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João Gordo relembra histórias e polêmicas que viveu ao longo da carreira

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O cantor João Gordo já viveu de tudo aos 58 anos de idade e mais de 40 de carreira. Ele enfrentou as cenas de punk e de metal e faz parte da história do rock brasileiro. Além disso, ele ficou conhecido pelas brigas com Dolabella e Marcelo Camelo e mudou a história da MTV Brasil.

No entanto, até 2022, ele nunca tinha tocado no Rock in Rio com os Ratos de Porão. O grupo é mais antigo do que o festival, e surgiu em 1981, quatro anos antes de a Cidade do Rock ser montada pela primeira vez.

Ao podcast “G1 Ouviu”, ele falou sobre o motivo para o festival nunca ter chamado a sua banda até hoje. “Se o Ratos de Porão fosse argentino, nós tocaríamos em estádio para 30 mil pessoas”, disse João Gordo.

História do punk

Foto: Reprodução/ Instagram

Também no podcast, João Gordo falou sobre como foi crescer com um pai policial e “xarope”:

“Em casa era como se fosse um quartel. Se ele falasse ‘faz’ e você não fizesse, apanhava ali, ele te jogava o que tinha na mão… Martelo, faca, prato, panela. Colocava cadeado na geladeira, coisas absurdas.”

Ele ainda contou com era cena do punk nas ruas de São Paulo no começo dos anos 1980. De acordo com João Gordo, alguns cometiam pequenos delitos, mas ele não cometia porque conseguia correr.

João Gordo afirmou que como os Ratos de Porão foram se aproximando do heavy metal no Brasil, eles acabaram sendo tachados como “traidores do movimento” punk.

Além disso, de acordo com João Gordo, o Sepultura foi tão grande quanto o Metallica antes da saída de Max Cavalera. No entanto, os Ratos não conseguiram esse status por serem “punks loucos da periferia que não falavam inglês”.

Contato de João Gordo com músicos internacionais

Arquivo Pessoal / João Gordo

Durante a entrevista, João Gordo relembrou que conheceu Dave Grohl um ano antes do baterista entrar no Nirvana. A banda anterior de Grohl tocou no mesmo lugar que os Ratos de Porão em Amsterdã, na Alemanha. Os dois conversaram após notarem que haviam feito tatuagens com o mesmo profissional.

Também vale destacar que um dos poucos músicos que os Ramones deixaram subir no palco com eles em toda a carreira foi João Gordo. O brasileiro lembra que Johnny “era daquele jeito mais americano, mais cara fechada”, e o vocalista, Joey, era “esquisitão”.

O artista ainda falou sobre quando acompanhou Kurt Cobain e os outros músicos gringos do Hollywood Rock nos rolês do Brasil. Ao falar sobre Kurt, João Gordo foi polêmico e afirmou que o astro do rock “era um cara que pensava que estava ali toscamente – não queria estar ali. Ele estava de saco cheio desse sucesso todo e queria morrer, na verdade”.

Passagem pela MTV 

Foto: Reprodução / Instagram/ Isto É

Ao falar sobre a época conturbada em que lançou “Carniceria Tropical” com o Ratos e entrou na MTV, na segunda metade dos anos 90, João Gordo afirmou que naquela época “todo mundo pirou” e ele também. 

“Foi bem na época dos clubbers, do techno, que todo mundo pirou. Você pega o Metallica, os caras fizeram aquele disco horrível, ‘Reload’, cortaram cabelo, pintaram as unhas, passaram batom. Foi tudo efeito do techno, né?”

Ainda falando sobre a MTV, João Gordo afirmou que fez na emissora programas ótimos, como o “Gordo Visita”, e péssimos, como o “Fundão MTV”, em que interpretava um professor carrasco. “Se fosse ao ar hoje eu iria preso”.

Logo em seguida, ele afirmou que a pior coisa da vida dele foi ter o nome ligado ao de Dado Dolabella após os dois brigarem ao vivo na MTV em 1999. “Ele foi ali já para zoar, né?”

Veja abaixo a entrevista completa:

Fonte: G1

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