Notícias

Lamborghini do “Rei do Bitcoin” é leiloada por R$ 845 mil

0

A Lamborghini Gallardo LP 560-4 apreendida em 2021 com o chamado “Rei do Bitcoin” foi leiloada na última sexta-feira  (22) por R$ 845.250.

De acordo com o site do leiloeiro, repercutido pelo G1, a disputa online demorou aproximadamente duas horas e o carro recebeu dezenas de lances. O vencedor precisou fazer 27 lances até conseguir arrematar o veículo esportivo de luxo.

O lance inicial estabelecido foi de R$ 629 mil, e o vencedor foi de R$ 805 mil. No entanto, além do valor do carro, o vencedor precisa pagar uma comissão de R$ 40.250,00 ao leiloeiro, elevando o preço final para R$ 845.250.

A Polícia Federal apreendeu o carro em 2021, durante operações que apurou fraudes praticadas por um grupo empresarial na negociação de criptoativos. De acordo com a PF, a Lamborghini pertencia a Cláudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”.

O carro possui motor de 10 cilindros e potência de 560 cavalos. De acordo com a PF, o veículo vai de zero a 100 km/h em 3,7 segundos, podendo alcançar a velocidade máxima de 325 km/h.

Leilão

Foto: Divulgação/ PF

O leilão foi determinado pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Foro Central da Região Metropolitana de Curitiba. Segundo as descrições do leiloeiro, a Lamborghini apreendida com o “Rei do Bitcoin” é de 2009/2010 e está em estado “regular, com boa aparência, com alguns riscos e avarias”.

“O veículo será entregue nas condições em que se encontra, sem garantia, não podendo ser atestado o pleno funcionamento de todos os componentes mecânicos e/ou elétricos do mesmo […] Podem haver outras avarias além das acima descritas, cabendo ao interessado, antes do leilão, vistoriar o bem, não sendo aceitas reclamações após o leilão”, afirma o leiloeiro.

Antes da realização do leilão, o carro ficou provisoriamente com a Polícia Federal do Paraná e fez parte da frota da corporação.

“Rei do Bitcoin” é condenado por estelionato e crimes contra o sistema financeiro

Foto: Reprodução/ RPC

No dia 12 de abril de 2022, a Justiça Federal do Paraná condenou Cláudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”, por estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional.

O juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, determinou pena de 8 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, além de pagamento de multa. No entanto, o juiz absolveu o “Rei do Bitcoin” dos crimes de associação e organização criminosa.

Também são réus na ação a esposa de Cláudio, Lucinara da Silva Oliveira, e Johnny Pablo Santos, tido como braço direito do “Rei do Bitcoin”.

Lucinara foi condenada a dois anos e cinco meses de reclusão em regime aberto pela tentativa de embaraço à investigação. Já Santos foi absolvido de todos os crimes pelos quais foi denunciado.

Fraude bilionária

O “Rei do Bitcoin” é acusado de cometer uma fraude de R$ 1,5 bilhão em simulações de negociações de criptomoedas. De acordo com as investigações, aproximadamente 7 mil pessoas foram vítimas de um golpe feito por corretoras controladas por ele.

Mais cinco pessoas ligadas ao Grupo Bitcoin Banco, controlado por Cláudio José de Oliveira, também foram denunciadas por envolvimento nas fraudes. No entanto, o juiz federal entendeu que esses casos devem ser julgados pela Justiça estadual.

Início da investigação 

Foto: Reprodução/ Yahoo

As corretoras ligadas ao “Rei do Bitcoin” começaram a ser investigadas em 2019, depois do proprietário registrar um boletim de ocorrência alegando que foi vítima de um ataque cibernético. Na época, a empresa bloqueou os valores de todos os credores.

Com a falta de colaboração do proprietário da empresa durante a investigação, a Polícia Civil e o Ministério Público desconfiaram que o ataque cibernético era falso e que o grupo havia cometido crimes, como estelionato.

Depois de denunciar o suposto ataque cibernético, o grupo prometeu aos credores que devolveria os valores bloqueados em parcelas. Porém, de acordo com a PF, esses valores nunca foram quitados.

Ainda segundo a Polícia Federal, Cláudio José de Oliveira é um “habilidoso estelionatário, que mantinha ao seu redor pessoas ignorantes aos assuntos que o criminoso dizia dominar, especialmente relacionados à engenharia financeira do Grupo Bitcoin Banco”.

As investigações apontam que o grupo aproveitou uma ordem de recuperação judicial para interromper as ações cíveis que a empresa respondia. Também de acordo com a PF, durante o processo, o grupo prestou informações falsas e enganou o Judiciário, conforme repercutido pelo G1.

Fonte: G1

Essa ilha ”muda de país” duas vezes por ano

Artigo anterior

Mulher morre e corpo fica quase 3 anos esquecido em Londres

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido