artigos de higiene feminina.
Assim, o motivo pelo qual algumas pessoas apreciam o aroma da gasolina reside na conexão intrínseca entre o olfato e a memória, fenômeno conhecido como Fenômeno Proust.
Na prática, o bulbo olfativo, ou os nervos responsáveis pela detecção do odor, estão interligados à região da amígdala cerebral. Ela é responsável pelo processamento da resposta emocional, e ao hipocampo, encarregado da formação da memória.
Dessa forma, os odores provocam reações emocionais nas pessoas, explicando por que o cheiro de pão recém-assado ou bolo caseiro evoca recordações relacionadas à família e à casa da avó, por exemplo.
No caso da gasolina, presume-se que as memórias afetivas despertadas estão vinculadas a viagens de carro, passeios com os pais, aprendizado de atividades como cortar a grama, ou momentos na garagem trabalhando com um tio, por exemplo.
Em outras palavras, qualquer lembrança associada a experiências “motorizadas” é ativada pelo benzeno presente na gasolina.
É recomendado ficar cheirando gasolina?
Ficar inalando o cheiro de gasolina não é a coisa mais recomendável do mundo.
Isso porque ele é composto por substâncias químicas potencialmente prejudiciais, especialmente o benzeno, responsável por essa afinidade.
A inalação frequente desses vapores pode ter efeitos negativos na saúde, causando irritação nas vias respiratórias, tonturas, dores de cabeça e até mesmo problemas mais sérios a longo prazo.
Além disso, a gasolina é inflamável, então ficar muito próximo a ela pode representar um risco de segurança.
Inclusive, muitas pessoas devem se atentar para não se distrair com o abastecimento do carro, por exemplo. Apesar de agradável, é importante se atentar e sair o mais rápido possível.
Se gosta de odores interessantes, talvez seja melhor explorar alternativas mais seguras, como velas perfumadas ou óleos essenciais.
Não precisa procurar especialista
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Por outro lado, se você gosta do cheiro de gasolina, não precisa se preocupar em procurar um especialista, pois não tem nada de errado com você.
Assim como outros odores são mais característicos, algumas pessoas sentem afinidade com o benzeno. Seja por memórias antepassadas ou pelo costume, é uma reação normal do corpo humano.
Contudo, existem algumas recomendações para evitar efeitos negativos. Isso porque diversos dependentes químicos enxergam na gasolina um aditivo atrativo também para consumo.
Essas pessoas possuem um problema de dependência, e precisam procurar tratamento quanto antes. No entanto, geralmente utilizam outros componentes mais viciantes e mais prejudiciais ao corpo humano.
Assim, pessoas com dependência não procurarão a gasolina como principal opção, e quem gosta do cheiro não será, necessariamente, um viciado.
Por isso, basta ter atenção e tomar cuidado com a saúde para evitar danos ao organismo, especialmente inalando com frequência no dia a dia.
Fonte: Concursos no Brasil
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