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Livros escritos por IA tomam conta das livrarias

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Para que uma inteligência artificial (IA) seja usada para determinada função, ela é treinada através de experiências para que as máquinas adquiram conhecimentos e possam se adaptar às condições e desempenhar tarefas como os seres humanos. Seu uso pode ser infinito e nos mais variados campos.

Um desses usos está sendo visto no mercado literário. Livros estão sendo feitos por IA com a mesma tecnologia vista no ChatGPT, e essas publicações já estão sendo vendidas na Amazon e em outras livrarias online.

Dentre as preocupações com isso, uma é que como forma de estratégia de venda, nomes de autores renomados estão sendo usados mesmo sem autorização. O que preocupa, já que, a Amazon, por exemplo, é responsável pela venda de metade de todos os livros nos EUA, além de todo o mercado de livros digitais.

Claro que essas obras, assim como praticamente tudo que é feito por IA, têm várias informações que não são confiáveis. Mesmo assim, essas obras já afetaram vários nichos, como por exemplo, os guias de viagem. No entanto, esse gênero não é o único em que publicações feitas por IA estão se infiltrando. Eles são vistos em obras de culinária, programação, jardinagem, negócios, medicina, livros de romances, autoajuda, entre outros.

Como saber se um livro foi feito por IA?

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Mesmo que as coisas geradas por IA tenham suas falhas, nem sempre é fácil identificar se uma obra foi escrita por ela ou não. Uma dica para fazer isso é olhar as avaliações de outros leitores a respeito da obra antes de comprar o livro.

Essa nova tendência já está sendo bastante contestada pelos escritores reais. que também estão lutando para que o uso não autorizado do trabalho deles para treinar as inteligências artificiais seja proibido.

Uma das pessoas que foi afetada com esse uso indevido das obras foi Jane Friedman, que já foi presidente e diretora-executiva da famosa editora HarperCollins. Ela usou seu blog para contar como descobriu os livros falsos que provavelmente foram feitos por IA e tinham seu nome como autora e estavam sendo vendidos na Amazon.

A Amazon respondeu a denúncia que Friedman fez depois que o caso gerou uma grande discussão, além de retirar os livros que ela não tinha escrito. Mesmo que o caso dela tenha repercutido muito, essa prática está se espalhando com um ritmo bem acelerado.

“A chegada da IA ​​em cena foi contaminada por casos de uso que permitem a qualquer um criar imitações de artistas sem esforço”, disse Benji Smith, desenvolvedor de uma ferramenta chamada Shaxpir.

Essa ferramenta dava análises de livros, mas também foi tirada do ar recentemente por conta do medo de que o banco de dados dela pudesse ser usado para treinamento de inteligência artificial.

Posicionamento da Amazon

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Até o momento, a Amazon não proíbe de forma direta os livros que são gerados por IA, mesmo que essas obras violem os direitos de propriedade intelectual de outros autores.

De acordo com um porta-voz da empresa, a Amazon “está constantemente avaliando tecnologias emergentes” e têm “tolerância zero para análises falsas”.

Uso da IA

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O uso da IA para substituir pessoas em várias funções é um grande medo do futuro, mas como está sendo visto, isso já é uma realidade do presente, como no caso de Dean Meadowcroft, que era redator em um pequeno departamento de marketing. Ele escrevia comunicados para a imprensa, fazia postagens nas redes sociais e criava outros conteúdos para a empresa. Contudo, desde o fim de 2022, a empresa começou a trabalhar com um sistema de inteligência artificial. “Na época, a ideia era que a IA trabalharia ao lado de redatores humanos para ajudar a acelerar o processo, essencialmente torná-lo mais eficiente”, contou.

Com o sistema implementado, Meadowcroft ficou bastante impressionado com o que ele podia fazer. “Isso acabou fazendo com que todos soassem medianos, indecisos e exatamente iguais, e, portanto, ninguém realmente se destacava”, disse ele.

Por mais que o conteúdo produzido pela inteligência artificial precisasse ser analisado por um humano para garantir que não tinha nada copiado de outro lugar, a IA era rápida. Para se ter uma ideia, o que um redator humano escrevia em 60 ou 90 minutos, a IA conseguia fazer em menos de 10 minutos.

Por conta disso, depois de aproximadamente quatro meses desde que a ferramenta foi implementada, a equipe de quatro pessoas de Meadowcroft foi demitida. Mesmo sem ter 100% de certeza, ele diz que quem o substituiu foi a inteligência artificial. “Eu ri da ideia de a IA substituir escritores ou afetar meu trabalho, até que isso aconteceu”, disse ele.

Fonte: Olhar digital, Andrelug

Imagens: Olhar digital

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