Curiosidades

Lei que pune sexo fora do casamento é aprovada na Indonésia

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Hoje em dia, é comum termos a sensação de que em todos os lugares e de todas as formas somos bombardeados com o sexo. Seja nas músicas, séries, propagandas, produtos, tudo parece permear esse assunto. Entretanto, não são todos os lugares do mundo onde a prática é um assunto tão falado.

Pode parecer uma coisa dos tempos antigos, mas isso aconteceu no fim do ano passado. O Parlamento da Indonésia aprovou a revisão do código penal e criminaliza e pune com prisão as pessoas que fizerem sexo fora do casamento. Foi Sufmi Dasco Ahmad, vice-presidente do Parlamento indonésio, que declarou a aprovação dessa proposta, que teve a maior parte dos votos no plenário.

De acordo com o Código Penal do país, a prática de sexo fora do casamento é punível com um ano de prisão e coabitação, tendo seis meses de prisão. E as acusações de tal prática se basearão em queixas feitas por um dos cônjuges, pais ou filhos, à polícia.

Nova lei

Agência Brasil

O curioso é que essa pena não é apenas para os cidadãos indonésios, ela também pode ser aplicada aos estrangeiros que moram no país.

Essa nova mudança também recebeu críticas dos opositores por ser tida como um revés na liberdade das pessoas da Indonésia. Isso porque, agora, o Código Penal pune atividades normais, além de ser uma ameaça à privacidade e liberdade de expressão.

Uma outra mudança dessa nova lei é a proibição da promoção do controle de natalidade e a blasfêmia religiosa. Outra regra que voltou ao país foi a proibição de se fazer insultos ao presidente e vice-presidente em exercício, a ideologia do país ou às instituições estatais.

Sexo

No caso da Indonésia, o sexo fora do casamento está proibido por lei. No entanto, aqui mesmo no Brasil, existem mulheres que escolheram o celibato para sua vida pelos mais variados motivos.

O celibato dessas mulheres pode ter várias razões. Ele pode ser por questões pessoais, por traumas ou por motivos “espirituais”. Seja como for, elas não consideram esse ato uma decisão conservadora. Muito pelo contrário. Para elas, o celibato tem a ver com a autonomia dos seus corpos e o poder da escolha, no caso, fazer o que elas quiserem no momento em que acharem mais conveniente. Essas mulheres disseram o motivo de terem-no escolhido.

Ana Clara

UOL

“A primeira vez que me relacionei sexualmente foi aos 18 anos, com meu então namorado. Tínhamos uma vida sexual ativa e nosso relacionamento durou cerca de um ano e meio. Apesar disso, era uma relação conturbada e – de certa forma – abusiva. Eu sentia que só conseguia a atenção dele na hora que estávamos transando, então usava sexo como moeda de troca por afeto.

Depois que terminamos, resolvi mudar a maneira como lidava com meu corpo e com minha vida sexual. Agora eu sei o que quero (ou não) para minha vida. No momento dedico meu tempo a outros assuntos; faço estágio de manhã, trabalho à tarde e estudo à noite. Naquela época, nada disso era importante para mim.

Às vezes me pergunto se tem algo estranho comigo. Minhas amigas sabem da situação e até fazem piadas sobre o tema comigo. Para mim, contudo, é diferente. Não consigo me relacionar casualmente – até mesmo para “ficar” com uma pessoa, preciso de um tempo. A última vez que transei foi em outubro de 2020.

Voltei para a terapia no começo do ano. Quero revisitar esse assunto, tenho planos de me casar e constituir família só que, por enquanto, me envolver com alguém pode machucar essa pessoa, porque estou focada em mim”, contou a estudante de pedagogia de 22, que mora em Rio Claro (SP).

Jéssica Andrade

UOL

“No final de 2019, conheci o meu namorado nas redes sociais. Em março de 2020 nós assumimos o relacionamento. Na época, por causa da pandemia, passamos um tempo afastados.

Antes de conhecê-lo, tive outros relacionamentos. Na minha adolescência, dos 15 aos 18, namorei um cara por quem eu era muito apaixonada, mas parecia que ele só me dava carinho quando a gente transava.

Depois, mais tarde, conheci outra pessoa em um intercâmbio que fiz para o Chile. Rolava muito abuso sentimental e sexual nesse relacionamento, o que também me traumatizou.

Portanto, quando comecei a me envolver com meu atual namorado, meu histórico não era positivo. Na nossa primeira vez, o clima foi estranho. Não sei explicar. Resolvi conversar com ele sobre o assunto e ele foi muito amoroso e compreensivo. Eu já frequentava a Igreja e ele começou a ir junto comigo. Foi quando ouvimos sobre ‘relacionamento santo’ e optamos por esse modelo.

Decidimos que ficaríamos sem sexo até o casamento. ‘Esperar um pouco não vai fazer diferença, porque sei que vou passar o resto da minha vida contigo’, meu namorado me falou.

O celibato me faz bem para superar e entender que o sexo não é um bicho de sete cabeças. Eu e ele temos uma comunicação muito íntima, outras formas de carinho e intimidade que antes não existiam. Sinto um cuidado muito grande dele por mim. O jeito que ele me olha, uma admiração.

Às vezes o tesão vem (já teve fases que ficamos até sem nos beijar) e a gente dá um tempo. Eu quero me reconciliar com o sexo e voltei a fazer terapia para cuidar dessa parte.

Converso abertamente sobre o assunto com meus amigos – e também com pessoas desconhecidas. Tem meninas que vêm falar comigo e relatam abusos que sofreram. Acho que é importante a gente redefinir a importância que damos para o sexo”, disse a estudante de fisioterapia de 24 anos que mora em São Paulo.

Fonte: Agência Brasil, UOL

Imagens: Agência Brasil, UOL

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