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HIV: cientistas anunciam novo caso de remissão com método promissor

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Aproximadamente 37 milhões de pessoas convivem com o vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV, no mundo todo. Vários países oferecem o tratamento de prevenção para essas pessoas. No entanto, ainda não existe uma vacina ou um cura para o HIV.

Só que, nessa quinta-feira, cientistas fizeram o anúncio de um novo caso de possível remissão do HIV. O caso foi visto no homem chamado de “o paciente de Genebra”. Ele tem sinais de mitigação do vírus depois de ter feito um transplante de medula óssea diferente do que é o padrão usado nos casos anteriores a esse. Por conta do que foi visto no homem, essa é mais uma esperança para o futuro.

Esse caso foi apresentado em Brisbane, na Austrália, três dias antes da Conferência da Sociedade Internacional de AIDS começar. Na apresentação, os pesquisadores não disseram dados do paciente, como seu nome, idade, ou há quanto tempo ele convivia com o vírus.

Estudo

Medprev

O que chama atenção nesse caso é que ele foi o único que recebeu um transplante de medula óssea de um doador que não tinha a mutação no gene CCR5, que é o responsável por bloquear o HIV, impedindo que ele ataque as células. Por conta dele que o vírus começa a ter uma remissão contínua a longo prazo.

Além desse homem, outras cinco pessoas foram consideradas como curadas do HIV. Esses pacientes tinham câncer no sangue e fizeram o transplante de medula para tratá-lo. No entanto, em todos esses casos as pessoas que receberam as células-tronco da medula tinham essa mutação específica no gene.

E assim como o “paciente de Genebra”, duas pessoas chamadas de “pacientes de Boston” também fizeram o transplante com células normais. Entretanto, neles o vírus voltou a ficar ativo depois de alguns meses sem os medicamentos antirretrovirais.

Paciente

Diário regional digital

O “paciente de Genebra” recebeu tratamento nos Hospitais Universitários de Genebra, na Suíça. Em 2018, ele fez um transplante de células-tronco como tratamento de uma forma bem agressiva de leucemia.

Segundo os pesquisadores, em novembro de 2021, o tratamento antirretroviral tradicional contra o HIV que ele fazia foi descontinuado permanentemente. Depois de 20 meses, o vírus continua indetectável no corpo dele.

Esse caso é acompanhado pelos pesquisadores do Instituto Pasteur, Instituto Cochin e do consórcio internacional IciStem. Na visão deles não foi descartada a possibilidade de o vírus ainda existir no corpo do paciente. Mesmo assim, eles têm a esperança de que esse caso abra mais caminhos para que mais estudos sejam feitos.

“Nesse caso específico, talvez o transplante tenha eliminado todas as células infectadas sem a necessidade da famosa mutação. Ou talvez seu tratamento imunossupressor, necessário após o transplante, tenha desempenhado um papel importante”, disse Asier Saez-Cirion, cientista do Instituto Pasteur.

HIV

Unifor

Outros casos de remissão do vírus também já foram vistos. Na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Denver, os pesquisadores dos Estado Unidos relataram que uma mulher de 64 anos, que vive com HIV e leucemia mieloiga aguda, recebeu um transplante de sangue de células-tronco para tratar sua leucemia. Com isso, a mulher ficou livre do vírus durante 14 meses depois que parou com o tratamento através dos medicamentos antirretrovirais.

Segundo os médicos e cientistas da Weill Cornell Medicine, que fizeram o transplante na mulher, esse caso sugere uma possível cura para o HIV. Assim como visto em dois casos anteriores, que também foram bem sucedidos, as células do doador tinham uma mutação que as fazia ser resistentes à infecção do HIV.

Esse caso é parte de um grande estudo liderado por Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e por Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. O estudo delas quer acompanhar 25 pessoas que vivem com HIV e fazem o transplante com células-tronco para tratar alguma doença grave ou câncer.

Por mais que Lewin tenha dito que esse transplante não é uma coisa viável para curar as pessoas que vivem com o vírus, o estudo feito “confirma que uma cura para o HIV é possível e fortalece ainda mais o uso da terapia genética como uma estratégia viável para a cura do HIV”, disse.

Além disso, o estudo também sugere que é possível que o transplante seja feito sem que a chamada doença do enxerto contra o hospedeiro, que é um efeito colateral, seja vista.

Fonte: Metrópoles,CNN

Imagens: Medprev, Diário regional digital, Unifor

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