Notícias

Há 60 anos, Martin Luther King Jr. reunia 250 mil pessoas pela igualdade racial

0

60 anos depois do histórico discurso de Martin Luther King Jr. no Memorial Lincoln, manifestantes negros e brancos se reúnem para protestar novamente no mesmo local que marcou a história dos direitos civis nos Estados Unidos.

Milhares de pessoas se reuniram novamente no mesmo local emblemático da capital americana. No passado, acredita-se que foram 250 mil na famosa Marcha sobre Washington por Empregos e Liberdade. No último domingo, mais de 75 mil pessoas compareceram.

Os manifestantes tinham bandeiras da defesa da igualdade entre negros e brancos, além de falarem sobre uma série de questões que refletem a luta contínua pela justiça social.

A Marcha, que aconteceu em um momento crucial para o movimento pelos direitos civis nos EUA, posicionou-se contra o racismo, e também em apoio aos direitos das pessoas LGBTQIA+, das mulheres, dos latinos, dos asiáticos e das comunidades de imigrantes.

Via Globo

Os participantes continham cartazes com frases de protesto, denunciando as mudanças legislativas recentes em alguns estados americanos, especialmente no sul do país, que têm levantado preocupações sobre o acesso ao voto.

As reformas que dificultam o voto dos mais pobres, notadamente das minorias, emergiram como um tema central de preocupação.

Os gritos principais eram “Não é uma comemoração, é uma reafirmação”, referindo-se ao histórico dia do discurso de Martin Luther King Jr.

Dentro do número de manifestantes negros, a principal comunidade era de classe média baixa, falando sobre as desigualdades sociais vividas no país atualmente.

Quem foi Martin Luther King Jr.?

Martin Luther King Jr. foi um líder dos direitos civis dos Estados Unidos e um defensor da igualdade racial e da justiça social. Ele nasceu em 1929 em Atlanta, Geórgia, e faleceu tragicamente em 4 de abril de 1968, assassinado em Memphis, Tennessee.

King é mais conhecido por sua liderança não violenta na luta contra a segregação racial e a discriminação. Elas foram prevalentes nos Estados Unidos durante a década de 1950 e 1960.

Ele se destacou como orador eloquente e usou métodos pacíficos, como marchas, boicotes e discursos, para protestar contra a segregação racial e a injustiça.

Um dos eventos mais marcantes associados a Martin Luther King Jr. foi a Marcha em Washington por Empregos e Liberdade, realizada em 28 de agosto de 1963.

Via Rádio Peão

Durante essa marcha, ele proferiu seu famoso discurso “I Have a Dream” (Eu Tenho um Sonho). Foi nele que o protestante expressou sua visão de um futuro no qual as pessoas seriam julgadas pelo conteúdo de seu caráter, e não pela cor de sua pele.

Seus esforços e sua influência desempenharam um papel fundamental na promoção da igualdade racial nos Estados Unidos. Isso culminou na aprovação da Lei dos Direitos Civis de 1964 e da Lei de Direito ao Voto de 1965.

Por suas contribuições significativas para a causa dos direitos civis, Martin Luther King Jr. foi premiado com o Prêmio Nobel da Paz em 1964.

A mensagem de igualdade, justiça e não violência de Martin Luther King Jr. continua a inspirar pessoas em todo o mundo até os dias atuais, refletindo na celebração de 60 anos do seu discurso.

Sua luta pelos direitos civis e sua abordagem pacífica para a mudança social tornaram-no uma figura icônica na história dos Estados Unidos e um símbolo global da busca por justiça e igualdade.

Manifestantes negros reuniram nomes importantes

Na marcha em celebração aos 60 anos do grande discurso de Martin Luther King Jr. os manifestantes negros que apareceram reuniram também figuras importantes, e não apenas cidadãos comuns.

Via Estadão

Por exemplo, à frente da multidão estava Yolanda Renee King, de apenas 15 anos, neta de Luther King. Além disso, ela acompanhou diversas pessoas de alto escalão, como Hakeem Jeffries. Ele é líder dos democratas na Câmara e primeiro homem negro a liderar um partido no Legislativo americano. Douglas Freeland, ex-executivo do McDonald’s, também esteve na linha de frente.

Isso mostra que a marcha foi importante para todas as camadas, e não apenas para a população comum.

Apesar do número de pessoas e das manifestações pacíficas, a polícia acompanhou todo o trajeto. Além disso, o presidente Joe Biden não se pronunciou sobre as exigências populares ou comentou sobre a comemoração tão importante para a história americana.

No entanto, os manifestantes negros conseguiram chegar até o Memorial sem maiores dificuldades, e se posicionaram em protesto durante todo o dia.

 

Fonte: Folha de São Paulo

Imagens: Rádio Peão, Estadão, Globo

Qual foi a primeira moeda cunhada no mundo?

Artigo anterior

Por que os cachorros giram antes de deitar?

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido