Natureza

Leão mais velho do mundo é morto por pastores de gado no Quênia

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Em Olkelunyiet, no Quênia, a mídia global se chocou com a morte de Loonkiito, o leão de 19 anos, que foi tragicamente morto depois de atacar animais de um rebanho privado.

Este leão, possivelmente o mais velho da África, era considerado um símbolo de resiliência e coexistência, representando uma esperança na complexa relação entre humanos e vida selvagem.

Loonkiito, agora uma lenda, era um leão frágil, mas determinado. Ele deixou o Parque Nacional de Amboseli em busca de alimento, selando seu destino.

No entanto, sua história não é única. Isso porque mais seis animais morreram no mesmo parque, em um espaço de tempo pequeno. Por isso, o governo tenta administrar o conflito entre defensores humanos e animais.

A ministra do Turismo, Peninah Malonza, apelou à comunidade local para não atacar os leões que vagueiam, mas sim contatar os serviços de proteção da vida selvagem.

Vigilância

Via Correio Braziliense

Com a seca mais severa das últimas décadas devastando a região da África Oriental, os pastores têm sido particularmente vigilantes na proteção de seus animais domésticos. Isso tem levado a um aumento do conflito entre humanos e leões.

A Fundação Big Life, um grupo de conservação que trabalha para garantir a coexistência entre humanos e animais, lamentou a morte de Loonkiito e reafirmou seu compromisso com o bem-estar de ambos no Parque Nacional de Amboseli.

O legado de Loonkiito ressoa além de sua morte, servindo como um lembrete do delicado equilíbrio entre humanos e animais selvagens.

A recente morte de Loonkiito e de outros leões é um alerta para que humanos e vida selvagem aprendam a viver em harmonia neste planeta que compartilhamos.

Devemos lembrar que esse leão em particular viveu além das expectativas, uma lição de perseverança.

Leis locais

No Quênia, matar leões é um crime e é ilegal de acordo com a legislação do país.

O Quênia valoriza sua vida selvagem e possui leis de conservação muito rigorosas para proteger espécies ameaçadas, como os leões.

Além disso, essa raça está na lista de proteção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), classificada como vulnerável.

Essa verificação é responsabilidade do Departamento de Serviços de Vida Selvagem do Quênia. Ele também aplica a legislação relacionada à conservação da vida selvagem, incluindo a proteção dos leões.

Eles trabalham em estreita colaboração com organizações de conservação e comunidades locais para combater a caça ilegal e a matança de leões, além de implementar medidas de preservação e educação.

No entanto, apesar da existência de leis de proteção, a aplicação efetiva pode ser um desafio em algumas áreas remotas. Isso por conta das questões entre humanos e vida selvagem.

Esforços contínuos estão sendo feitos para fortalecer a conservação dos leões e garantir a sua sobrevivência no Quênia.

Discussão

Via BBC

O Quênia está enfrentando atualmente a pior seca em 40 anos, o que tem gerado discussões sobre a priorização da proteção do gado em detrimento dos leões.

Alguns argumentam que, em tempos de escassez de alimentos e água, é crucial garantir a segurança do gado, que é uma fonte vital de subsistência para muitas comunidades locais.

Essa perspectiva enfatiza a importância de proteger os meios de subsistência e os interesses dos pastores, que enfrentam enormes desafios devido à escassez de recursos causada pela seca.

Para eles, a segurança do gado é uma prioridade para garantir a sobrevivência das comunidades afetadas.

No entanto, é importante ressaltar que a proteção dos leões também é uma preocupação significativa.

Os leões são uma espécie ameaçada e desempenham um papel fundamental nos ecossistemas e na preservação da biodiversidade.

Além disso, o turismo de vida selvagem, incluindo o ecoturismo centrado em leões, é uma importante fonte de receita para o Quênia.

Encontrar um equilíbrio entre a proteção do gado e a conservação dos leões, como Loonkiito, é um desafio complexo que requer abordagens integradas.

Esforços estão sendo feitos para promover práticas de pastoreio sustentáveis, por exemplo, com o uso de medidas de prevenção de conflitos entre humanos e leões, como cercas adequadas e técnicas de manejo do gado.

Além disso, a conscientização e a educação sobre a importância dos leões e da coexistência entre humanos e vida selvagem são fundamentais para alcançar soluções de longo prazo.

É fundamental construir um diálogo entre as partes, incluindo governos, comunidades locais, conservacionistas e especialistas em vida selvagem.

Dessa forma, poderão encontrar soluções que protejam tanto os meios de subsistência humanos quanto a vida selvagem em um contexto de seca severa.

 

Fonte: Só Científica

Imagens: Correio Braziliense, BBC

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