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Mansão da ‘mulher da casa abandonada’ vira atração turística

mulher da Casa abandonada
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A última semana teve um assunto que foi reproduzido e discutido ao redor do Brasil: a história da mulher da casa abandonada. Isso porque ela é cheia de reviravoltas, jornalismo investigativo e fofoca de vizinhança.

No bairro de casas que os preços ultrapassam um milhão de reais, há uma residência que se destaca. No entanto, não é por conta da sua arquitetura especial, morador famoso ou luxo. A casa de Higienópolis, em São Paulo, se destaca por estar caindo aos pedaços.

A residência possui um ar de casa mal assombrada, com a tinta descascando, sinais de infiltração, abandono e a provável existência de teias de aranha do chão ao teto. Porém, há uma moradora.

A moradora se tornou uma lenda urbana, conhecida por ser estranha, solitária e representando a típica personagem presente em inúmeros contos infantis sobre a casa abandonada no fim da rua que as crianças devem evitar.

Dessa forma, diversas pessoas já sabiam da existência dessa mulher, mas o caso ganhou repercussão nacional após um podcast do jornal Folha de S. Paulo chamado “A Mulher da Casa Abandonada”. Nele, conhecemos Margarida Bonetti, que se apresenta como Mari.

Margarida é uma mulher brasileira que fugiu dos Estados Unidos e do FBI após manter, junto ao marido, uma mulher em estado análogo à escravidão por cerca de duas décadas. Desde então, ela está escondida no Brasil e raramente aparecia fora da casa “abandonada” de Higienópolis, herdada de sua família.

Quem investigou o caso foi Chico Felitti e, após seis meses de apuração, ele levou ao público suas descobertas chocantes.

A mulher da casa abandonada

mulher da Casa abandonada

Reprodução

Margarida Bonetti pertencia à elite paulistana, assim como toda sua família. Como descendente de barões de uma época não tão distante, ela se mudou para os Estados Unidos para acompanhar o trabalho do marido, Renê Bonetti, engenheiro. Dessa forma, ele trabalhava para uma empresa que prestava serviços à Nasa na época.

Contudo, os dois não foram sozinhos. Como uma típica pertencente à classe alta, Margarida decidiu levar junto uma mulher para cuidar da residência onde ficariam. Foi só depois de diversas denúncias de vizinhos que a funcionária foi descoberta em situação de trabalho análogo à escravidão, vivendo em um porão da casa.

Ela não recebia salário e o casal ainda agredia a mulher, além de não ter acesso aos armários ou geladeira da residência. Com a acusação, Bonetti fugiu do país e o FBI a colocou na lista de pessoas foragidas. Já o marido, que se naturalizou estadunidense, permaneceu.

Portanto, ele ficou preso por sete meses e, no julgamento, afirmou que a funcionária não poderia ser considerada como tal, porque ela era “da família” e “trabalhava menos que o casal”. Atualmente, Renê ganha um salário equivalente a R$ 1 milhão enquanto Margarida se mudou para a casa em Higienópolis.

Margarida Bonetti

mulher da Casa abandonada

Reprodução

A mulher da casa abandonada se apresentou como “Mari” aos vizinhos. Porém, eles a viram poucas vezes, visto que ela raramente sai da casa. Nessas ocasiões, foi possível vê-la nas janelas, sempre com um creme branco em todo o rosto. Assim, alguns acreditam que ela usa o creme para que não haja reconhecimento, enquanto outros pensam que ela pode ter alguma doença de pele.

Portanto, com a repercussão do caso, milhares comentaram o caso enquanto dezenas foram até a rua para ver a mulher da casa abandonada. Também nesse período, Margarida aparentemente fugiu. Já Luísa Mell entrou no local para resgatar os dois cães que viviam na casa.

No Cidade Alerta da última segunda-feira (4), revelou-se que a Polícia Civil de São Paulo entrou na parte externa da propriedade, mas não encontrou Margarida. Vizinhos acreditam que ela esteja escondida no porão da casa que aparenta estar abandonada. Também afirmam que ela tem filhos, que moram perto.

Ainda segundo o Cidade Alerta de segunda-feira, a Polícia Civil já solicitou uma autorização à Justiça para entrar na propriedade e, possivelmente, pôr um fim ao caso.

Fonte: R7

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