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Uma criança fez história ao encontrar um fóssil de mamute com data de 100 mil anos na Rússia.
Maryam Mirsaitova sempre lembrará do passeio que fez com seu pai no início deste mês. Enquanto pescavam às margens do rio Oka, na Rússia, a menina de 8 anos avistou algo diferente.
Ela e seu pai registraram o momento em fotos e compartilharam as imagens com os responsáveis pelo Museu-Reserva de Nizhny Novgorod.
Posteriormente, descobriram que aquela descoberta era nada menos que um fóssil de mamute, animal extinto há milênios!
Graças ao alerta de Maryam, os especialistas puderam identificar a vértebra de um bisão pré-histórico (Bison priscus) e partes da perna de um mamute-lanoso (Mammuthus primigenius).
O museu emitiu uma nota destacando que os ossos estavam em sedimentos provenientes de um deslizamento de terra na encosta, levados pelo rio.
Essa descoberta adiciona mais evidências à presença de mamutes na região de Nizhny Novgorod.
Os mamutes-lanosos eram comuns no norte da Europa, Ásia e América durante a Era do Gelo.
De acordo com os especialistas, registros indicam que o último exemplar da espécie na Rússia faleceu há 4 mil anos, devido ao aumento das temperaturas e à caça.
Agora, os especialistas estão preparando um material detalhado sobre as descobertas desses achados.
Via Globo
Sobre os mamutes
Os mamutes foram criaturas gigantes que vagavam pela Terra durante a Era do Gelo.
Inclusive, os mamutes-lanosos, como os encontrados nas margens do rio Oka, eram uma das espécies mais impressionantes. Eles tinham longas presas curvas e uma pelagem densa adaptada ao frio extremo.
Esses colossos peludos eram habitantes comuns do norte da Europa, Ásia e América, vivendo em ambientes frios e cobertos de gelo.
Com suas enormes presas, os mamutes-lanosos tinham uma presença majestosa. Além disso, sua adaptabilidade às condições climáticas adversas contribuiu para sua sobrevivência em um mundo glacial.
No entanto, a era dos mamutes chegou ao fim. O registro indica que o último mamute-lanoso na Rússia desapareceu há mais de 40 mil anos. Mudanças climáticas e atividades humanas, como a caça, desempenharam papéis significativos em sua extinção.
A descoberta do fóssil de mamute por Maryam adiciona um capítulo incrível à história desses animais. Além disso, também oferece aos cientistas uma oportunidade única para compreender melhor a vida pré-histórica e os mistérios que envolvem a extinção dos mamutes-lanosos.
Onde os fósseis ficam?
Pode parecer estranho que uma criança encontre um fóssil de mamute assim, durante um passeio. No entanto, esses ossos podem estar em vários locais, dependendo das condições geológicas e ambientais.
Geralmente, ficam em áreas próximas a rios, lagos, e antigas regiões costeiras são propensas a preservar esses recursos. A deposição contínua de sedimentos nessas áreas pode enterrar e preservar restos de animais e plantas ao longo do tempo.
Via Wikimedia
Além disso, regiões com camadas sedimentares, como antigas planícies aluviais e desertos, também podem apresentar vestígios de animais antigos, acumulando-se para preservar restos orgânicos.
Em alguns casos, cavernas e formações geológicas de calcário, conhecidas como terrenos cársticos, foram locais de descobertas únicas, por conta da água que cria condições ideais para a preservação.
Ainda, locais como depósitos de alcatrão ou asfalto podem preservar fósseis de maneira excepcional. Isso porque a substância viscosa pode aprisionar e conservar restos de animais ao longo do tempo.
Enquanto isso, certas formações rochosas, como xisto, também são propícias à preservação de fósseis. As camadas sedimentares nesses tipos de rocha podem conter uma rica história paleontológica.
Para encontrá-los, é essencial observar cuidadosamente o ambiente, especialmente um desses. Além disso, vale verificar erosões, encostos e exposições de rochas.
Na maioria das vezes, eles mostram sinais de fósseis ainda esperando para serem descobertos.
Fonte: Globo
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