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Onda de calor: quando acaba?

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. E isso pode ser visto nessas últimas semanas com a forte onda de calor que está passando por todo o Brasil e teve seu auge no fim de semana. Infelizmente, essa onda continua e afeta os estados nas regiões sudeste e centro-oeste ainda nos próximos dias.

A boa notícia é que essa onda de calor está perto do fim. De acordo com projeções feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno começará a perder força no fim da tarde da terça-feira dessa semana, dia 26 de setembro.  Contudo, na segunda-feira as temperaturas ainda serão altas com Palmas (TO) com 40° C, Cuiabá (MT) com 43° C e Campo Grande (MS) e Goiânia (GO) chegando aos 39° C.

Já no sul, as temperaturas começam a cair logo hoje por causa da formação de um novo ciclone que irá atingir a costa na terça-feira com uma ventania e tempestades fortes.

A mudança do tempo de vez acontece na quarta-feira, dia 28, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nesses locais, as temperaturas não devem passar da casa dos 20° e 25° C, respectivamente.

Recordes

Meteored

Todo mundo está sentindo na pele, literalmente, o calor que está fazendo. E a alta é tão grande que no domingo quatro capitais bateram recordes de temperatura nesse ano. Foram elas:

  • Rio de Janeiro (39,9ºC);
  • Belo Horizonte (37,1ºC);
  • São Paulo (36,5ºC) – essa foi a mais alta já registrada desde setembro de 1943;
  • Curitiba (33,1º);
  • Cuiabá (40,6ºC) – sendo a capital mais quente de domingo;
  • Outras oito tiveram temperaturas acima de 37ºC.

Além dessas altas temperaturas vistas no domingo, o mês de agosto como um todo foi o mais quente já registrado de acordo com a Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA). Segundo os especialistas, existe 95% de chance de que 2023 esteja entre os anos mais quentes já vistos na história.

O mês de agosto foi o mais quente no registro climático global que tem 174 anos de existência. E pelo quinto mês consecutivo, a temperatura global da superfície do mar chegou em um recorde máximo para determinado mês. Além disso, de 10 de junho a 10 de agosto foi o período mais quente já registrado.

Calor

Metrópoles

Essa onda de calor tem a previsão de acabar ainda essa semana. No entanto, projeções de temperatura para o futuro não são das mais animadoras. De acordo com um estudo feito pela universidade britânica de Exeter, a temperatura da superfície do planeta está caminhando para ter um aumento de 2,7° Celsius até 2100 com relação à era pré-industrial. Por conta desse aumento, dois bilhões de pessoas enfrentarão um calor nunca antes visto.

Conforme pontuaram os autores, esse estudo é um dos raros que mostra o custo humano e reforça a urgência climática. Isso porque, normalmente, os estudos mostram outros pontos, como por exemplo, prejuízos financeiros. No entanto, esse focou no número de pessoas que será afetado com esse calor extremo.

“Precisaremos de uma remodelagem profunda da habitabilidade da superfície do planeta, o que poderia resultar potencialmente em uma reorganização em grande escala dos lugares onde as pessoas vivem”, afirmou Tim Lenton, líder do estudo.

Ainda de acordo com o estudo, os países que mais irão sofrer são Índia, Nigéria e Indonésia. Esses países irão enfrentar um aumento de temperatura tão grande que pode acabar colocando a vida dos seus habitantes em risco.

Entretanto, conforme aponta Lenton, se o aquecimento global for limitado em 1,5° C, que era o objetivo do Acordo de Paris de 2015, a quantidade de pessoas que será exposta a um calor extremo iria diminuir e ser menos de meio bilhão. “Para cada acréscimo de 0,1°C acima dos níveis atuais, são 140 milhões de pessoas a mais que sofrerão com um calor perigoso”, pontuou ele.

O aquecimento da Terra atual é de aproximadamente 1,2° C por conta da atividade humana, especialmente pelo uso de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás. Com essa temperatura já é possível sentir as consequências com as ondas de calor, que estão cada vez mais extremas, além dos incêndios florestais, das secas e de mais outras coisas.

O estudo estipulou o parâmetro de “calor mortal” com a média anual de 29°C. Os riscos vão ficando maiores em locais perto da linha do Equador que, mesmo com um calor menos extremo, a umidade impede que o corpo se refresque através da transpiração.

Fonte: Olhar digitalUOL

Imagens: Meteored, Metrópoles

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