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Menino de 7 anos dá lição durante aula sobre educação sexual em SC

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Um menino de 7 anos de Ibirama, no Vale do Itajaí, fez sucesso nas redes sociais ao mostrar para os colegas de sala o que aprendeu durante uma palestra de educação sexual na escola. Na ocasião, o garoto se ofereceu para demonstrar o que deve ser dito quando alguém tenta encostar nas partes íntimas de uma criança.

“Não mexe nas minhas partes íntimas”, falou em voz alta. Quem gravou e publicou o momento foi a pedagoga Shirlei Silva, que comandou a atividade. Até segunda-feira (29), o vídeo já acumulava 122 mil curtidas.

Sendo assim, a demonstração do garoto aconteceu há cerca de um mês, mas a publicação foi compartilhada milhares de vezes nos últimos dias. Entre os comentários, internautas destacam a importância da educação sexual no combate ao abuso infantil.

Já a mãe do garoto, Tatiana Kloth Gubler, afirma que a família está orgulhosa do caçula. Ela relata que, no dia, a turma de 2º ano participou de uma atividade lúdica em que uma palestrante mostrava, com sinais verde, amarelo e vermelho, em quais partes do corpo da criança o toque é considerado adequado ou não. Então, no final da apresentação, a mulher pediu voluntários para mostrar o que aprenderam na atividade.

Em casa

Tatiana explica que ela e o marido sempre abordam o assunto com seus dois filhos, de 7 e de 12 anos. Gubler ainda completa que viu com o exemplo do filho uma oportunidade de quebrar tabus e educar outras crianças.

“Eu achei o máximo, porque a gente sempre ensina bastante, deixamos claro que ninguém pode não tocar neles e nem eles, principalmente por serem meninos, não podem tocar em ninguém”, afirma.

“[O vídeo] foi importante para entenderem que educação sexual na escola é isso. Não é ensinar sexo. Eu fico feliz que foi meu filho a ir lá na frente [da turma] falar, porque sei que muitos alunos não conversam sobre isso em casa”, destaca Tatiana Kloth Gubler.

Educação sexual

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Os jovens estão crescendo em um mundo onde as circunstâncias são bem diferentes agora, no que diz respeito aos benefícios e riscos da vida, daqueles de seus pais ou avós. Portanto, eles precisam de apoio adequado não apenas para navegar pelas transições biológicas, sociais e cognitivas de sua vida, mas também para evitar casos de assédio e abuso sexual que estão aumentando a um ritmo alarmante.

Dessa forma, um levantamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), feito em 2021, mostrou que dos 18.681 registros, em quase 60%, a vítima tinha entre 10 e 17 anos e cerca de 74% era contra meninas. Os dados também apontaram que em 8.494 dos casos, a vítima e o suspeito moravam na mesma residência. Outros 3.330 casos aconteceram na casa da vítima e 3.098 na casa do suspeito.

A educação sexual é uma ferramenta essencial para ajudá-los a aprender sobre uma ampla gama de tópicos relacionados às perspectivas biológicas, psicológicas e socioculturais dos seres individuais, bem como uma intervenção fundamental para prevenir e reduzir o assédio, agressão e abuso sexual. Os cuidadores só precisam informar sobre o assunto de maneira apropriada à idade e envolvente, com base na ciência e nos fatos.

Importância

No entanto, há quem defenda que a educação sexual ensine crianças e adolescentes sobre sexo de uma forma pornográfica, o que não é o caso. Por exemplo, enquanto crianças podem aprender sobre locais do corpo que não podem ser tocadas por outros, a educação sexual como um todo abrange uma ampla gama de questões relacionadas à saúde, sexualidade, segurança, normas de gênero, identidade, respeito, bondade, auto-expressão e dinâmica de poder, que não são apenas sobre sexo. Ela nos ensina sobre a variação nos corpos humanos, como nossos corpos funcionam e os direitos que temos sobre nosso corpo.

Além disso, oferece aos adolescentes a chance de praticar habilidades-chave, como tomada de decisão, negociação, pensamento crítico, liderança e habilidades de comunicação. Seja para manter uma saúde melhor ou para explorar atitudes e fazer escolhas informadas na vida, um currículo adequado de educação sexual pode valer a pena.

Fonte: G1

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