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Musk processa organização que apontou publicidade de teor nazista no X e gerou debandada de anunciantes

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A empresa X Corp., que pertence ao empresário Elon Musk, moveu uma ação contra a organização sem fins lucrativos Media Matters.

Supostamente, eles teriam afastado os anunciantes da rede social, anteriormente conhecida como Twitter.

No entanto, tudo aconteceu porque a Media Matters retratou a plataforma como sendo repleta de conteúdo antissemita, resultando na retirada de anúncios por empresas proeminentes como Apple, Comcast, NBCUniversal e IBM.

Musk também recebeu a culpa pelo êxodo publicitário devido ao respaldo de uma teoria da conspiração antissemita.

A ação legal, apresentada em um tribunal federal no Texas, acusa a Media Matters de manipular o algoritmo para induzi-lo a acreditar que a organização desejava promover tanto conteúdo incitando o ódio quanto o conteúdo dos grandes anunciantes.

Via Wikimedia

Alegações

As disparidades nas jornadas espaciais de Musk, Branson e Bezos, de acordo com as alegações da X Corp., revelam que a Media Matters selecionava apenas contas associadas a conteúdo extremista e grandes empresas.

Posteriormente, apresentava imagens fabricadas como se fossem representativas da experiência dos usuários comuns na plataforma X.

O presidente da Media Matters, Angelo Carusone, contestou a ação, classificando-a como um processo frívolo destinado a coagir os críticos da X Corp. a permanecerem em silêncio.

Em declarações à AFP, Carusone afirmou que a Media Matters mantém a veracidade de suas informações e confia em alcançar a vitória nos tribunais.

Casa Branca critica Musk

A Casa Branca expressou críticas a Elon Musk, atualmente a pessoa mais rica do mundo, devido à sua “promoção abominável” do antissemitismo.

A reação do governo dos Estados Unidos ocorreu em resposta a uma mensagem de Musk, proprietário das empresas Tesla e SpaceX, na qual ele concordou com um post antissemita na plataforma X, declarando: “Você disse a verdade”.

A mensagem original foi amplamente interpretada como uma alusão a uma teoria da conspiração falsa disseminada entre supremacistas brancos.

Essa teoria alega que os judeus têm um plano secreto para facilitar a imigração de indivíduos sem documentos para os Estados Unidos, com o propósito de alterar a demografia do país longe de uma maioria branca.

Ação contra Media Matters

A petição protocolada na segunda-feira não aborda explicitamente o apoio de Musk à teoria da conspiração e à propagação de desinformação.

No entanto, responsabiliza a Media Matters pelos recentes desafios publicitários enfrentados pelo X.

A empresa de Elon Musk solicitou ao tribunal que condene a Media Matters a pagar uma indenização cujo valor não foi divulgado e a remover seu relatório crítico sobre a rede social.

Os resultados desse pedido ainda seguem em sigilo, mas os internautas apoiam a Media Matters nesse processo. Isso porque Musk apresenta uma postura pouco tolerante desde que assumiu o controle da plataforma.

Assim, acredita-se que ele tenha conhecimento de tudo que acontece na rede, e não teria ficado alheio ao que estaria acontecendo.

Via Flickr

Polêmicas

Desde que assumiu o controle do Twitter há um ano, agora renomeado como X, Musk aboliu a moderação de conteúdo, reintegrou contas de extremistas previamente banidas e permitiu que os usuários comprassem a verificação de contas.

Isso possibilitou que eles lucrem com mensagens frequentemente virais e, por vezes, imprecisas.

Um representante da rede X informou à AFP que a plataforma realizou uma “análise minuciosa” das contas mencionadas pela Media Matters. Isso restringiu sua capacidade de gerar receita por meio de anúncios.

Além disso, as mensagens dessas contas serão rotuladas como conteúdo “sensível”, de acordo com o executivo.

No entanto, esse não foi o único caso relacionado que aconteceu nos últimos meses. Diversos usuários denunciam uma postura preconceituosa de Elon Musk e seus desenvolvedores, com implicações que não punem essas contas.

Dessa forma, mesmo que o caso esteja em andamento, críticos do bilionário acreditam que não será o suficiente para resolver todas as pendências vistas no X.

 

Fonte: Globo

Imagens: Wikimedia, Flickr

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