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IA poderia destruir a humanidade, diz relatório do governo dos EUA

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Um relatório encomendado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos destaca a urgência do governo norte-americano em estabelecer medidas para regular a Inteligência Artificial.

Segundo o documento, essa tecnologia representa uma “ameaça de extinção para a humanidade” e carrega riscos comparáveis aos de armas de destruição em massa.

O texto é da empresa Gladstone AI, parceira do governo dos EUA desde outubro de 2022, antes do advento do ChatGPT.

A empresa conduziu entrevistas com cerca de 200 especialistas em tecnologia e segurança, incluindo representantes de empresas proeminentes do setor, como Anthropic, DeepMind, Meta e OpenAI.

Via Freepik

Pesquisa

A pesquisa enfatiza que a “pressão competitiva” do mercado leva muitas empresas a acelerarem o desenvolvimento de novos produtos de IA sem considerar os padrões de segurança, com a progressão em direção a uma eventual Inteligência Artificial Geral (AGI). Ou seja, seria uma IA capaz de pensar como um humano.

Nesse cenário, a empresa identifica dois riscos principais: a possibilidade de transformá-la em uma arma e a perda de controle sobre a tecnologia.

A conjunção desses dois problemas apresenta o potencial de resultar em “consequências devastadoras para a segurança global” e pode provocar incidentes comparáveis em escala a uma arma de destruição em massa.

Plano de ação para regular a inteligência artificial

O relatório não apenas identifica os riscos associados ao avanço dessa tecnologia, mas também elabora um abrangente plano de ação destinado ao governo dos Estados Unidos para regular a inteligência artificial.

É importante ressaltar que, embora a empresa consultada pelo Departamento de Estado tenha contribuído para o relatório, sua visão pode não estar alinhada necessariamente com a perspectiva da administração do país sobre esse assunto.

O plano proposto é meticulosamente dividido em cinco etapas estratégicas.

Primeiro, o objetivo seria estabelecer mecanismos de segurança interinos. Isso envolve a criação de uma força-tarefa dedicada e a implementação de controles rigorosos na cadeia de suprimentos do mercado de IA, visando estabilizar o desenvolvimento dessa tecnologia.

Em seguida, seria necessário fortalecer as capacidades e habilidades de segurança.

Nesse caso, precisaria aumentar o treinamento especializado em segurança relacionada à IA e criar planos de contingência robustos para lidar com possíveis incidentes decorrentes do uso desse tipo de tecnologia.

O terceiro passo seria apoiar pesquisas mais seguras sobre IA. Esta etapa propõe a adoção de uma série de padrões de desenvolvimento responsável para orientar a pesquisa e o desenvolvimento de IA de forma ética e segura.

Em seguida, a equipe deve formalizar mecanismos de segurança com leis e regulamentações.

Isso implica na criação de legislação específica e na instituição de uma agência regulatória dedicada à supervisão e aplicação de medidas de segurança relacionadas à IA.

Por fim, o plano de ação para regular inteligência artificial precisaria internacionalizar esforços de segurança.

Esta última etapa sugere a necessidade de coordenar esforços em nível internacional, incluindo a implementação de leis internacionais.

Também indica a criação de uma agência de controle global e a imposição de mais regulamentações na cadeia de suprimentos internacional de IA.

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O que significa?

O relatório em questão desempenha um papel de apoio ao fornecer uma análise do estado atual e futuro da Inteligência Artificial (IA), destacando os riscos envolvidos e a urgência de medidas corretivas.

No entanto, cabe ao governo dos Estados Unidos examinar o conteúdo do relatório e tomar decisões subsequentes sobre o assunto.

Entretanto, dada a conjuntura de um ano eleitoral, é improvável que medidas tão complexas sejam adotadas de imediato para regular a inteligência artificial.

O presidente atual, Joe Biden, já emitiu uma ordem executiva que estabelece diretrizes a serem seguidas no âmbito da regulamentação da IA.

No entanto, é importante ressaltar que esta ordem não tem força de lei e estipulou um prazo de 270 dias. Ou seja, seria preciso esperar até outubro de 2023 para que diversos órgãos do governo dos Estados Unidos desenvolvessem um plano de ação.

Portanto, a curto prazo, não há medidas concretas previstas, com um documento recente ainda em estudo.

Embora muitas empresas reconheçam a necessidade de regular a inteligência artificial, ainda não tomaram ações definitivas nesse sentido.

Por outro lado, a OpenAI, responsável pela criação do ChatGPT, possui equipes dedicadas à segurança que já estão trabalhando para prevenir possíveis cenários apocalípticos decorrentes do avanço da IA.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: Freepik, Freepik

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