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Homem cruza 500 quilômetros a nado nos Estados Unidos

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O nadador britânico Lewis Pugh, em conjunto com sua equipe sul-africana, completou uma incrível jornada nadando mais de 500 quilômetros nas águas do rio Hudson, que desemboca ao sul de Manhattan, Nova Jersey, nos Estados Unidos.

Seu objetivo era destacar a importância crucial dos afluentes para a sustentação da vida na Terra.

Às vésperas da semana da Assembleia Geral da ONU, onde se iniciaria a assinatura do recentemente acordado Tratado do Alto Mar, Pugh, renomado nadador de resistência, fez questão de lembrar que há apenas cinco décadas, a ideia de nadar no rio Hudson, um dos mais poluídos do mundo na época, seria considerada impensável.

Via BBC

Lewis Pugh enfatizou a necessidade de rios limpos e saudáveis. Ele argumenta que essa condição é essencial para a sobrevivência da fauna, flora e também para a segurança alimentar. Afinal, a água desempenha um papel crítico na pesca e no consumo seguro de peixes.

Durante os 32 dias de sua jornada, Pugh foi acompanhado por pessoas de todas as idades em vários trechos do rio. Assim, é um sinal de que a comunidade está retornando às águas do Hudson, um tributo à sua incansável defesa do meio ambiente.

O começo da ação

A odisseia de Pugh teve início na nascente do Hudson, nas Montanhas Adirondack, no norte do estado de Nova York. No final, ele terminou na foz do rio, entre Manhattan e Nova Jersey.

No decorrer de sua jornada, muitos encontros com pessoas relembraram a época em que o rio Hudson tinha uma coloração variável, dependendo do que estava sendo despejado nele. Entretanto, as autoridades interviram e começaram os esforços de limpeza na década de 1970.

Lewis Pugh deseja que sua notável conquista inspire populações em todo o mundo. Sendo a primeira pessoa a nadar nas águas deste rio, ele planeja atingir Ásia, África, América do Sul e Europa, acreditando que seus rios também podem ser salvos.

Ele mencionou o exemplo do rio Sena, que corta Paris. Existe a expectativa de que, a partir dos Jogos Olímpicos de 2024, seja seguro nadar pela primeira vez em um século.

Para alcançar tais objetivos, Carlos Manuel Rodríguez, presidente do Global Environment Facility (GEF), que opera em 150 países, enfatizou a necessidade de mudar os padrões de consumo irracional e os sistemas de produção atuais.

Ele ressaltou que, embora a natureza possa se recuperar se os humanos desaparecessem da Terra, o objetivo é preservar nossa presença no planeta e garantir rios limpos, enfatizando que temos o conhecimento e os recursos para alcançar essa meta.

Via CNN

Como isso é possível?

A limpeza dos rios é um processo complexo que envolve várias etapas e ações coordenadas em todo o mundo.

Uma das principais fontes de poluição dos rios é o despejo inadequado de esgoto e resíduos domésticos. Tratar os esgotos antes de serem lançados nos rios é fundamental para melhorar a qualidade da água.

Além disso, é preciso ter regulamentações rigorosas para controlar a poluição proveniente de atividades industriais.

A disposição inadequada de resíduos sólidos também pode levar à contaminação dos rios. Reciclagem, redução de resíduos e programas de coleta de lixo eficientes são essenciais.

A ação de Lews Pugh também visa propor campanhas educacionais, cruciais para conscientizar as comunidades locais sobre a importância de manter os rios limpos.

Assim, com um monitoramento adequado, será possível identificar problemas precocemente e tomar medidas corretivas.

Na prática, é possível recuperar os rios ao redor do mundo, mas apenas com a participação coletiva, regulamentações eficientes e investimento em infraestrutura.

Sobre Lewis Pugh

Lewis Pugh, nascido em 1969, é um nadador britânico-sul-africano e defensor dos oceanos. Apelidado de “Sir Edmund Hillary da natação”, ele foi a primeira pessoa a completar uma natação de longa distância em todos os oceanos do mundo.

Além disso, frequentemente nada em ecossistemas vulneráveis para chamar a atenção para suas dificuldades.

Pugh é famoso por realizar a primeira travessia a nado do Polo Norte em 2007, com o objetivo de destacar o derretimento do gelo marinho no Ártico.

Via CNN

Em 2010, nadou em um lago glacial no Monte Everest para chamar a atenção para o derretimento das geleiras no Himalaia e o impacto que a redução do suprimento de água teria na paz da região.

Em 2018, nadou ao longo de todo o Canal da Mancha para fazer um apelo para protegerem 30% dos oceanos do mundo até 2030.

Além disso, Lewis Pugh virou Jovem Líder Global pelo Fórum Econômico Mundial em 2010, e as Nações Unidas o designaram como o primeiro Patrono dos Oceanos da ONU em 2013.

Em 2016, Pugh desempenhou um papel na criação da maior reserva marinha do mundo no Mar de Ross, na Antártica.

A mídia popularizou o termo “Diplomacia de Sunga” para descrever seus esforços de nadar nas águas geladas da Antártica e negociar o acordo final sobre a reserva, viajando entre os Estados Unidos e a Rússia.

Atualmente, Pugh atua como Professor Adjunto de Direito Internacional na Universidade de Cape Town.

 

Fonte: Estado de Minas, Wikipedia

Imagens: BBC, CNN, CNN

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