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Mulher que perdeu marido e filho após implosão de submarino desabafa: ‘sinto falta deles’

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Christine Dawood, mãe e esposa de dois tripulantes do submarino, falou pela primeira vez.

Após muita expectativa e intensas buscas, a Guarda Costeira dos EUA confirmou na última quinta-feira, 22, a implosão do submarino que estava realizando uma expedição até os destroços do Titanic, o navio que naufragou em 1912.

Também foi confirmado que os cinco tripulantes faleceram durante a tragédia envolvendo o submersível da empresa OceanGate.

Entre as vítimas estavam Shahzada e Suleman Dawood, pai e filho que participaram da expedição no dia 18 deste mês, quando o submersível perdeu contato pouco tempo após iniciar a jornada em direção ao local de repouso do Titanic.

Quem testemunhou de perto os últimos momentos de vida da dupla foi Christine Dawood, esposa e mãe dos envolvidos.

Esperança

Via UOL

Christine e sua filha estavam a bordo do Polar Prince, o navio de apoio ao submersível, quando receberam a notícia de que a comunicação com o Titan, nome do submersível, havia sido perdida.

Ela relata que, naquele momento, não soube entender o que eles estavam dizendo. Por isso, ainda tinha esperanças. No entanto, tudo ficou pior a partir daquele ponto, como relatou.

Em sua primeira entrevista após a tragédia, Christine Dawood revelou à BBC que, no passado, ela e seu marido haviam planejado a expedição, mas ela foi cancelada devido à crise sanitária causada pela pandemia de covid-19.

Em fala, ela diz que recusou, dando espaço para o filho, pois ele realmente queria ir.

Christine explicou que eles se abraçaram e até mesmo fizeram piadas momentos antes de a dupla iniciar a expedição até os destroços do Titanic. “Fiquei muito feliz por eles porque os dois realmente queriam fazer isso há muito tempo”, explicou ela.

Ela, que observava tudo a partir do navio de apoio do Titan, descreveu o momento em que perdeu as esperanças, quando o que deveria ser um resgate se transformou em desespero.

Quando se passaram 96 horas, ela disse que perdeu todas as esperanças definitivamente. Isso porque, como explicaram, era o tempo limite de oxigenação no submarino. Com isso, preparou-se para o pior.

Por outro lado, Alina, irmã e filha das vítimas, manteve as esperanças até o fim. Elas ainda esperam receber uma ligação da Guarda Costeira dos EUA, dizendo que acharam sobreviventes.

Christine Dawood fala sobre recorde do filho

A mãe do jovem revelou à BBC que ele tinha a intenção de quebrar um recorde mundial durante a expedição ao Titanic.

Suleman, um jovem de 19 anos, embarcou na jornada levando consigo um cubo mágico, na esperança de estabelecer um recorde subaquático.

Suleman chegou a se inscrever no Guinness World Records, e seu pai também levou uma câmera para registrar o momento que poderia levar o jovem a essa curiosa conquista.

Shahzada, conforme descrito por sua esposa, era uma pessoa muito curiosa com o mundo a sua volta. Ele também fazia a família assistir diversos documentários juntos, explicando cada tema.

Agora, Christine Dawood afirmou que, junto com sua filha, planeja montar o cubo mágico em homenagem ao filho.

Além disso, ela tem a intenção de concluir o trabalho que seu marido começou.

Em depoimento, disse que eles realmente ajudavam as pessoas e eram bondosos, e quer continuar esse legado. Ela diz que é importante usar sua visibilidade para algo bom.

No entanto, não nega que sente falta de sua família. Emocionada, ela termina a entrevista dizendo que realmente sente falta deles, e irá lidar com esse sentimento no dia a dia.

Relembre o caso

Via UOL

Pai e filho Dawood, além de outros três tripulantes, embarcaram no submarino Titan no domingo, dia 18, para inspecionar o Titanic. No entanto, perderam contato com a central uma hora e quarenta e cinco minutos depois.

A Guarda Costeira e outras instituições de busca iniciaram uma varredura pelo local, mas o vasto oceano, além das condições hostis, dificultaram o resgate.

Na quinta-feira, 22, declararam oficialmente a morte dos tripulantes, pela falta de oxigênio. Além disso, encontraram destroços da carcaça, indicando que houve uma implosão.

Dessa forma, as pessoas na viagem teriam tido uma morte rápida, por conta da pressão da descida. Para os familiares, pode ser uma notícia confortadora, sabendo que não sofreram uma morte lenta por falta de ar.

Contudo, ainda é difícil lidar com essa tragédia, e as buscas agora tentam recuperar os corpos para realizar uma despedida adequada.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, UOL

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