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Hemofilia: A doença que a rainha Vitória passou para a família

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Quando as pessoas se machucam e sangram, as proteínas agem para estancar o sangramento, esse processo se chama coagulação. Já as pessoas com hemofilia, um distúrbio genético hereditário, não possuem essas proteínas e acabam sangrando mais do que o normal. Essa foi a doença que a rainha Vitória espalhou para sua família.

Rainha Vitória e a hemofilia

Wikimedia Commons

Nascida Alexandrina Victoria, em 24 de maio de 1819, em Londres, a rainha Vitória governou o Reino Unido e a Irlanda entre 1837 e 1901, quando morreu aos 81 anos. Ela é chamada de avó da Europa devido a maioria dos membros atuais da realeza poderem ter linhagem descendente dela.

Porém, essa conexão pode ter tido um alto custo. Isso porque a rainha possuía o que mundo chamou de “a maldição real”, ela tinha hemofilia. Porém, ela mesmo nunca manifestou a doença, tendo sido manifestada pela primeira vez em seu filho Leopoldo.

A rainha Vitória não acreditava que possuía o gene da hemofilia. Ela contava aos médicos que não se recordava de alguém da família que tivesse esses sintomas. Porém, seu meio-irmão morreu por sangramento quando era jovem, mas nunca foi informado se a causa foi a hemofilia herdada de sua mãe.

Até mesmo Leopoldo não tinha divulgado que possuía a doença. A população só descobriu após ele morrer, aos 30 anos, de hemorragia depois de uma queda. Antes disso, o herdeiro de Vitória era cercado de restrições impostas pela mãe desde pequeno. O menino também sofria de epilepsia, e por isso, acredita-se que ele caiu e se cortou durante um ataque epilético.

Além do filho, a rainha Vitória passou o gene da hemofilia para duas de suas herdeiras. Mas a doença se espalhou mais quando os filhos da rainha começaram a se casar com herdeiros de outras coroas. Com isso, os jovens levaram a hemofilia para famílias reais da Rússia, da Espanha e da Alemanha.

Já em 1872, o neto da rainha, Frittie, filho de Alice, manifestou os primeiros sinais da doença. Ele tinha apenas dois anos na época. O menino acabou morrendo após sangrar por três dias devido a um sangramento por causa de um corte na orelha.

Maldição real

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Durante anos, a maioria dos descendentes homens da rainha que portavam a hemofilia morreram bastante cedo. Isso pode ser explicado por meio de testes feitos pela família Romanov (descendentes da rainha), constatando que a linhagem foi acometida pela Hemofilia B, uma das versões mais fortes da doença.

Acredita-se que a condição genética apenas deixou a família quando os herdeiros de Vitória parou de casar com os primos. Atualmente, nenhum descendente vivo da linhagem é conhecido por ter a doença.

Além disso, acredita-se que os descendentes da rainha não transportam mais os genes. Por isso, é praticamente impossível que a Rainha Elizabeth II, herdeira direta de Vitória, seja portadora de hemofilia.

Filha ilegítima

Por causa do gene hemofílico da Rainha Vitória, começaram as teorias de que a monarca seria uma filha ilegítima. Para William e Malcolm Potts, dois respeitados cientistas britânicos, é possível afirmar isso devido à doença.

De acordo com uma publicação da Folha, em 1995, quando o estudo dos irmãos foi publicado, nenhum dos ancestrais da monarca possuía o gene da doença. Por isso, naquele momento, era impossível que Vitória fosse hemofílica.

Fonte: Mega Curioso, Aventuras na História

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