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Inteligência artificial é usada para detectar tráfico de animais

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Considerado um dos mais lucrativos comércios ilegais de todo o mundo, o tráfico de animais movimenta cerca de 20 bilhões de dólares por ano, sendo a terceira atividade clandestina que mais gera dinheiro. Ela fica atrás apenas do tráfico de armas e drogas. O tráfico de animais é destinado basicamente para a retirada de animais selvagens de seu habitat natural e vendidos por altos preços, e também é o grande responsável pela extinção de várias espécies.

Os principais destinos desses animais são zoológicos, colecionadores, laboratórios para fabricação de medicamentes ou diversas formas de assassinato. Exatamente pelo tráfico de animais ser tão grande é que pesquisadores tentam novas formas de impedi-lo.

Por exemplo, podemos observar as pesquisadoras australianas que desenvolveram uma nova possibilidade de controle do tráfico de animais. Em seu estudo, elas explicaram como usaram inteligência artificial e “tomografias em tempo real” para identificar contrabandos nas linhas de frente internacionais, como por exemplo, centros postais e aeroportos.

Nova ferramenta

Uplinkbr

O estudo documenta várias espécies da vida selvagem com a técnica de imagem da “tomografia em tempo real” para que possa ser construído uma base de dados para um algoritmo. Para isso, as pesquisadoras usaram vários raios X para digitalizar um animal, tendo como resultado uma imagem tridimensional dele. Essa imagem era usada para treinar a inteligência artificial. Assim, quando uma mala ou pacote for escaneado, o algoritmo irá alertar sofre o tráfico.

Ao todo, foram usadas 294 varreduras de 13 espécies de lagartos, pássaros e peixes para que a inteligência artificial fosse desenvolvida. Ela teve uma taxa de detecção de 82% e somente 1,6% das vezes era alarme falso.

Hoje em dia, a inspeção do tráfico de animais depende da detecção humana. Mas essa nova ferramenta foi desenvolvida para complementar as medidas já existentes e tornar os esforços de controle das fronteiras mais eficientes.

Segundo as pesquisadoras, os traficantes adaptam seus comportamentos de forma constante para fugir das autoridades. Por conta disso, soluções inovadores e adaptáveis têm um papel importantíssimo no apoio às técnicas de detecção existentes.

“Qualquer esforço para acabar com essa atividade terrível é um passo na direção certa, e o potencial de detecção 3D nos permite adaptar e evoluir com a forma como os traficantes podem mudar seus comportamentos”, escreveram elas.

Tráfico de animais

Diário de Pernambuco

O tráfico de animais existe nas duas direções, já que animais como cobras, tartarugas e peixes também são levados para a Austrália. Isso pode atrapalhar as indústrias agrícolas do país com pragas e doenças. Além de que, introduzir novas espécies invasoras pode ameaçar os ecossistemas nativos. “Isso traz riscos significativos de biossegurança”, pontuaram as pesquisadoras.

Um exemplo disso é a propagação de zoonoses que envolve, fundamentalmente, o contágio de um humano por um animal. Esses riscos são ainda maiores para as pessoas que lidam com os animais selvagens estressados, como são os que são contrabandeados.

Além dos maus-tratos, doenças estrangeiras podem entrar no país por conta do tráfico. Com isso, as espécies costumam bagunçar o equilíbrio do ecossistema. Contudo, as pesquisadoras acreditam que a nova tecnologia irá ser uma ótima soma ao arsenal australiano contra a indústria do tráfico de animais.

Mais traficados

Fauna news

Justamente porque o tráfico é bem rentável, vários animais estão ameaçados. Mesmo que leis tenham sido criadas para proteger a vida selvagem, que está cada vez mais em queda, infelizmente, os animais mais procurados são aqueles mais raros, como por exemplo, as araras.

Esses reis e rainhas do mundo dos papagaios são um grande alvo dos caçadores ilegais. Esses animais que são icônicos das florestas tropicais estão sendo levadas à extinção pela caça furtiva e pelo comércio de animais. Espécies como a arara-escarlate e arara-azul são as mais capturadas, e essa captura desafia regulamentos de conservação de aves locais, nacionais e internacionais. Vários morrem no embarque ou no cativeiro, e a população selvagem é bastante reduzida.

Outro animal que sofre com o tráfico é o elefante africano. Eles são os maiores animais terrestres no mundo moderno. E tão grande quanto eles está a caça deles na busca pelo marfim de suas presas. Em 1989, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES) promulgou a proibição mundial do comércio internacional de marfim dos elefantes. Isso depois do declínio de animais nos anos 1980, que foi impulsionado pela caça de até 100 mil elefantes por ano em toda África.

Fonte: Superinteressante

Imagens: Uplinkbr, Diário de Pernambuco, Fauna news

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