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Conheça o menino de 12 anos que realizou uma fusão nuclear

Conheça o menino de 12 anos que realizou uma fusão nuclear
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Com pouquíssimos materiais, Jackson Oswalt realizou um feito mais do que surpreendente. Dessa forma, com apenas 12 anos, Oswalt ficou conhecido como o menino que realizou uma fusão nuclear. Com isso, ele entrou no Livro Guinness dos Recordes como a pessoa mais jovem que realizou uma fusão nuclear.

Tudo isso aconteceu poucas horas antes de Oswalt completar 13 anos. Desse modo, ele conseguiu fundir dois átomos de deutério usando apenas um pequeno fusor de mesa construído inteiramente por ele. De maneira resumida, um fusor é um dispositivo que utiliza um campo elétrico para aquecer íons a temperaturas extremas. Isso faz com que o dispositivo facilite a fusão nuclear, como fez Oswalt.

Como um menino de apenas 12 anos realizou uma fusão nuclear?

Construir um dispositivo desses em casa não é uma tarefa nada fácil. Isso porque, o grande consumo de energia e as temperaturas altíssimas tornam a construção de fusores caseiros um feito mais do que impressionantes. De toda maneira, como bem sabemos, segundo a ciência, nada é impossível. Portanto, existem uma explicação perfeitamente lógica para o que Jackson Oswalt, de 12 anos, conseguiu criar.

Oswalt, que mora em Memphis, no estado de Tenessee (USA), usou seu fusor para colidir átomos de deutério, um isótopo estável de hidrogênio. Com isso, ele todos os materiais necessários para criar uma fusão nuclear. “Consegui usar a eletricidade para acelerar dois átomos de deutério juntos para que eles se fundissem em um átomo de hélio 3”, afirma Oswalt em um vídeo publicado no canal do YouTube do Livro Guinness dos Recordes. Esse átomo de hélio 3 “também libera um nêutron que pode ser usado para aquecer água e girar uma máquina a vapor”, continua. Por sua vez, isso também pode funcionar para a produção de eletricidade”, completa Oswalt.

Qualquer um pode fazer isso em casa? Não!

Depois de saber um pouco mais da história de Jackson Oswalt, você pode estar imaginando que construir uma máquina capaz de uma fusão nuclear não é tão difícil. Entretanto, não é bem assim. Hoje, com 15 anos, Oswalt está muito mais ciente dos perigos e de todas as proteções que tomou quando construiu o equipamento. “Construir um fusor é um processo muito perigoso, principalmente por conta da alta eletricidade que é usada no reator. Certos cuidados precisam ser tomados, como, por exemplo, usar luvas para me proteger”, afirma Oswalt.

De fato, o dispositivo não é nenhuma brincadeira. De acordo com Oswalt, as temperaturas internas do fusor de mesa podem chegar a 100 milhões de graus Kelvin. E, tendo feito o que fez, o futuro é brilhante para o jovem físico.

Fusores estão se tornando comuns como um modo acessível de entrada na fusão nuclear por amadores. Mas, em todo caso, vale lembrar que não são servem apenas para pessoas como o jovem cientista. Na verdade, o dispositivo também possui uma aplicação comercial. Eles são usados ​​por algumas instituições médicas para produzir isótopos médicos, que possuem uma ampla gama de usos em diagnósticos e testes. Além disso, também servem como uma fonte de nêutrons. No futuro, essa tecnologia também poderá servir como uma fonte alternativa e limpa de energia.

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