Ciência e Tecnologia

Índia faz pouso histórico na Lua

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A Índia colocou seu nome nos registros da história espacial ao conquistar um feito sem precedentes ao pousar na lua.

A sonda Chandrayaan-3 do país realizou um pouso suave no polo sul da Lua, marcando um acontecimento único para qualquer nação.

Essa conquista ganha ainda mais relevo após o trágico revés ocorrido com a missão russa Luna-25, que também tinha como destino essa mesma região lunar.

O Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, transmitiu seus elogios aos cientistas da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) através de uma videoconferência.

Durante essa interação, ele realçou a significância dessa missão, ressaltando como ela poderia inspirar nações do globo, especialmente aquelas pertencentes ao sul global, a aspirarem à exploração da lua.

A sonda Chandrayaan-3 tem como propósito a execução de diversos experimentos, entre os quais se inclui uma análise espectrométrica da superfície lunar.

A missão se dedica a coletar informações valiosas sobre a composição do solo e das rochas lunares, e também ambiciona confirmar a existência de depósitos de gelo de água.

Via Só Científica

Previsão otimista

Mylswamy Annadurai, líder da pioneira missão lunar da Índia, a Chandrayaan-1, demonstrou otimismo quanto às oportunidades decorrentes do êxito desse pouso.

Scott Hubbard, da Universidade de Stanford, ecoou esse otimismo, expressando admiração por essa realização de magnitude científica e tecnológica.

A jornada teve início em 14 de julho, com a ISRO lançando a Chandrayaan-3 a bordo do veículo de lançamento LVM-3.

Em seguida, a sonda percorreu uma distância de 384.000 km desde o Centro Espacial Satish Dhawan, situado na costa sudeste da Índia.

Após orbitar a Terra para adquirir impulso, a espaçonave seguiu uma rota lunar que durou um mês, aproximando-se gradualmente da Lua por meio de uma sequência de manobras para redução de órbita.

A ciência por trás da missão

A Chandrayaan-3 é constituída por um módulo de pouso (LM), um módulo de propulsão (PM) e um rover, todos desenvolvidos na Índia. A sua meta é introduzir novas tecnologias no campo das missões interplanetárias.

O módulo de pouso Vikram está equipado com uma variedade de instrumentos destinados a estudar a superfície e o ambiente lunar.

O rover Pragyan, agora ativo na superfície lunar, conduzirá análises químicas enquanto explora a região próxima ao polo sul da Lua.

Após a tentativa malsucedida da Chandrayaan-2 em 2019, o enfoque foi redirecionado para assegurar um pouso bem-sucedido com a Chandrayaan-3.

Isso demandou extensas simulações, melhorias em hardware e ajustes em software. Além disso, a criação dos instrumentos instalados no rover Pragyan também apresentou desafios consideráveis.

Especialistas de diversas áreas celebraram essa missão como um marco notável para a Índia, destacando a habilidade tecnológica demonstrada, as implicações estratégicas e os potenciais ganhos comerciais que podem advir.

Esse pouso bem-sucedido solidifica a posição da Índia como um ator crucial na exploração espacial, integrando-se a um seleto grupo de nações líderes nesse campo.

Correção de erros

Via Só Científica

A sonda Chandrayaan-3 demandou um período de tempo consideravelmente maior para pousar na Lua, em comparação com as missões tripuladas Apollo das décadas de 1960 e 1970, as quais atingiram seu destino em questão de dias.

Isso porque o foguete indiano detém uma capacidade substancialmente inferior à do Saturn V dos Estados Unidos.

Isso resultou em sua órbita elíptica ao redor da Terra por cinco ou seis vezes, visando acumular velocidade antes de ser encaminhado para uma trajetória lunar que duraria um mês.

O diretor da ISRO, Sreedhara Panicker Somanath, declarou que sua equipe de engenheiros analisou minuciosamente os dados da última missão malograda e empreendeu todas as medidas possíveis para retificar as falhas identificadas.

Em 2014, a Índia assegurou sua posição como o primeiro país asiático a inserir um satélite em órbita ao redor de Marte. Três anos depois, obteve sucesso ao lançar 104 satélites em uma única missão.

Projetando-se para o próximo ano, uma nação com mais de 1,4 bilhão de habitantes planeja concretizar uma missão tripulada que durará três dias, consistindo em órbita terrestre.

Além disso, a Índia também está empenhada em aumentar sua parcela atualmente limitada a 2% no mercado espacial comercial global, alavancando seus custos consideravelmente mais baixos em relação aos concorrentes.

Pousar na lua foi o primeiro passo

Conseguir pousar na lua com a sonda foi um passo importante para a Índia, que disputa espaço no território especial com outras hegemonias.

Até o momento, somente um astronauta indiano teve a honra de pisar na superfície lunar. Isso ocorreu nos anos 90, e, desde então, o cenário de exploração tem sido predominantemente liderada por outras potências.

No entanto, este marco singular sinaliza o início de uma jornada significativa para a Índia, à medida que ela busca afirmar seu papel no cenário global da exploração espacial.

A exploração lunar, historicamente conduzida por superpotências europeias e norte-americanas, tem simbolizado o ápice da tecnologia humana.

Apenas algumas nações conquistaram a proeza de enviar seres humanos à superfície lunar, solidificando sua posição na vanguarda da exploração espacial.

No entanto, a Índia decidiu traçar seu próprio caminho para alcançar as estrelas, e conseguiu uma conquista inédita.

Esse passo ousado marca o início de novas tentativas e avanço fora dos eixos tradicionais de exploração, especialmente da NASA. Assim, o país reafirma sua determinação e contribui para o avanço humano no espaço.

 

Fonte: Só Científica, Globo

Imagens: Só Cientifica, Só Científica

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