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CEO da Volkswagen diz “não ver sentido” em lançar o Fusca elétrico

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O carro moderno nasceu em 1886 quando Karl Benz patenteou seu Benz Patent-Motorwagen. Desde então, os carros se modernizaram com o tempo para atender as novas necessidades dos consumidores. E até mesmo modelos antigos têm ganhado novas versões. Por exemplo, na Volkswagen, o Golf e a Kombi ganharam projetos atuais, mas o icônico Fusca parece ter ficado de lado.

Ao que tudo indica, o momento de glória do Fusca na montadora ficará no passado. Isso porque, conforme Thomas Schäfer, CEO da montadora, disse em uma entrevista para o site britânico Autocar, as chances de o Fusca ter uma nova geração, seja ela híbrida ou 100% elétrica, são nulas.

“Há certos veículos que tiveram seu dia, e não faria sentido trazê-lo de volta. Eu não diria com 100% de certeza, mas, agora, eu não consideraria. É o mesmo que aconteceu com o Scirocco: já teve seu tempo, depois houve um novo modelo baseado em uma reinterpretação. Fazer isso de novo? Acho que não”, disse o Schäfer.

Sem Fusca elétrico

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Outro ponto que o CEO ressaltou foi que essa ideia de “matar” o Fusca para sempre não tem nada a ver com um menosprezo da história da marca e nem do próprio modelo, que é um dos carros mais vendidos de todos os tempos no mundo todo.

“Estamos orgulhosos de nossa herança; não há nada de errado com isso. E quando você olha para trás, é algo para se orgulhar. Mas não é apenas o que nos define. A marca sempre tem que se reinventar e trazer coisas novas”, disse ele.

Entretanto, mesmo que a Volkswagen não queira fazer um Fusca elétrico, isso não quer dizer que esse modelo não exista. Até porque, a Ora, uma submarca da chinesa Great Wall Motor (GWM), tem dois modelos que são “clones” do icônico carro da Volkswagen. São eles: o Punk Cat e o Ballet Cat. E um desses modelos já tem registro no Brasil, o que lhe dá liberdade de ser lançado no país. Contudo, pelo menos por enquanto, esse Fusca chinês não está nos planos de lançamento da GWM.

Modelos antigos

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Por mais que a própria montadora tenha deixado seu icônico modelo de lado, ou melhor, não o aprimorou para caber nos dias de hoje, isso não quer dizer que tanto o Fusca como outros modelos antigos não façam sucesso.

Tanto é que os carros antigos parecem estar tomando um lugar de importância novamente. Isso porque modelos antigos brasileiros, principalmente os da Volkswagen, que têm o motor refrigerado a ar como o Fusca, Kombi e Brasília, tornaram-se produto de exportação. Com isso, desde o começo da pandemia, seus preços dispararam.

Além disso, com a desvalorização do real com relação ao dólar e ao euro, os modelos originais e que estão em um estado de conservação bom podem passar fácil dos 200 mil reais. Esses carros são vendidos para os colecionadores dos EUA e da Europa.

Não somente gringos têm se interessado pelos modelos brasileiros. Um empresário paulista que mora em Orlando, na Flórida, desde 1997, também está nesse mesmo caminho. Ele importa os carros do Brasil e atualmente tem aproximadamente 25 carros clássicos nacionais.

Já o administrador de empresas Carlos Alberto Calçada Bastos, de 69 anos, tem sete unidades do modelo VW SP2 e impressionantemente seus modelos ofuscam marcas conhecidas mundialmente, como Ferrari e Lamborghini, nas exposições automotivas nos EUA. Tanto é que os carros do homem costumam ser até premiados.

Além desse modelo, a coleção de Carlos é composta por modelos fora de série que têm o motor Volkswagen a ar e carroceria de fibra de vidro. Exemplo disso são o Puma, Miura e Bianco S, todos carros bem raros e com alta valorização nos EUA.

“Desde criança, sempre gostei de tudo que tenha motor, mas minha predileção é por esportivos brasileiros lançados na década de 1980. Neles, você sente mais o carro, pois não tem direção hidráulica nem freio assistido”, disse Carlos.

Como os carros são muito valiosos nos EUA, o administrador conta que sempre recebe propostas e é sondado sobre uma possível venda dos seus automóveis, o que ele não tem intenção nenhuma de fazer.

“Muita gente importa carros brasileiros como VW Brasília e SP2 para revendê-los aqui, nos Estados Unidos. Volta e meia surge alguém especulando preço de determinado carro da minha coleção, mas não pretendo fechar negócio”, disse ele.

Fonte: Canaltech,UOL

Imagens:

Canaltech,UOL

 

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