Ciência e Tecnologia

Módulo lunar faz pouso, e Estados Unidos voltam à Lua após mais de 50 anos

0

Na noite de quinta-feira, dia 22, o módulo lunar robótico da Intuitive Machines concluiu com sucesso seu pouso na Lua, marcando o retorno dos Estados Unidos ao satélite natural da Terra após 50 anos.

A sonda foi lançada em 15 de fevereiro através de um foguete Falcon 9, da SpaceX. Embora a missão seja liderada por uma empresa privada, ela conta com o apoio e a logística da NASA.

Apesar de ter confirmado o pouso, a agência norte-americana declarou que as condições da alunissagem ainda não estavam totalmente esclarecidas devido a problemas de comunicação decorrentes de um sinal de rádio fraco.

Detalhes do pouso do módulo lunar

Via G1

Pouco antes do pouso lunar, os engenheiros estavam trabalhando para resolver um problema de navegação identificado, crucial para determinar a altitude e a velocidade horizontal da espaçonave.

A NASA divulgou que o pouso do módulo ocorreu próximo ao polo sul da Lua, nas proximidades de uma cratera conhecida como Malapert A.

O módulo lunar chegou na órbita na quarta-feira e circulou uma altitude de aproximadamente 92 km até se aproximar da superfície. A empresa relatou estar recebendo com sucesso imagens e dados do voo.

A missão, denominada IM-1, inclui um módulo lunar de pouso com mais de quatro metros de altura, o qual transportou seis cargas de instrumentos para coletar dados do ambiente lunar.

Alunissagem

Quanto à terminologia, é importante observar que o verbo adequado para descrever o ato de pousar uma nave na Lua é “alunissar”, enquanto “aterrissagem” refere-se ao pouso aqui na Terra.

Ou seja, a NASA concluiu a alunissagem na quinta-feira, e pretende se preparar para a aterrissagem após recolher os dados necessários.

Pouso histórico

O pouso em solo com o módulo lunar marcou o primeiro lançamento de sucesso pelos Estados Unidos desde a missão Apollo 17, em 1972. Foi ela que levou os astronautas Gene Cernan e Harrison Schmitt há 51 anos. Desde então, nenhum ser humano retornou ao nosso satélite natural.

Agora, o módulo lunar que está sendo orientado pela Intuitive Machines, com o apoio da NASA, irá preparar o satélite para a chegada de astronautas até 2026, conforme espera a missão Artemis 2.

Antes do retorno tripulado à Lua, a NASA optou por terceirizar o transporte de equipamentos até o satélite natural, contratando empresas privadas. Finalmente, conseguiu sucesso com a Intuitive Machines, sendo sua primeira tentativa de uma missão lunar.

Em janeiro, a empresa Astrobotic tentou uma missão semelhante, mas falhou devido a um vazamento de combustível.

Recentemente, tanto a Índia quanto o Japão conseguiram realizar com sucesso seus pousos na Lua.

Via G1

Corrida espacial

Nos últimos meses, a corrida espacial se tornou foco das notícias, especialmente por conta do sucesso oriental com o avanço espacial.

Muitas pessoas têm dúvidas sobre por que esse assunto se tornou pauta novamente. Ainda, perguntam-se por que a NASA não enviou nenhum módulo lunar antes, esperando até 2024 para concluir a missão.

A questão foi que os Estados Unidos direcionaram seu orçamento e recursos para outros cenários que demandavam maior atenção, principalmente conflitos externos e desenvolvimento interno.

Enquanto isso, agências governamentais desenvolveram sua própria tecnologia para conseguir dominar o espaço que, antes, era hegemonia da NASA.

Quando a Índia e o Japão pousaram, com sucesso, no satélite natural da Terra, o governo norte-americano voltou suas tentativas para o lançamento de uma nova missão, voltando a emplacar na corrida espacial.

Com esse sucesso, a NASA se prepara para liderar novas tentativas, como a ida até Marte, que deve acontecer até 2028.

Além disso, também é um marco de inclusão das empresas privadas no cenário espacial. Com o investimento massivo de organizações como a SpaceX e a Intuitive Machines, pode ser a chance de alcançar novos postos com mais recursos e facilidades.

Agora, a Terra receberá atualizações sobre o pouso do módulo lunar e seguirá avaliando os recursos coletados.

 

Fonte: G1

Imagens: G1, G1

Pesquisadores criaram uma insulina oral para o tratamento de diabetes

Artigo anterior

FDA faz alerta sobre smartwatches que medem açúcar sem agulhas; entenda

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido