Por A NASA conquistou um feito extraordinário na comunicação espacial por meio de seu experimento de Comunicações Ópticas de Espaço Profundo, e conquistou isso nada mais, nada menos, do que com um vídeo de gatinho.
Nessa experiência, a agência espacial enviou um vídeo em ultra-alta definição a uma distância recorde de cerca de 31 milhões de quilômetros, aproximadamente 80 vezes a distância entre a Terra e a Lua.
A agência Milestone na Comunicação Espacial pela NASA foi responsável por esse feito incrível, estabelecendo um recorde.
O vídeo exibe Taters, um gato em busca de um raio laser. Ele foi enviado a uma velocidade que supera a maioria das conexões de banda larga.
Esse avanço visa facilitar a transmissão de vídeos e dados de alta largura de banda do espaço profundo. Dessa forma, conseguirá ajudar as futuras missões humanas além da órbita terrestre.
De forma curiosa, o vídeo de gatinho inclui Taters e seu laser, com gráficos elucidativos sobre a tecnologia utilizada. A velocidade de transmissão desse conteúdo supera a maioria das conexões de internet de banda larga.
Via Wikimedia
Vídeo de gatinho da NASA
O vídeo de teste, com uma breve duração de 15 segundos, passou pela transmissão por meio de um transceptor de laser de voo, levando 101 segundos para percorrer a distância até a Terra.
A transmissão ocorreu a uma taxa de 267 megabits por segundo e recebeu a captação definida pelo Telescópio Hale, que fica no Observatório Palomar, na Califórnia.
Essa demonstração faz parte da missão Psyche da NASA. O objetivo é tornar a transmissão de dados espaciais mais rápida e eficiente. Assim, a expectativa é atingir taxas até 100 vezes mais alta que os sistemas atuais.
À medida que a missão avança em direção ao cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, essa tecnologia será empregada para enviar sinais de alta taxa de dados.
Pam Melroy, vice-administradora da NASA, ressaltou: “Essa realização destaca nosso comprometimento em impulsionar as comunicações ópticas como elemento-chave para atender às nossas futuras demandas de transmissão de dados”.
Além disso, a ampliação da largura de banda é crucial para alcançar os objetivos de exploração e ciência no futuro.
Agora, eles aguardam com animação o contínuo avanço dessa tecnologia, transformando a forma como nos comunicamos durante as próximas missões interplanetárias.
Como funciona
Um poderoso sinal de laser, emanando do Observatório de Table Mountain, na Califórnia, age como um farol para auxiliar a Psyche a direcionar seu transmissor.
A espaçonave utiliza seu laser para transmitir informações à Terra, onde o Telescópio Hale baixa e capta as imagens.
Cada quadro do vídeo de gatinho foi, então, enviado “ao vivo” para o Laboratório de Propulsão a Jato. Dessa forma, iniciou a reprodução em tempo real, conforme relatado pela NASA.
A comunicação óptica faz uso da mesma tecnologia presente na internet de fibra óptica. O sinal de luz pode percorrer a mesma velocidade que as ondas de rádio, mas possui a capacidade de transmitir uma quantidade maior de informações.
O experimento atingiu a “primeira luz” em 14 de novembro, transmitindo uma mensagem a uma distância de cerca de 16 milhões de quilômetros em apenas 50 segundos.
Gradualmente, aumentou suas velocidades de downlink de dados até equiparar-se à internet de banda larga em 4 de dezembro.
Via Olhar Digital
Contexto
Esse feito histórico evoca as transmissões de teste de televisão com Felix, o Gato, em 1928, estabelecendo um paralelo fascinante na evolução das comunicações.
Além disso, o sistema alcançou impressionantes taxas de bits de downlink. Dessa forma, atinge até 267 Mbps, e um teste conseguiu realizar o download de 1,3 terabits de dados.
Essa tecnologia representa um avanço significativo nas comunicações e navegação espaciais, sob a égide da Diretoria de Missão de Operações Espaciais da NASA.
A gestão da missão Psyche está a cargo da Universidade do Estado do Arizona, com o Jet Propulsion Laboratory (JPL) supervisionando a missão e a Maxar Technologies fornecendo o chassi da espaçonave.
Fonte: Olhar Digital
Imagens: Olhar Digital, Wikimedia
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