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Lagos subterrâneos em Marte tem uma nova explicação e não é água

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Desde que o homem foi à lua, as expedições e explorações do espaço sempre pairaram a humanidade. Os humanos sonham em ir para Marte, praticamente desde quando ele foi descoberto. Mesmo com todas as expedições, ainda se sabe muito pouco sobre o referido planeta. Ele é o segundo menor do sistema solar, tendo apenas 10% da massa da Terra. Marte possui também a montanha mais alta conhecido de todo o sistema solar.

A superfície do Planeta Vermelho é conhecida pela sua aridez extrema. E o planeta todo é desértico com rochas, areia e gelo em algumas partes. Agora, novas evidências mostram que uma rede de características estranhas que foram descobertas no subsolo do polo sul de Marte podem, na realidade, não ser lagos de água salgada líquida.

Nova análise

Segundo uma nova análise, as manchas brilhantes estranhas que foram coletadas pelos dados de radar da sonda orbital Mars Express, podem ter sido feitas por conta de uma argila congelada. Para ser mais específico, por silicatos de alumínio hidratado ou então minerais esmectitas.

“Até o momento, todos os artigos anteriores só foram capazes de sugerir buracos no argumento dos lagos. Somos o primeiro artigo a demonstrar que outro material é a causa mais provável das observações. Agora, nosso documento oferece a primeira hipótese alternativa plausível, e consideravelmente mais provável, para explicar as observações do MARSIS”, disse o cientista planetário Isaac Smith, do Planetary Science Institute e York University no Canadá.

Isso começou quando a equipe de cientistas viu uma coisa estranha nos dados que foram coletados pelo MARSIS, que é o radar sonoro acoplado ao Mars Express. Embaixo da calota polar de Marte tinha uma região que refletia o sinal do radar de uma forma muito forte. A equipe descobriu que isso consistia em uma grande bolsa de água líquida, ou seja, um lago subterrâneo.

Região

A pesquisa feita para acompanhar esse fato mostrou que essa região não era única. Outras três manchas muito brilhantes foram localizadas nos dados do MARSIS. A descoberta foi extremamente empolgante porque sugeria que Marte poderia ser habitável por vida microbiana.

Contudo, outros cientistas encontraram problemas nisso. Até porque, o planeta é extremamente frio. Tão frio que não conseguiria ter grandes reservatórios de água líquida, mesmo que saturada de sal. Então, a situação deixou uma pergunta no ar. Se essas manchas não são água, o que elas são?

Marte

Depois de analisar os dados, Smith e sua equipe acreditam que eles encontraram uma explicação bem plausível.

“Argilas sólidas congeladas a temperaturas criogênicas podem fazer as reflexões. Nosso estudo combinou modelagem teórica com medições de laboratório e observações de sensoriamento remoto. Todos concordaram que as esmectitas podem fazer os reflexos. E que as esmectitas estão presentes no polo sul de Marte. É a trifeta: medir as propriedades do material, mostrar que tais propriedades podem explicar a observação e demonstrar que os materiais estão presentes no local da observação”, disse.

Além disso, Smith afirmou que a argila está presente em quase 50% da superfície de Marte. E tem uma concentração maior no hemisfério sul, principalmente nas terras altas do sul. Também existem evidências abundantes de que a água líquida estava presente no polo sul marciano há mais de 100 milhões de anos.

Por conta disso, Smith e sua equipe acreditam que as argilas esmectitas podem ter se formado nessa mesma época e depois terem sido soterradas embaixo da calota polar sul. E qualquer gelo perdido na camada de argila seria reabastecido na calota de gelo acima ou no solo congelado abaixo. E assim fica até os dias de hoje.

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