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Ciência já sabe como shows da Taylor Swift causam “terremoto”

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Se você nunca ouviu sobre o ‘terremoto Taylor Swift’, pode se surpreender com o poder da cantora norte-americano, que se tornou um verdadeiro fenômeno no último ano.

Além das vendas astronômicas, prêmios com direito ao Álbum do Ano e a turnê mais lucrativa de 2023, Swift também protagonizou um verdadeiro efeito geológico.

Seus shows nos Estados Unidos causaram uma atividade sísmica equivalente a um terremoto de magnitude 2,3, mais especificamente em Seattle.

Em um novo artigo publicado nesta quinta-feira (18), pesquisas revelaram o que realmente acontece. Claro, a causa não é a música, mas sim os pulos dos 70 mil fãs presentes na apresentação.

Pesquisa geográfica

Via Wikimedia

Sismólogos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, implantaram sensores sísmicos dentro de um estádio na Califórnia para investigar outro show e coletar dados da rede regional de monitoramento sísmico.

Usando sensores de movimento dentro do estádio, a equipe observou que a agitação mais intensa ocorreu entre os níveis II e III na Escala de Intensidade Mercalli.

A Escala de Intensidade Mercalli serve para avaliar os efeitos de um terremoto em uma área específica.

Ao contrário da Escala Richter, que quantifica a magnitude do terremoto, a Escala Mercalli se concentra nos efeitos percebidos pelas pessoas, estruturas e no ambiente em geral.

Além disso, por meio de espectrogramas, os sismólogos conseguiram determinar a energia liberada pelos espectadores e utilizaram esses dados para calcular uma magnitude equivalente para cada música. A magnitude máxima registrada foi de 0,85.

Terremoto Taylor Swift

O grupo notou que cada música geralmente apresentava uma frequência sísmica sincronizada com o ritmo da música.

De forma interessante, os dados do show revelaram quais músicas causavam mais esse terremoto Taylor Swift, desencadeando mais sinais sísmicos. Os resultados foram “Shake It Off”, “You Belong with Me” e “Love Story”.

O estudo também comparou esses resultados com outros shows, como os de Metallica, Morgan Wallen e Beyoncé.

Para isso, os pesquisadores instalaram sensores sísmicos próximos aos estádios. No entanto, os shows de Taylor Swift apresentaram os sinais sísmicos mais intensos.

Por que só ela?

Via Flickr

Mas o que explica esse fenômeno “terremoto Swift” que não ocorre com outros artistas? Na verdade, não existe muito segredo quanto a essa questão.

Na prática, os cientistas suspeitam que as diferenças estão relacionadas com o quão “dançante” é a música.

O artigo descreve que o show de Beyoncé apresentou sons em que os espectadores “balançavam em vez de pular”.

Da mesma forma, os movimentos dos fãs de Metallica não geraram vibrações constantes e repetitivas como as provocadas pelos fãs de Taylor Swift.

Além deste novo estudo realizado com base no show na Califórnia, os shows em Seattle, alvo principal da pesquisa, também resultaram em artigos.

Os pesquisadores compararam a quantidade de sinais sísmicos em relação à passagem de som antes do início do show, junto da playlist mais movimentada, com os fãs pulando, e o set acústico, que não conta com a banda convencional.

Tudo isso levou à conclusão de que o “terremoto Taylor Swift” é causado pelos fãs e não pela música.

Mesmo assim, esse resultado foi surpreendente, mostrando que não é apenas a cantora a responsável por tantos fenômenos inéditos no mundo da música, mas também seu público fiel.

Na última turnê, denominada The Eras Tour, a cantora conseguiu reunir estádios lotados em todo o mundo. Seus recordes ficaram entre 70 mil e 80 mil fãs em um único show.

Contudo, vale mencionar que os ingressos incluíam arquibancadas, cadeiras e pista. Nesse caso, o terremoto Taylor Swift foi causado principalmente pelos fãs que se movimentavam na pista, visto que os compradores das arquibancadas ficaram em uma estrutura longe do solo e mais fraca.

Isso mostra a força do público da cantora, e como seu impacto vai além da indústria musical, chegando a afetar até mesmo a geologia.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: Flickr, Wikimedia,

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