Toda a diversidade do reino animal ainda não foi desvendada pelo ser humano. Justamente por isso que nós somos capazes de nos surpreender com novas descobertas sempre. Um exemplo disso foi o nascimento de um animal albino nessa semana em um zoológico da Nicarágua.
O animal foi uma onça-parda albina que nasceu no “Thomas Belt”, na cidade de Juigalpa. Segundo um veterinário local, o animal albino é o quarto do mundo. Até porque, o albinismo em uma onça-parda é uma mutação rara. De acordo com Carlos Molina, até o momento o animal não tem nome, mas está saudável e comendo bem. Mesmo assim, pumas albinos precisam de cuidados extras porque são vulneráveis à luz do sol.
Um só planeta
“Por recomendações do médico veterinário de nossa instituição, estamos limitando o acesso ao local onde se encontra abrigada a cria de puma que nasceu com o rara condição de albinismo”, escreveu o zoológico no Facebook.
Ainda de acordo com o post feito pelo zoológico, eles disseram estar comprometidos com o bem-estar do animal e que estão se esforçando para que as melhores condições sejam dadas a ele para que consiga sobreviver.
G1
Encontrar um animal albino é uma coisa bem rara e por isso é tão impressionante. Um outro exemplo de animal com essa mutação foi visto no Mato Grosso do Sul. Um tamanduá albino, com pelagem clara e olhos avermelhados, foi encontrado na região e batizado de Alvin.
De acordo com os especialistas, ele é o único tamanduá-bandeira albino que se conhece em todo o planeta. Além disso, a existência dele pode ajudar na explicação de como o desmatamento do Cerrado afeta sua espécie.
Essa descoberta foi feita em agosto do ano passado e desde então pegou o foco do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS). Tanto é que ele começou um estudo científico a respeito do animal e da sua adaptação ao Cerrado.
Quem encontrou o tamanduá foram funcionários de uma fazenda particular na região de Três Lagoas, uma cidade que fica a aproximadamente 330 quilômetros da capital Campo Grande. O animal tem somente oito meses de vida. Por ainda ser um filhote, ele estava junto com sua mãe, que estava o carregando em suas costas. Normalmente, os filhotes de tamanduá são cuidados por suas mães até os 10 meses de vida.
Contudo, mesmo que o filhote fosse albino, sua mãe tinha características comuns de um tamanduá-bandeira. Sua pelagem era acinzentada como os demais, característica que os ajuda na camuflagem no meio da vegetação do Cerrado.
Justamente por conta desse risco que Alvin está em uma posição ainda mais rara. Isso porque não se tem nenhuma notícia de que exista um outro tamanduá igual a ele.
Sua condição, o albinismo, é uma desordem genética que faz com que a produção de melanina seja limitada. Como resultado, os animais têm uma pelagem de cor mais clara ou meio aloirada. Mesmo que essa condição possa atingir todas as espécies, ela é extremamente rara. E em um bioma tão extenso como o Cerrado, encontrar um animal albino é muita sorte.
Com relação a Alvin, alguns mistérios ainda pairam no ar e os cientistas estão tentando resolvê-los. O primeiro é que ele não foi o primeiro tamanduá albino que foi encontrado nessa mesma região. Em 2021, outro animal foi encontrado por funcionários da mesma fazenda em Três Lagoas.
“Quando nós chegamos lá, ele já estava morto, mas conseguimos coletar amostras genéticas que foram enviadas para a análise em laboratório”, explicou a médica veterinária Débora Yogui.
Fonte: Um só planeta, G1
Imagens: Um só planeta, G1