Por A Chevron anunciou hoje o fechamento de uma parcela crucial do campo de gás natural no Mediterrâneo oriental, atendendo a uma solicitação das autoridades israelenses em meio aos conflitos no Estado.
O campo de Tamar, situado a apenas 24 quilômetros da costa sul de Israel, desempenha um papel essencial no abastecimento de gás natural para a rede elétrica nacional.
Apesar disso, a Chevron assegurou que mantém o fornecimento de gás da plataforma Leviathan para seus clientes em Israel e na região.
Sally Jones, porta-voz da Chevron, enfatizou o compromisso da empresa com o fornecimento seguro e confiável de gás natural para o mercado interno israelense e clientes regionais.
Ela explicou que a decisão de encerrar a produção na plataforma Tamar foi uma instrução do Ministério de Energia de Israel.
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Espen Erlingsen, chefe de pesquisa da Rystad Energy, alertou que interromper o fornecimento de Tamar terá um impacto significativo na oferta de gás na região, aumentando a pressão sobre os preços.
Tamar contribui com cerca de 900 milhões de metros cúbicos de gás por dia, o que representa aproximadamente 40% da produção total de gás de Israel, grande parte destinada à exportação para o Egito. Posteriormente, segue para a Europa como gás natural liquefeito, ou GNL.
A paralisação ocorre em um momento tenso, com ataques do Hamas a Israel e uma escalada na retaliação por parte do Estado.
Israel, nos últimos anos, tem dependido cada vez mais do gás natural do Mediterrâneo como sua principal fonte de combustível, substituindo o carvão e consolidando-se como um significativo exportador de gás natural.
Outros ataques
Israel está sob ataque nos últimos dias, exposto ao grupo terrorista Hamas, que enviou mísseis e outras formas de ataque aéreo no último sábado. Além disso, atacou duas raves que aconteciam na região, deixando mais de 250 mortos no local.
Ao todo, afetou mais de 1.500 pessoas, conforme números divulgados pelos canais israelenses de atualização.
Por conta da ofensiva, o Estado de Israel solicitou cancelamento do gás, com a Chevron, além do abastecimento de água e outros bens essenciais para a sobrevivência.
Não existem previsões de retomada do abastecimento, mas a cidade-capital também se prejudicará eventualmente, pois não conta com um estoque tão grande.
Entenda o conflito
Via CNN
O corte de gás ordenado por Israel a Chevron é decorrência do conflito com o país e o grupo terrorista Hamas.
Este é um grupo islâmico militante palestino que governa a Faixa de Gaza desde 2007, enfrentando Israel por questões políticas e religiosas. Os embates envolvem mísseis, conflito armado e várias guerras regionais.
A busca é pelo domínio da Faixa de Gaza, um território localizado entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo, abrigando mais de 2 milhões de pessoas inocentes.
A disputa se concentra no entendimento de quem tem direito à Faixa, Israel ou a Palestina. Esse grupo habitava a região historicamente, mas os israelenses tomaram gradualmente o território.
Enquanto isso, diversos grupos, pessoas e até mesmo organizações internacionais se dividem no reconhecimento de Israel como Estado e a herança oficial da Palestina.
Essa tensão cresceu nos últimos anos, e extremistas se formaram no grupo Hamas, agora contra-atacando ofensivamente civis e militares.
A resposta de Israel busca ser igualmente severa, mas eles precisam se preocupar com as pessoas vivendo no meio do fogo cruzado. Ainda, o fato do Hamas atacar a região no aniversário do Egito e da Síria também se tornou significativo para as lideranças ao redor.
Assim, o presidente e o ministério de Israel busca cortar os recursos dos extremistas, mesmo afetando civis. Não existem previsões de quando o gás, água ou reforço retornarão para a Faixa de Gaza.
Fonte: CNN
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