Curiosidades

Homem é encontrado mumificado naturalmente 16 dias após desaparecer

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A primeira coisa que vem à mente quando falamos de mumificação é o Antigo Egito. E não é para menos. Até porque,  a prática da mumificação surgiu há cinco mil ano e durou até 1.700 anos atrás. No entanto, mesmo que essa prática tenha sido deixada de lado com o tempo, recentemente um novo caso chamou atenção.

Na Bulgária, o corpo de um homem foi encontrado em estado de mumificação completa somente 16 dias depois de ele ter sido visto vivo pela última vez. O corpo foi encontrado no dia três de setembro desse ano perto da linha de trem em Sófia, capital do país. O homem em questão tinha 34 anos e um histórico de alcoolismo.

Além de ser uma coisa rara, o caso tem um mistério muito grande. Isso porque o clima e o tempo que se passou não teriam sido suficientes para que o corpo ficasse tão preservado dessa forma.

De acordo com os especialistas forenses que analisaram os restos mortais do homem, os órgãos estavam amontoados em massas secas e desestruturadas, o que os deixou minúsculos, e a pele dele estava em um estado ímpar de preservação.

Mumificação búlgara

Canaltech

Os autores do estudo a respeito do caso da mumificação disseram que a pele do homem estava com uma cor que ia de marrom claro ao escuro e tinha uma textura dura e encouraçada. Por dentro, os órgãos nas caixas craniana, torácica e abdominal estavam decompostos em uma massa marrom-escurecida seca, que tinham membranas em decomposição.

De acordo com os pesquisadores, a mumificação é um processo demorado e que pode levar entre várias semanas, ou até mesmo de seis a 12 meses. Justamente por isso que eles se espantaram ao ver essa mumificação relâmpago do homem. Para que isso aconteça, geralmente é preciso que o clima esteja extremamente quente e seco, tendo temperaturas durante o dia de 30° Celsius para cima e uma umidade relativa abaixo de 50%.

Outro ponto para que ela aconteça é que os níveis de radiação solar têm que estar aproximadamente 600 Watts por metro quadrado, e a velocidade do vento tem que girar em torno de 32 quilômetros por hora. Tudo isso ajuda no processo de mumificação.

Nos 16 dias desde que esse homem morreu, a temperatura em Sófia esteve entre 16 °C e 33 °C, ou seja, menor do que o preciso para que o corpo tenha sido transformado em múmia. Além disso, a umidade relativa do ar estava em 52%, o que é alta demais.

Com relação aos outros fatores, a média da radiação solar foi de 257,9 Watts por metro quadrado, e o vento também estava com uma velocidade abaixo do necessário.

Processo

Click museus

Nesse caso, os pesquisadores disseram quais eram as condições necessárias para que o corpo do homem fosse mumificado naturalmente pelo tempo. Mas no Antigo Egito, essa prática era feita pelas pessoas no falecido. E qual era o passo a passo?

1 – O ritual para a mumificação acontecia em tendas nas margens do rio Nilo, na região onde ficavam os cemitérios. O primeiro passo era colocar o corpo que se tornaria uma múmia em uma mesa e depois lavá-lo com água do rio. Geralmente, mais de um corpo era limpado ao mesmo tempo.

2 – Para que se evitasse a decomposição do corpo, todos os órgãos internos eram retirados. Apenas o coração era deixado, porque os egípcios acreditavam que ele era o centro da inteligência e a força da vida dos homens.

3 – Embora os órgãos fossem retirados, alguns deles eram guardados em vasos com símbolos que representavam os quatro filhos de Hórus, o deus dos céus. Os vasos representavam Duamutef, um cachorro, que cuidava do estômago; Qebehsenuf, um falcão, que cuidava dos intestinos; Hapi, babuíno, que cuidava dos pulmões; e Amset, um humano, que cuidava do fígado.

4 – Depois da retirada dos órgãos, o próximo passo no processo de mumificação era a desidratação. Ela era feita para evitar que a múmia apodrecesse. Para isso, o corpo era enchido com natrão, um sal comum na época. O corpo ficava com ele durante 40 dias. Nesse tempo, o sal sugava todo o líquido restante no corpo.

5 – Quando o corpo já estava seco, ele recebia óleos e ervas perfumadas. Além disso, dentro do corpo eram colocadas serragem e plantas secas para que ele não se deformasse. Apenas quando tudo isso estava feito era que o corpo começava a ser enfaixado com tiras de linho. Esse enfaixamento podia chegar a ter até 20 camadas.

6 – O enfaixamento no processo de mumificação tinha uma sequência para acontecer. Ele começava na cabeça, depois ia para as mãos, pés e só depois disso era feito o resto do corpo.

Nessa última etapa do processo, o sacerdote que estava à frente do ritual usava uma máscara de Anúbis, o deus dos mortos. Quando a mumificação estava completa, a múmia ia para o sarcófago e depois para o túmulo. O que variava era o túmulo para onde ela ia, podendo ser uma cova simples ou então uma pirâmide monumental.

Fonte: Canaltech, UOL

Imagens: Canaltech, Click museus

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