Entretenimento

“Guerra Civil”: 4 fatos reais retratados no filme estrelado por Wagner Moura

0

O filme distópico Guerra Civil, dirigido por Alex Garland e produzido pela A24, está chamando a atenção de todo o mundo, por sua história, elenco e, principalmente, pelos fatos reais retratados na produção.

A história trata de um futuro próximo dos Estados Unidos, quando uma guerra interna fragmenta o país em facções rivais.

O enredo descreve um cenário em que o presidente dos EUA, sem nome revelado, busca um terceiro mandato através de emendas constitucionais controversas, levando à dissolução do FBI e à escalada de conflitos.

A narrativa é centrada em jornalistas da Reuters, incluindo Lee, interpretada pela Kirsten Dunst, e Joel, de Wagner Moura, que embarcam em uma jornada de Nova York a Washington para cobrir os rebeldes separatistas em meio à crescente guerra civil.

O filme, com duração de 1h50min, espelha questões reais, oferecendo uma perspectiva da sociedade polarizada e dos desafios enfrentados pelos jornalistas em zonas de conflito.

O longa-metragem, de produtora premiada com sete Oscars em 2023, traz vários fatos reais e dilemas contemporâneos, como a polarização política, a manipulação constitucional e a fragilidade da democracia.

Via Jornal Correo

4 fatos reais do filme Guerra Civil

1. Campos de refugiados

Em Guerra Civil, os jornalistas param em um campo de refugiados que serve como refúgio temporário para pessoas sem casa, incluindo crianças e idosos.

Essa cena reflete uma realidade preocupante: milhões de pessoas foram deslocadas em 2022, muitas delas vivendo em situações precárias.

O campo de refugiados, como visto no filme, busca fornecer recursos básicos como água e comida para os habitantes em extrema vulnerabilidade. Um exemplo é o campo de Kutupalong, em Bangladesh, que abriga mais de 800 mil Rohingya, uma minoria muçulmana apátrida de Mianmar.

No entanto, ao contrário do filme, a vida nesses campos é marcada por condições severas, moradias precárias e escassez de alimentos, intensificando a insegurança dos refugiados.

Via CNN

2. Xenofobia

Enquanto isso, no filme, a xenofobia é abordada através dos Legalistas, que apoiam o presidente e suas políticas repressivas. Esse preconceito contra estrangeiros destaca uma realidade alarmante.

Exemplos reais incluem o aumento dos crimes de ódio contra asiáticos nos EUA em 2020 e o trágico tiroteio em Atlanta em 2021, além da ascensão de grupos nacionalistas na Europa, como exemplificado por Marine Le Pen na França.

A xenofobia também foi evidente durante a administração de Donald Trump nos EUA, com a política de “tolerância zero” na fronteira com o México, resultando na separação de milhares de crianças de seus pais.

Esses eventos refletem uma tendência global preocupante de rejeição e hostilidade contra imigrantes e minorias, conforme retratado de forma ficcional no filme “Guerra Civil”.

3. Movimentos separatistas

Em Guerra Civil, a improvável aliança entre Texas, Califórnia e rebeldes da Flórida é um ponto central da trama, explorando a ideia de estados buscando independência do governo nacional.

Essa premissa, embora pareça distópica, reflete situações reais, como na Córsega, uma ilha no Mediterrâneo que há muito tempo luta pela independência da França.

Na Córsega, movimentos separatistas ganharam força após a Segunda Guerra Mundial, com grupos como a Ação Regionalista Corsa (ARC) buscando autonomia e independência.

Essa história contou com muitos ataques e violência, incluindo assassinatos de civis e autoridades. Dessa forma, gerou, recentemente, reformas constitucionais para reconhecer a Córsega como uma região autônoma.

Esses eventos demonstram que a busca por independência e autonomia, embora distante da realidade de muitos, continua a ser uma narrativa relevante em várias partes do mundo, ecoando as complexidades exploradas no filme “Guerra Civil”.

Via G1

4. Guerras civis

Por fim, como o nome mesmo indica, a guerra civil é o ponto principal de conflito intenso dentro das fronteiras de um país, gerando violência e medidas extremas.

Ao contrário da ficção, as guerras civis na vida real podem durar anos, com impactos devastadores sobre a população.

Um exemplo é o conflito no Iêmen, que persiste há uma década. Originado dos protestos da Primavera Árabe em 2014, o país enfrentou instabilidade política. Isso levou o poder aos rebeldes Houthi em parte do território, incluindo a capital, Sanaa.

Essas tensões se agravam pelo interesse econômico na região, rica em recursos como petróleo, e sua localização estratégica.

A guerra no Iêmen já causou mais de 233 mil mortes, gerando ainda mais escassez de alimentos e problemas de saúde.

Apesar disso, o conflito fica no esquecimento da comunidade internacional, e novas formas de violência continuam a ameaçar a população iemenita, ilustrando a gravidade das guerras civis na realidade.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: CNN, G1, Jornal Correio

Cientistas mudam DNA de ave para evitar extinção da espécie

Artigo anterior

Ciência já sabe como shows da Taylor Swift causam “terremoto”

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido